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Educação Física Inclusiva

Estudo sobre a diversidade humana para levar a inclusão dos alunos nas aulas de Educação Física

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

RESUMO

O presente artigo trata-se de um estudo sobre A Educação Física Inclusiva. Por meio de uma revisão de literatura com pesquisa bibliográfica em que se busca informações em livros, revistas, publicações e demais materiais sobre o assunto. Entre os objetivos está à busca de maiores informações sobre o tema. A Educação Física no espaço escolar necessita dar atenção às particularidades da disciplina: conteúdos, aspectos metodológicos, valores. Pretende-se discutir sobre os aspectos relacionados à inclusão pois existe um longo caminho para que concretize-se o ideal de uma Educação Física que considere os princípios de respeito às diferenças humanas e permita de verdade a participação de todos os alunos em sala de aula.

Palavras-chave: Educação Física. respeito. Inclusiva.

ABSTRACT

This article is a study on Inclusive Physical Education. Through a literature review with bibliographic research in which information is sought in books, magazines, publications and other materials on the subject. Among the objectives is the search for more information on the subject. Physical Education in the school space needs to pay attention to the particularities of the discipline: contents, methodological aspects, values. It is intended to discuss aspects related to inclusion because there is a long way to go for the ideal of a Physical Education that considers the principles of respect for human differences and truly allows the participation of all students in the classroom.

Keywords: Physical Education. respect. inclusive.

INTRODUÇÃO

A realidade educacional e social revela o enfrentamento de diversos desafios, entre eles a inclusão de pessoas com deficiência, historicamente essas pessoas passaram por diferentes condições, desde o sacrifício, a caridade até as atuais buscas de inclusão em diversos contextos.

Fala-se atualmente em inclusão de pessoas com Necessidades Educacionais Especiais (NEE), assunto que tem uma maior abordagem pelos meios de comunicação, essa preocupação em relacionar o direito à inclusão na saúde, cidadania e educação, levantou inúmeras reflexões sobre esse processo, o que é questionável na prática.

Historicamente a Educação Física vem atendendo a diversos objetivos, ora constituindo em uma prática tradicional e excludente, ora em uma prática preocupada com a inclusão de todos nas atividades pedagógicas. A Educação Física tem realizado uma reflexão em torno da problemática da “educação inclusiva”, através de debates, produções científicas, propostas pedagógicas entre outros.

No entanto há ainda um longo caminho a ser percorrido para que esse ideal de uma Educação Física Inclusiva se concretize no interior das escolas, a Educação Física como prática educativa, seja ela desenvolvida no âmbito educacional formal ou em outros espaços sociais, não pode estar isolada do movimento de luta por uma educação democrática.

DESENVOLVIMENTO

Em uma perspectiva multidimensional de desenvolvimento humano se busca superar a ideia de que a deficiência é uma condição estática e permanente, considerando que o desenvolvimento ocorre de acordo com os apoios e mediações oferecidas a pessoa, nesse aspecto a escola é uma instituição cujo espaço físico, social, relacional, pedagógico deve ser inclusivo.

A educação inclusiva pressupõe uma escola aberta a todos, um ambiente em que todos aprende juntos, independente de quaisquer que sejam as suas dificuldades. A inclusão escolar demanda mudanças pautadas no respeito a todos e qualquer diferença ou característica especial, o processo de ensino necessita ser coerente ao perfil do aluno.

A Educação Física, enquanto componente curricular integrante do sistema de ensino, pode contribuir para a inclusão, porém muitas vezes os professores dessa disciplina não se sentem preparados para lidar com alunos deficientes, infelizmente essa realidade apresenta-se em muitas escolas.

O princípio fundamental das escolas inclusivas consiste em todos os alunos aprenderem juntos, sempre que possível, independentemente das dificuldades e das diferenças que apresente. Estas escolas devem reconhecer e satisfazer as necessidades diversas dos seus alunos, adaptando-se aos vários estilos e ritmos de aprendizagem, de modo a garantir um bom nível de educação para todos, através de currículos adequados, de uma boa organização escolar, de estratégias pedagógicas, de utilização de recursos e de uma cooperação com as respectivas comunidades. É preciso, portanto, um conjunto de apoios e de serviços para satisfazer o conjunto de necessidades especiais dentro da escola. (UNESCO, 1994, p.11/12).

Com o paradigma da inclusão ocorreram grandes mudanças na educação das pessoas com deficiência, foram elaboradas políticas sociais e educacionais favoráveis ao acesso e permanência na escola regular. Em 2008, é aprovada a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. Este documento articula a Educação Especial ao projeto pedagógico da escola regular, visando a escolarização da pessoa com deficiência. Para tanto é preciso que a instituição escolar se reorganize e se adéque a diversidade e heterogeneidade dos educandos.

Uma análise crítica da realidade educacional revela que as proposições legais não foram suficientes para efetivar a inclusão social e escolar das pessoas com deficiência. Estudos indicam a precariedade do atendimento educacional a esta população, seja em espaços regulares ou especializados. A maioria dos educadores ainda não compreende que os alunos com deficiência apresentam características que precisam ser consideradas para assegurar a acessibilidade e permanência escolar, assim como o acesso ao conhecimento científico historicamente produzido.

Qualquer atividade proposta nas aulas de Educação Física, como jogos e brincadeiras devem ser adaptadas, o professor deve buscar recursos a fim de que todos os alunos participem, possuindo ou não deficiência.

A disciplina curricular de EF pode, com rigor e com investimento, ser efetivamente uma área-chave para tornar a educação mais inclusiva e pode mesmo, ser um campo privilegiado de experimentação, de inovação e de melhoria da qualidade pedagógica na escola. (RODRIGUES, 2003, p.83).

Existe uma ideia de que alunos com deficiência não gostam ou não estão estimulados a participar de atividades físicas esportivas e de lazer, porém com raras exceções, os alunos gostam de participar dessas atividades junto a seus colegas de sala, no entanto para que isso seja viável é necessário que o grupo respeite seus limites, os ajudando a desenvolver suas habilidades, pois privar os alunos desse convívio com o grupo acaba por promover a exclusão.

Para que efetive-se a Educação Física Inclusiva é necessário reconhecer as demandas e o potencial das pessoas com deficiência, outros aspecto importante que cabe ser ressaltado é o vínculo afetivo construído entre os aluno, com e sem deficiência, e entre estes e o professor, favorecendo a desconstrução da ideia de incapacidade das pessoas com deficiência, visto que a partir dos pressupostos psicopedagógicos a ênfase está nas possibilidades e não nas supostas limitações.

A inclusão é uma oportunidade para a escola se transformar, pois a valorização excessiva dos mais hábeis em detrimento dos menos hábeis demonstra uma total falta de valores humanos nos currículos das escolas.

Tanto as atividades recreativas podem ser orientadas, quanto às atividades orientadas devem ter caráter recreativo, no sentido de conter ludicidade, espontaneidade e capacidade de proporcionar prazer. O planejamento escolar do professor deve abranger diferentes tipos de atividades e se valer de recursos diversos, como o jogo e a brincadeira. É importante partir do interesse dos alunos para discutir conteúdos das áreas de conhecimento e aspectos da vida, bem como a inclusão de pessoas com deficiência no ensino regular (OLIVEIRA, 1988, p.14).

Para o Ministério da Educação e Cultura (MEC), a educação especial é a modalidade de educação escolar, oferecida principalmente na rede regular de ensino, para pessoas com necessidades especiais. A integração escolar  é um processo gradual e dinâmico que pode tomar formas distintas de acordo com as necessidades e habilidades dos alunos, para o MEC a inclusão é garantida a todos, do acesso contínuo ao espaço comum da vida em sociedade, que deve estar orientada por relações de acolhimento à diversidade humana, da aceitação das diferenças individuais, de desenvolvimento com qualidade, em todas as dimensões da vida.

É necessário que a concepção de inclusão seja transformada por meio da educação, levando os alunos a compreenderem que ninguém é mais humano que ninguém, pois, fazemos parte de uma diversidade, e todos somos seres humanos, que em suas diferenças precisam ser compreendidos, respeitados e reconhecidos em sua subjetividade humana, apontando as diferenças individuais como a oportunidade para aprender e não como um problema o qual deve ser resolvido.

A inclusão escolar, não é um processo rápido e fácil, pois ela representa um desafio no âmbito escolar regular, requer um ensino individualizado, conforme as capacidades de cada um, exigindo que se trabalhe com as diferenças.

Adaptar o ensino para alguns alunos de uma turma de escola comum não conduz e não condiz com a transformação pedagógica dessas escolas, exigidas pela inclusão. A inclusão implica uma mudança de paradigma educacional, que gera uma reorganização das práticas escolares: planejamentos, formação de turmas, currículo, avaliação, gestão do processo educativo (MANTOAN, 2008, p. 37).

Em uma pespectiva inclusiva, a deficiencia de um aluno não é motivo para que o professor deixe de lhe proporcionar o melhor das práticas de ensino, ele deve partir da capacidade de aprender, levandoem consideração a pluralidade das manifestações intelectuais. O professor precisa considerar que o aluno é um ser em contante mudança que necessita de liberdade para aprender e produzir livremente o conhecimento.

Nos tempos antigos a Educação Física era vista como uma educação excludente, a qual visava somente o rendimento, selecionando os mais habilidosos, valorizando o individualismo, classificando os alunos como aptos e não aptos. Os professores eram centralizadores e a prática era somente uma repetição mecânica dos movimentos esportivos, em meados do anos 70, a Educação Física se voltou para a psicomotricidade, sendo implantada nas escolar especiais para alunos com necessidades especiais (deficiência mental e física).

Atualmente o professor de Educação Física não deve ser somente um treinador de habilidades, o mesmo deve promover a inclusão e valorizar a cultura corporal de movimento, fazendo com que as aulas de Educação Física sejam um espaço para todos, nesse sentido seu papel na inclusão é apresentar ao seu aluno o novo e o desconhecido, visto que diante do desafio a criança tende a assimilar o conhecimento que possui. É importante começar com uma atividade que a criança domina e aos poucos ir incorporando elementos novos, fazendo com que ela tenha que reestruturar internamente, gerando novos conhecimento.

A aceitação da criança deficiente pelos colegas vai depender muito do professor colocar em prática uma pedagogia inclusiva que não pretenda a correção do aluno com deficiência, mas a manifestação do seu potencial. A escola, nesta perspectiva, deve buscar consolidar o respeito às diferenças, vistas não como um obstáculo para o cumprimento da ação educativa, mas como fator de enriquecimento e melhoria da qualidade de ensino e aprendizagem para todos, tanto para alunos com deficiência quanto para aqueles sem deficiência. (SAMPAIO e SAMPAIO, 2009, p.63).

A escola é a base introdutória da pessoa no mundo social, as crianças especiais devem ser acolhidas, através de instituições de ensino regular, o sistema educacional brasileiro vem passando por diversas modificações, com o objetivo de alcançar a verdadeira inclusão educacional.

A educação inclusiva, é o ato de educar todas as crianças em um mesmo contexto escolar, cabe salientar que a opção por esse tipo de educação não significa negar as dificuldades do estudante, mas sim que, com a inclusão as diferenças não serão vistas como problemas, mas sim como diversidade.

Nesse sentido, o profissional de Educação Física enfrenta muitos desafios, pois lhe é cobrada uma nova postura frente à classe. No seu dia a dia, recebe alunos heterogêneos, ou seja, alunos especiais que estudam junto com os alunos ditos “normais”. Apesar disso não lhe são oferecidas condições de ensino, cursos de capacitação e materiais alternativos e/ou adaptados para que se possa exercer o trabalho de forma otimizada. Tal fator faz com que os alunos especiais sejam colocados de lado, não recebendo atendimento adequado e, muitas das vezes, não participando sequer das aulas, reforçando a exclusão (Ferreira, 2010, p. 16).

Com o passar dos anos os componentes curriculares tem sofrido modificações, sendo caracterizados contemporaneamente como a junção de jogos, lutas, esportes, ginásticas e danças. Dentro dessas possibilidades práticas existem inúmeras formas de abordagem por parte do professor, trabalhando conforme as necessidades, anseios e potencialidades dos alunos. Nesse sentido a inclusão dos alunos com necessidades especiais exigem um planejamento do programa de Educação Física, respeitando sempre os princípios do desenvolvimento humano e as características das pessoas com deficiência.

Na maioria das vezes, os alunos com necessidades educativas especiais têm acesso apenas a uma carteira comum, em uma escola comum, com uma professora comum, tomando em lugar que nem sempre foi por ele desejado e devidamente planejado, sem garantia alguma de bem-estar físico e social e, principalmente, de acesso a um ensino de qualidade.(ZANATTA, apud Mendes, 2002, p.76).

O deficiente físico é um indivíduo que apresenta comprometimento da capacidade motora, nos padrões considerados normais, resultando em uma desvantagem pois resulta de uma incapacidade, a qual limita ou impede o desempenho motor de uma determinada parte do corpo.

Atualmente a escola se constitui como um direito de todos, no entanto essa concepção de escola democrática, universalizada e acessível, acaba inquietando muitos professores quando os mesmos se deparam em suas salas de aula com a realidade da diversidade.

O tema da educação inclusiva na disciplina de em Educação Fisica tem sido insuficientemente tratado no nosso país talvez devido ao fato de se considerar que a Educação física não é essencial para o processo de inclusão social ou escolar. Este assunto quando é abordado, é considerado face a um conjunto de ideias feitas e de lugares comuns que não correspondem aos verdadeiros problemas sentidos. É como se houvesse uma dimensão de aparências e uma dimensão de constatações.

Art. 1º -A União prestará apoio técnico e financeiro aos sistemas públicos de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, objetivando ampliar a oferta do atendimento educacional especializado aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, matriculados na rede pública de ensino regular [...]; § 2 - que o atendimento educacional especializado deve integrar a proposta pedagógica da escola, envolver a participação da família e ser realizado em articulação com as demais políticas públicas. Art. 3 - O Ministério da Educação prestará apoio técnico e financeiro às seguintes ações voltadas à oferta do atendimento educacional especializado, entre outras que atendam aos objetivos previstos neste Decreto: I - implantação de salas de recursos multifuncionais; II - formação continuada de professores para o atendimento educacional especializado; III - formação de gestores, educadores e demais profissionais da escola para a educação inclusiva (BRASIL, 2008).

Em outras palavras pode-se dizer que com o passar dos anos alguns avanços aconteceram no universo da Educação física na tentativa de torná-la verdadeiramente inclusiva. E apesar de estarmos ainda caminhando a passos lentos,já podemos perceber alguns avanços de maneira especial no que se refere a atuação e postura de alguns professores. No entanto muito ainda precisa ser feito para que saiamos do campo da integralização e passemos a atingir verdadeiramente a inclusão. E para que isso aconteça, é preciso que o professor de Educação física reflita e ressignifique a sua prática docente, tendo em vista que hoje o professor de Educação Física não deve ser apenas treinador de habilidades, ele deve promover a inclusão, e valorizar a cultura corporal de movimento, fazendo com que a aula de Educação Física seja um espaço para todos

A colaboração, solidariedade e compartilhamento do processo educativo seja ele atuador direto ou indireto está danso progresso de um ensino de qualidade a todos, pois a base do desenvolvimento educacional é encontrada na escola, tendo em vista que além de trabalhar com a diversidade e valores são também capazes de formar um indivíduo e fazer uma sociedade diferente, com deveres e direitos, cujo objetivo é ter conhecimento.

A despeito dos desafios impostos por uma perspectiva educacional inclusiva, a formação profissional, em nível de ensino superior, apresenta necessidade de aprimoramento com o intuito de oferecer o devido suporte aos futuros profissionais de Educação Física. Para a inclusão de pessoas com necessidades especiais em programas de Educação Física não sucumbir a quixotismos ou modismos, é preciso reunir as competências daqueles responsáveis pelo processo de formação supracitado (CRUZ, 2008, p. 51).

Os valores das “escolas especiais” estão embebidos dos valores da escola tradicional. São duas faces de uma mesma moeda. A escola tradicional constitui-se, como dissemos, para homogeneizar o capital cultural de todos os alunos para, desta forma, cumprir o seu desiderato de igualdade de oportunidades. Porém, não era previsto que os alunos com qualquer necessidade especial de educação originada por exemplo por uma deficiência, fossem integrados nela, dado a escola procurava a homogeneidade nos conteúdos mas também nos alunos. É neste contexto que surgem as escolas especiais, organizadas maioritariamente por categorias de deficiência, com a convicção de que agrupando os alunos com a mesma categoria e as mesmas características se poderia aspirar a desenvolver um ensino homogéneo, segundo o modelo da escola tradicional. Por isso, a concepção da escola tradicional e homogénea remete para a criação das escolas especiais: elas são, como dissemos, dois aspectos do mesmo tipo de valores.

A Educação Física deve propiciar o desenvolvimento global de seus alunos, ajudar para que o mesmo consiga atingir a adaptação e o equilíbrio que requer suas limitações e/ou deficiência; identificar as necessidades e capacidades de cada educando quanto às suas possibilidades de ação e adaptações para o movimento; facilitar sua independência e autonomia, bem como facilitar o processo de inclusão e aceitação em seu grupo social, quando necessário. (STRAPASSON, 2007, p.8).

É preciso que o sistema de ensino de adeque aos alunos com deficiência, adaptando seus currículos, técnicas, métodos e recursos educativos às necessidades dos alunos, além da capacitação dos professores, mesmo para aqueles que não tem uma especialização específica em educação especial, precisam estar preparados para a integração desses alunos nas classes comuns de ensino regular.

No cotidiano escolar sistematicamente desconsidera a existência da diversidade, pois não é fácil construir uma escola inclusiva em uma sociedade altamente excludente. Nesse sentido é necessário que haja uma mudança nas escolar a fim de atender as necessidades de seus alunos, o importante é que a inclusão seja feita, planejada coletivamente, envolvendo, inclusive os pais e os alunos conforme a necessidade de cada aluno.

No campo educacional é fundamental planejar, implementar e avaliar programas para os diferentes alunos em ambientes da escola regular, é imprescindível a necessidade do ensino colaborativo ou cooperativo entre professores do ensino regular e especial, e entre professores de ensino regular e consultores especialistas de áreas afins.

É importante contextualizar a Educação Especial desde os seus primórdios até a atualidade, para que se perceba que as escolas especiais são as principais responsáveis pelos avanços da inclusão, longe de serem responsáveis pela negação do direito das pessoas com necessidades educacionais especiais, de terem acesso à educação. Evidencia-se que a inclusão ou a exclusão das pessoas com deficiência estão intimamente ligadas às questões culturais. (ROGALSKI, 2010, p. 1).

Cabe salientar que o professor de Educação Física lida também com os sentimentos de medo e preconceito que afloram ao lidar com alunos com deficiência, no que se refere às suas práticas, o mesmo precisa buscar superar o medo da incompetência, advindo normalmente de uma formação precária.

As aulas de educação física devem propiciar aos alunos, por meio de atividades corporais, uma atitude construtiva junto aos alunos com deficiência, possibilitando uma atitude de respeito, aceitação e solidariedade. O professor de educação física precisa desenvolver as potencialidades de seus alunos e não exclui-los das aulas, muitas vezes, sob o pretexto de preservá-los.

CONCLUSÃO

É função social da escola, compartilhar o conhecimento historicamente acumulado pela humanidade, sem que seja feita distinção entre os alunos, dessa forma deve-se valorizar as diferenças, a singularidade e respeitar o princípio da pluralidade.

As práticas educativas inclusivas exigem mobilização e argumentos que mostrem que se acredita em um trabalho de qualidade, e é necessário estar preparado para enfrentar essa diversidade que todos tanto tem medo.

É preciso reconhecer a realidade de cada aluno, seus anseios, medos, dúvida, eles precisam se sentir parte da escola e aprender na convivência, nessa hora não trata-se de um querer pessoal, de uma opção, mas sim de uma necessidade, uma urgência e um compromisso para com aqueles que anseiam uma educação sem fronteiras.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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CRUZ, Gilmar de Carvalho. Formação Continuada de professores de Educação Física em ambiente escolar inclusivo. Londrina, PR: EDUEL, 2008.

FERREIRA, Vanja. Educação Física Adaptada. Rio de Janeiro. Editora Sprint, 2010.

MANTOAN, M. T. E. Inclusão Escolar: caminhos, descaminhos, desafios, perspectivas. In: ________. O Desafio das Diferenças nas Escolas. Petrópolis: Vozes, 2008. Cap. 1, p. 29-42

MENDES, E. G. Perspectiva para a construção da escola inclusiva no Brasil. In:

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OLIVEIRA, Wanderley C. Algumas Reflexões Sobre o Curso de Pedagogia à Luz de Michel Serres. Revista Vertentes, São João del Rei, nº 21, p.98-104, jan. / jun., 1988.

 RODRIGUES, D. A Educação Física perante a Educação Inclusiva: reflexões conceptuais e metodológicas. Boletim da Sociedade Portuguesa de Educação Física, Lisboa, n. 24-25, 2003. Disponível em: http://www.spef.pt. Acesso em 08 Julho 2022.

ROGALSKI, Solange Menin. Histórico do surgimento da educação especial. Disponível em: .  Acesso em: 30 Julho 2022.

SAMPAIO, C. T.; SAMPAIO, S. M. R. Educação inclusiva: o professor mediando para a vida. Salvador: EDUFBA, 2009, 162 p.

STRAPASSON, A. M.; CARNIEL, F. A Educação Física na educação especial. Revista Digital, Buenos Aires, ano 11, n. 104, 2007.

UNESCO. Declaração de Salamanca. Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais. 1994. Disponível em: Acesso em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf. Acesso em 10 Julho 2022.


Publicado por: BENEDITO MACHADO FILHO

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