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Alongamento e Flexibilidade: uma forma de aquecer ou um componente da preparação Física?

De que forma ou até que ponto o alongamento pode ajudar a melhorar a performance de um atleta ou de uma pessoa sedentária.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Alexandre Roberto Lima Santos[1]
Judite Filgueiras Rodrigues[2]

O alongamento ou flexibilidade define um aquecimento completo? De que forma ou até que ponto este processo pode ajudar a melhorar a performance desportiva de um atleta ou de uma pessoa sedentária?

Em nível de desempenho todo alongamento ou trabalho de flexibilidade, em forma de aquecimento, não produz estímulos necessários para que se obtenha uma melhora no gesto motor além dos músculos e tendões terem que estar preparados, assim como as articulações precisam ser lubrificadas com o chamado “líquido sinovial”, que é liberado com movimentos dinâmicos.

Para (DANTAS 2005, p.95) as diferenças e definições entre alongamento e flexionamento são: alongamento é a forma de trabalho que visa à manutenção dos níveis de flexibilidade obtidos e a realização dos movimentos de amplitude normal com o mínimo de restrição física possível. Flexionamento é a forma de trabalho que visa obter uma melhora na flexibilidade através da viabilização de amplitudes de arcos de movimento articular superiores as originais, ou seja, o alongamento visa a realização dos movimentos com mais eficácia e com menor gasto energético, ao passo que o flexionamento visa conseguir maiores arcos articulares de movimentos.

A justificativa para o alongamento antes de iniciar as atividades, seria o fato de não sentir dor após executar determinados exercícios, e que lesões poderão ser evitadas segundo alguns médicos desportistas.

Existe muita polêmica sob qual método o processo de flexionamento é mais adequado ou mais eficaz. Entretanto, em vez de se preocupar com qual método é mais eficaz, a preocupação do profissional que treina a flexibilidade deve ser com a escolha da técnica mais adequada ao seu caso (DANTAS, 2005).

Então, não é suficiente só fazer exercícios de alongamento, é preciso analisar como se faz e quais os momentos e meios de inserí-los nos objetivos propostos. Somente dessa forma, se consegue diminuir as ocorrências de lesões musculares, tão freqüentes nas situações de trabalho e no meio desportivo (ACHOUR JÚNIOR, 1998).

Outrora se pensa que alguns estudiosos efetuam o alongamento em longo prazo, definindo quais os dias da semana aos quais deverão fazer um trabalho mais eficiente, os exercícios devem ser analisados e ajustados periodicamente de acordo com o progresso. Com isto, garantimos uma prática segura dos exercícios, alcançando as necessidades, interesses, objetivos do individuo, buscando a continuidade, observando se ocorre dor ou desconforto ou alguma incidência de lesão (FERNANDES et al., 2005).

O fato de o alongamento durar apenas de 10 a 15 segundos e a flexibilidade de 30 segundos no mínimo até no máximo um minuto, é citado na maioria das literaturas, portanto é objetivo do educador a especificidade de cada indivíduo. Vários estudos citados por Dantas sugerem não haver nenhuma vantagem em ultrapassar esses tempos ou pelo menos ainda não existem comprovações científicas para recomendar tempos maiores.

A verdade é que pessoas com encurtamento muscular devem ser alongadas e que depende de cada indivíduo a utilização ou não de componentes da aptidão física. (HAUSSINGER, 1990 e 1993; MILLWARD, 1995) acreditam que o alongamento da célula possa favorecer o crescimento da fibra muscular por aumentar o espaço físico.

Ao "esticarmos" a célula, supõe-se a ocorrência da dilatação dos tecidos conjuntivos. Além disso, há uma relação de proporcionalidade direta entre dimensão da célula muscular e sua quantidade de núcleos (ALLEN et al, 1995; MOSS, 1968). Esses dados também sugerem a teoria da hiperplasia das fibras musculares.

Experiências não muito novas, (ARMISTRONG et. al. 1979) demonstraram a ocorrência da hiperplasia em animais usando métodos de estiramento.

A sugestão seria procurar um profissional da área de Educação Física que possa orientar cada indivíduo, direcionando-o ao seu objetivo.

Referências Bibliográficas

ACHOUR JUNIOR, Abdallah. Bases para exercícios de alongamento: relacionado com a saúde e no desempenho atlético. Londrina: Midiograf, 1996.

_______. Flexibilidade: teoria e prática. Londrina: Atividade Física & Saúde, 1998.

DANTAS, E. H. M. Flexibilidade: alongamento e flexionamento. 5 ed. Rio de Janeiro: Shape, 2005.

HÄUSSINGER, D., et al., "Cell Swelling Inhibits Proteolysis in Perfused Rat Liver," Biochem. J. 272.1 (1990) : 239-242.

MILLWARD, D.J., "A Protein-Stat Mechanism for Regulation of Growth and Maintenance of the Lean Body Mass," Nutr. Res. Rev. 8 (1995) : 93-120

MOSS, F.P. "The Relationship Between the Dimension of the Fibers and the Number of Nuclei During Normal Growth of Skeletal Muscle in the Domestic Fowl," Am. J. Anat. 122 (1968) : 555-564.

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[1] Licenciado Pleno em Educação Física, Especialista em Saúde e Desporto, Especialista MBA em Gestão Empresarial Social, Especialista em Fisiologia do Exercício, Mestrando em Ciência do Movimento Humano pela Universidade Tecnológica Intercontinental, Docente da FAMA-Faculdade de Macapá.

[2] Licenciada Plena em Educação Física em Ciências Físicas e Biológicas, Matemática, Psicopedagoga, Mestre em Ciências da Educação, Doutoranda em Ciência do Movimento Humano, Docente da Universidade Tecnológica Intercontinental.


Publicado por: Alexandre Roberto Lima Santos

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