A contribuição das atividades lúdicas nas aulas de Educação Física para o desenvolvimento motor, afetivo e social de crianças de 5 e 6 anos
Saiba qual é a contribuição das atividades lúdicas nas aulas de Educação Física para o desenvolvimento motor, afetivo e social de crianças de 5 e 6 anos.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
A análise da criança inserida na sociedade brasileira atual demonstra que, de uma perspectiva mais geral, o que se percebe é a impossibilidade da vivência do lúdico na infância. Na sociedade moderna e em particular nas grandes cidades, ainda que por razões bem diferentes, as crianças não têm tempo e espaço para a vivência da infância e isso independe de sexo, ou das classes sociais, especialistas em educação física acreditam que as crianças atuais estão desenvolvendo poucas as habilidades motoras. Para eles, a tecnologia, o aumento da violência e o pouco entendimento dos pais acerca do assunto são as principais causas. Nesse sentido o papel da Educação Física é extremamente importante no processo educacional infantil, pois favorece através das atividades lúdicas, meios para a criança explorar seu corpo. O presente estudo teve como objetivo verificar a contribuição das atividades lúdicas por meio da educação física no desenvolvimento motor, de crianças de 5 a 6 anos de idade e Suas conseqüências na fase adulta. Este estudo tem uma abordagem qualitativa e o método utilizado foi o observacional. Fizeram parte da pesquisa alunos de 05 e 06 anos de idade da Escola Estadual Professor Benício Leão, situada na zona sul de Manaus, Além de alguns pais e convidados participarem da pesquisa. Foram realizadas com as crianças 16 seções de atividades motoras com aspectos lúdicos. Essas atividades aconteceram duas vezes na semana com 50 minutos de duração. As seções foram filmadas para posterior análise. Para análise de dados foi utilizada a análise de conteúdo onde foi possível identificarmos os Aspectos motores. No aspecto motor notamos a interação de diversas funções motoras (perceptiva motora, neuromotor, psicomotora), processo adaptativo, evolutivo, recreativo que interagem com diversas funções motoras.
Palavras-chave: Brincadeira, criança, adultos, lúdico
Analysis of the child entering the current Brazilian society shows that a more general perspective, what we see is the impossibility of living the playful childhood. In modern society, particularly in large cities, though for very different reasons, children do not have time and space to experience their childhood and this is independent of sex or social class. In this sense the role of physical education is extremely important in children's educational process, it favors through play activities, resources for the child to explore his body. This study aimed to determine the contribution of recreational activities through education, physical motor development, emotional and social development of children 5-6 years old. This study has a qualitative approach and the method used was observational. The present study included students from five six-year-old State School Teacher Benicio Lion, located at the south of Manaus. Were performed with sections of 16 children with motor activities playful aspects. These activities took place twice a week with 50 minutes in length. The sections were filmed for later analysis. For data analysis was used content analysis and found three indicators: Social, affective and motor. Found in social activities during the students' concerns to help each other. In affectionate companionship realize some children beyond the apparent incentive. Regarding the aspect engine note the interaction of various motor functions (perceptual motor, neuromotor, psychomotor), adaptation, evolution, interacting with various recreational motor functions.
Keywords: Play, child, playfulness
INTRODUÇÃO
Analisando o contexto social e educacional, percebe-se que o lúdico assumiu características próprias e o seu papel dentro das escolas, principalmente nas series iniciais, é visto como um agente de mudanças que irá proporcionar a criança outra forma de aprender, um aprender brincando (FREIRE, 1997).
Segundo Gallahu; Ozmun (2003) brincar serve como importante facilitador do crescimento cognitivo e afetivo; bem como importante meio para desenvolver tanto habilidades motoras refinadas quanto habilidades motoras rudimentares.
“O brincar é capaz de apresentar, de maneira resumida, como ferramenta competente, vias para o desenvolvimento dos aspectos da formação do humano, como a cognição, afetividade, amadurecimento psicológico e motricidade” (CATUNDA, 2005, p.18)
De acordo com o dicionário Aurélio o lúdico “refere-se a, ou que tem o caráter de jogos, brinquedos e divertimentos”. Através do jogo a criança libera e canaliza suas energias, tem o poder de transformar uma realidade difícil, propicia condições de liberação da fantasia, é uma grande fonte de prazer (FERREIRA, 2004)
Especialistas em educação física acreditam que as crianças atuais estão desenvolvendo poucas as habilidades motoras. Para eles, a tecnologia, o aumento da violência e o pouco entendimento dos pais acerca do assunto são as principais causas (RIGOLIN)
De acordo com Freire (2002) o jogo faz a manutenção do que foi aprendido, considerando que seu conteúdo não é inédito; ou seja, quando alguém joga, joga com as coisas que já foram incorporadas, quer sejam habilidades motoras, quer sejam sensações ou idéias, fazendo repetir, de forma circular, as coisas já conhecidas num outro plano, mesmo que isso remeta para outros conhecimentos. Essa repetição sistemática garante a integridade dos conhecimentos adquiridos. Caso não houvesse essa repetição, os conhecimentos poderiam deteriorar-se. Por isso que aquilo que se adquire é repetido várias vezes pela criança, pois no início da vida, cada parcela de tempo é muito significativa para a vida toda.
Nesse sentido o papel da Educação Física é extremamente importante no processo educacional infantil, pois favorece através das atividades lúdicas meios para a criança explorar seu corpo, interagir com outros corpos desenvolvendo o raciocínio lógico, cognitivo e motor, além disso, é notável que as crianças que brincam vivem de maneira mais prazerosa. Por meio da brincadeira a criança expressa, assimila e constrói sua realidade.
Para Rigolin, Uma coisa que nos precisamos entender e que o desenvolvimento motor e desenvolvimento neural n do SNC, são duas coisa que caminham em paralelo. Então você tem que passar pelas fases da vida recebendo os estímulos corretos, que são motor, sensorial e cognitivo. O Sistema Nervoso Central.
Este completamente maturado aos 10 anos de idade e é no momento da maturação das células nervosas que você deverá trabalhar o acervo motor na criança.
As conseqüências da falta desse desenvolvimento motor para a criança e posteriormente para o adulto, Se não é trabalhado, você não consegue ter mais a mesma efetividade, ainda que você pegue essa faixa etária e comece a trabalhar insistentemente. Como conseqüência, vamos imaginar um adulto de 20 anos que decide começar a correr, pedalar ou surfar, por exemplo.
Se ele tiver uma vivencia motora muito boa na infância ele terá muito mais facilidade para aprender esses esportes do que as crianças que não tiveram estimulam motor na época correta, por que como essa não tem coordenação motora, faltos a eles muitos motivos que deveriam ser estimulados ainda na infância, ou seja, a pessoa que não aprendeu os movimentos gerais - correr, saltar, girar e escalar – quanto era criança, na hora em que ela tem que aprender isso na idade adulta ela terá dificuldades.
Cunha (1998), por sua vez, coloca que “brincando a criança experimenta, descobre, inventa, exercita e confere suas habilidades” (p. 9). Acrescenta ainda que brincar é um dom natural que contribuirá no futuro para o equilíbrio do adulto, pois o ato de brincar é indispensável à saúde física, emocional e intelectual da criança.
METODOLOGIA
Este estudo tem uma abordagem qualitativa, cujo objetivo é compreender os fenômenos sociais através de interpretações. Segundo Neves (1996, p. 2) a pesquisa qualitativa “[...] compreende um conjunto de diferentes técnicas interpretativas que visam a descrever e a decodificar os componentes de um sistema complexo de significados”, o pesquisador é um interpretador da realidade.
Caracteriza-se como pesquisa ação que de acordo com Severino (2007, p. 120) “visa intervir na situação, com vistas a modificá-la. Ao mesmo tempo que se realiza um diagnóstico e a análise de uma determinada situação, propõe ao conjunto de sujeitos envolvidos mudanças que levem a um aprimoramento das práticas analisadas”.
O método utilizado será o observacional onde segundo GIL (1994) é um dos mais utilizados na pesquisa social, realizando a observação sistemática que descreve como os fenômenos acontecem.
Sujeitos da pesquisa
Fizeram parte da pesquisa alunos de 05 e 06 anos de idade da Escola Estadual Professor Benício Leão, situada na zona sul de Manaus. Essa escola atende alunos do ensino fundamental (matutino e vespertino) e médio (noturno). Além de seus responsáveis e alguns convidados a participarem da pesquisa (Adultos).
Fizeram parte desse estudo as turmas (três) do primeiro ano do primeiro ciclo, em que se encontram alunos na faixa etária desse estudo. Alem de seus pais e alguns adultos convidados.
A amostragem é caracterizada como não probabilista, pois não se fez nenhum uso de formas aleatórias de seleção.
Coleta de dados
A coleta de dados aconteceu da seguinte forma: primeiro foi marcado uma reunião na escola para explicar aos pais ou responsáveis das crianças (sujeitos da pesquisa) os objetivos e procedimentos da pesquisa e solicitar que assinem o termo de consentimento e livre esclarecimento para aqueles que autorizarem o filho (a) participarem da pesquisa, e dos adultos que irão também participar da mesma.
Depois foi agendado os dias de intervenção na escola junto às crianças e os demais integradores da pesquisa. Foram realizadas com as crianças 16 seções de atividades motoras com aspectos lúdicos, já com os adultos serão feitos nos finais de semana para melhor se encaixar no horário mais propicio para os mesmos as 16 seções. Essas atividades aconteceram duas vezes na semana com 50 minutos de duração. As seções foram filmadas para posterior análise.
A técnica utilizada foi a observação que segundo Marconi; Lakatos (2010, p. 173) “é uma técnica de coleta de dados para conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar fatos ou fenômenos que se deseja estudar”. Serão observados os níveis de aprendizado de habilidades motoras, a aprendizagem perceptivo-motora e a aprendizagem cooperativa. De acordo com Gallahue; Donnelly (2008) existem três níveis de aprendizagem de habilidades motoras: o nível inicial (os movimentos do aprendiz são geralmente desordenados e desajeitados); o nível intermediário (o aprendiz compreende a habilidade no geral e é capaz de executá-la de uma maneira próxima a habilidade final); e nível avançado (o aprendiz tem uma completa compreensão da habilidade e despensa demonstração para executá-la).
A aprendizagem perceptivo-motora inclui a consciência corporal – conhecimento das partes do corpo, do que elas podem fazer, e como fazê-las se mover; estruturação espacial-localização e utilização de espaço; consciência de direção – lateralidade e direcionalidade; e orientação temporal – sincronia, ritmo e sequencia (GALLAHUE; DONNELLY, 2008).
A Para análise dos dados foi utilizado a técnica de análise de conteúdo que segundo Severino (2007, p. 121) “é uma metodologia de tratamento e análise de informações constantes de um documento, sob forma de discursos pronunciados em diferentes linguagens: escritos, orais, imagens, gestos. Trata-se de se compreender criticamente o sentido manifesto ou oculto das comunicações”.
RESULTADOS E DISCUÇÃO
Análises das gravações
Analisando os dados retirados das gravações das aulas. Encontramos o aspecto que queremos abordar, o aspecto três indicadores: Aspectos sociais, afetivos, motores.
Em relação aos aspectos sociais verificamos durante as atividades a interação dos alunos em ajudar uns aos outros. Observando o aspecto afetivo de alguns discentes, notamos o companheirismo de algumas crianças alem do incentivo aparente, no entanto não podemos deixar de notar a agressividade de alguns casos.
O aspecto Motor, e a interação de diversas funções motoras (perceptiva motora, neuromotor, Psicomotora e etc.), processo adaptativo, evolutivo, recreativo que interagem com diversas funções motoras.
Dentro desse indicador abordamos algumas classificações, para especificar melhor as analises.
Aspecto Social
Atenção ao Professor:
Momento em que os alunos estavam completamente atentos a explicação do professor, sem deixar que algum fator externo atrapalhasse sua concentração.
Ao iniciar as atividades, notamos que os alunos mostraram-se atentos as explicações do professor. Fato que mais chamou a atenção, é que durante algumas atividades em que se utilizaram sinais sonoros, tais como apito ou palmas, os alunos se atentaram mais as explicações do professor.
Todos demonstravam atenção à explicação do professor/o professor pergunta o que significa os sinais, para lembrar novamente aos alunos, todos respondem de maneira correta, em seguida executam bem os movimentos.
O jogo é construtivo, pois pressupõe uma ação do indivíduo sobre a realidade, é uma ação carregada de simbolismo, do faz-de-conta, que reforça a motivação e possibilita a criação de novas ações. Souza (2006) considera o jogo importante para o crescimento de uma criança, apresentando a idéia de desenvolvimento humano a partir das ações que o sujeito exerce sobre o ambiente. E ao dedicar-se aos estudos sobre jogos e embasado nas propostas de Piaget, ressaltou-os em: jogo de exercício, no período sensório-motor; jogos simbólicos, no período pré-operatório; e jogos de regras.
“É o significado, nessa primeira fase da vida, depende, mais que em qualquer outra, da ação corporal. Entre os sinais gráficos de uma linguagem escrita e o mundo concreto, existe um mediador, às vezes esquecido, que é a ação corporal” (FREIRE, 1989).
Falta de atenção ao professor:
Situação em que alguns alunos por alguns motivos ou por distração, não se atentaram as explicações do professor.
Em algumas atividades, partes dos alunos encontravam-se distraídos por algum motivo. Por não terem aulas de Educação física, eles encontravam nas aulas uma oportunidade para brincar sem se importar com a mesma.
Um aluno estava conversando completamente distraído/os alunos que estão aguardando sua vez estão impacientes e começam a se balançar/ um aluno estava caminhando ao contrario dos outros.
“É admissível, por tanto, que essa concentração nela mesma permaneça durante algum tempo. O que não se deseja é essa auto concentração estenda-se por longo tempo, atravessando da segunda infância, a adolescência e a idade adulta.” (FREIRE, 1989).
Não participação das atividades:
A resistência que alguns alunos apresentavam para realizar algumas atividades, por não se identificarem com a atividade ou por não gostarem da atividade.
Nota-se que alguns alunos por não terem estímulos de atividades físicas anteriores, ou por estarem de certa forma cansada das aulas teóricas, procuram um espaço na Educação Física para se verem livres das atividades em sala, por isso acabam deixando de diferenciar as aulas de Educação Física, do lazer, e no momento em que o professor aplica ou cobra um pouco mais as atividades, acontece por parte de alguns uma recusa, e algumas vezes o professor tem que reprimir. Podemos citar também que outros não fazem as atividades por medo de errar, por insegurança ou que seus colegas venham a reclamar de desempenho.
Aluno só olhava sem se envolver com a atividade/um aluno saiu da coluna de formação/uma aluna sai correndo de sua coluna e volta, um aluno sai correndo de sua coluna e é segurado pelo professor/um aluno da coluna esquerda corre de sua coluna e é repreendido pelo professor/os alunos da coluna da direita desfazem a formação da coluna.
O corpo que deveria ser motivo de alegria, que deveria vivenciar o lúdico e promover a festa, é transformado em incômodo para a escola. A sala de aula poderia ser menos “séria” e mais alegre, logo, ser mais viva. Se assim ocorresse, se estaria partindo para uma aprendizagem significativa que privilegiasse o homem como um ser em sua integralidade, que é um corpo, que sente o corpo, que vive esse corpo e que expressa suas emoções por intermédio desse corpo (CATUNDA, 2005,p.30).
(KAMII, 1991, p. 298). Quando obrigamos uma criança a brincar estamos ferindo
sua liberdade de expressão. Muitas vezes as crianças não querem brincar, pois se sentem inseguras ou com medo, por isso o professor deve estar atento às respostas dos alunos nesse tipo de situação e tentar ajudá-los.
Participação da atividade:
Situação em que os alunos encontram-se envolvidos sem se opor as atividades impostas pelo professor.
A participação dos alunos se dava, na medida em que os mesmos entendiam mais as atividades, os demais vendo que não havia um grau maior de dificuldade começavam a interagir mais, foi possível notar que o outro fator que corroborava para esta participação, era quando o professor demonstrava as atividades com mais clareza e em seguida pedia para um aluno também demonstrar, fato que possibilitava aos alunos maior conhecimento.
Porém dessa vez todos participam com bem mais disposição/os alunos passam pelo primeiro aluno e vão em direção ao segundo aluno, e vai em direção ao terceiro aluno, o professor chega ao lado de 1ª aluna e conversa com ela/o professor faz 1ª perguntam para os alunos da coluna da esquerda, os alunos respondem/o professor faz perguntas direcionadas a coluna da esquerda e depois a coluna da direita, os alunos respondem de acordo cm a ordem da coluna/o professor reforça e pergunta em voz alta, os alunos respondem em voz alta/o professor pede para os alunos das colunas sentarem em círculos, da direita e da esquerda, os alunos obedecem aos comando/o professor pede aos alunos para fazerem 1 circulo com todos juntos,e encerra a atividade.
Segundo Freire (1996, p. 52) “saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”
Outro aspecto importante a ressaltar é a motivação, incentivo do professor e dos colegas durante as aulas de Educação Física, pois, segundo Barreto (2003), quando um aluno é elogiado, ocorre um aumento na sua motivação, ao mesmo tempo em que fortalece a aprendizagem da sua habilidade, isto é, vai haver um progresso na sua organização.
Outro aspecto importante a ressaltar é a motivação, incentivo do professor e dos colegas durante as aulas de Educação Física, pois, segundo Barreto (2003), quando um aluno é elogiado, ocorre um aumento na sua motivação, ao mesmo tempo em que fortalece a aprendizagem da sua habilidade, isto é, vai haver um progresso na sua organização.
Aspectos afetivos
Incentivo do professor:
O professor deve orientar os alunos de forma que os estimule a realizar as atividades, com êxito, de modo em que o mesmo possa chegar ao seu objetivo na atividade proposta.
No momento em que o professor não tão somente explicava a brincadeira,mas se envolvia,participando da mesma junto com os alunos, despertava nos mesmos um interesse grandioso em participar ainda mais das atividades.
Incentivaram os alunos a participarem/o professor retorna com o aluno q saiu da coluna/o aluno da coluna da esquerda sente dificuldade para realizar a atividade/o professor conversa cm o aluno da coluna esquerda e vai explicando como que ele tem que realizar a atividade/ o professor ajuda o aluno da coluna esquerda a concluir a atividade/o professor pergunta em voz alta e os alunos respondem o resultado/o professor e os alunos batem palmas/o professor pergunta para coluna esquerda e os alunos respondem/o professor e os alunos batem palmas/o professor explica aos alunos/o professor estimula os alunos/o professor estimula os alunos a participarem mais da atividade e a melhor maneira de executar a tarefa/o professor para estimular os alunos também participando da atividade junto aos alunos/o professor intervém explicando e auxiliando os demais alunos/o professor finaliza a atividade e inicia uma conversa com os alunos/o professor pede para que os alunos fiquem de mãos dadas/ uma aluna levanta outra aluna na coluna da esquerda/a aluna da coluna da esquerda se agacha e tenta levantar a outra que esta ao seu lado
Segundo Kamii (1991, p. 291 e 292) “a melhor maneira de o professor ensinar jogos é ele próprio ser um jogador, que se submete às mesmas regras como qualquer outro jogador”.
Outro aspecto importante a ressaltar é a motivação, incentivo do professor e dos colegas durante as aulas de Educação Física, pois, segundo Barreto (2003), quando um aluno é elogiado, ocorre um aumento na sua motivação, ao mesmo tempo em que fortalece a aprendizagem da sua habilidade, isto é, vai haver um progresso na sua organização.
Incentivo dos colegas:
Os alunos por muitas vezes auxiliavam os demais em algumas atividades, para que pudessem realizar as atividades.
No decorrer das atividades percebemos que muitos alunos ao compreender a brincadeira, explicada pelo professor, começam a brincar, e mais, incentivam seus colegas e até mesmo mostram como deve ser a brincadeira aos que não compreenderam bem.
Um coleguinha seu toma iniciativa motivando-o a brincar/o professor pergunta em voz alta e os alunos respondem o resultado/o professor e os alunos batem palmas/o professor pergunta para coluna esquerda e os alunos respondem/o professor e os alunos batem palmas.
O lúdico acrescenta um ingrediente indispensável no relacionamento entre as pessoas, possibilitando que a criatividade aflore. Sabendo que o jogo é reconhecido como meio de fornecer à criança um ambiente agradável, motivador, planejado e enriquecido, que possibilita a aprendizagem de várias habilidades, trabalhando também o desempenho dentro e fora da sala de aula Antunes (2002, p. 155-156).
Agressividade:
Os alunos em algumas vezes por impaciência ou por não quererem mais realizar as atividades acabavam agredindo alguns colegas, empurrando ou dando ponta pés nos outros.
Notamos em algumas aulas que alguns alunos, se comportaram de maneira agressiva no decorrer das atividades e, sem motivo algum ou por não quererem executar mais as atividades acabavam ficando impacientes e chateavam seus colegas, empurrando chutando e etc. Tal situação sempre foi contornada pelo professor ao perceber essas atitudes.
Ao retornar novamente a atividade um aluno empurra o outro e ele cai/Um aluno empurra o outro, os alunos perderam a atenção e se esbarraram
A autora Fante (2005) explica, em sua obra, que existem alguns fatores que podem desencadear a manifestação de comportamentos agressivos no ambiente escolar, que são: fatores internos que dizem respeito ao clima escolar, relações interpessoais e características individuais, e fatores externos que englobam o contexto social, meios de comunicação e família. Há uma forte tendência em atribuir à família e às características pessoais a maior influência sobre esta forma de comportamento e de não dar-se o devido valor às questões da própria estrutura escolar como desencadeadoras da agressividade da criança.
Gaspari et al. (2006) foi detectado que uma das maiores dificuldades dos professores de Educação Física refere-se à indisciplina dos alunos. Comumente esse é um problema levantado pelos professores como um impedimento para a implantação de novas propostas educacionais.
Cooperação:
A união dos alunos para realizar algumas atividades, na qual auxiliavam uns aos outros para responder ou executar algumas atividades.
A Cooperação dos alunos foi uma situação observada com freqüência, todas as vezes que o professor precisava da ajuda dos alunos para realizar uma atividade, os mesmo não apresentavam dificuldades em colaborar com o educador, e unidos ajudavam uns aos outros facilitando o procedimento e execução da atividade.
O professor pede aos alunos para fazerem 1 circulo com todos juntos,e encerra a /atividade outros alunos se deslocaram em direção aos que estão com dificuldades para ajudá-los
Para Brotto (1995) os jogos cooperativos é uma nova perspectiva para a educação física na escola pautada na valorização da cooperação. O autor entende que há um condicionamento, um treinamento na escola, família, mídia, para fazer acreditar que as pessoas não têm escolhas e tem que aceitar competição como opção natural, e sugere o uso dos jogos cooperativos como uma força transformadora, pois são divertidos para todos e todos têm um sentimento de vitória, criando alto nível de aceitação mútua, enquanto nos jogos competitivos são divertidos apenas para alguns, a maioria têm sentimentos de derrota e são excluídos por falta de habilidades.
Aspectos motores
Dificuldade na orientação espacial:
A orientação e a estrutura do mundo exterior a partir do eu em relação com outros objetivos da pessoa em posição estatística ou em movimento, e a consciência da relação do corpo com o meio
Na análise dos vídeos, percebemos que no decorrer das atividades em que os alunos precisavam correr ou deslocar-se lateralmente com mais rapidez em um espaço pré- determinado pelo professor, alguns discentes apresentaram dificuldades de ocuparem certos espaços. Resultando em um repertório motor muito aquém do esperado, fruto de uma aparente falta de estímulo do aspecto motor do aluno.
Houve um choque entre duas crianças e elas caíram, em seguida, uma das crianças tropeça com outro coleguinha e cai novamente derrubando o mesmo/três alunos chocaram-se quando se dirigiam para a toca, o professor tinha que interferir no decorrer da atividade/outros alunos se deslocou em direção aos que estão com dificuldades para ajudá-los/os alunos inicialmente sentiram dificuldades e se esbarraram/o professor precisou chamar a atenção de dois alunos que estavam brincando fora do espaço/Um aluno empurra o outro, os alunos perderam a atenção e se esbarraram.
Entre os adultos alguns se mostraram também dificuldade em deslocar-se, pois tinham dificuldade em sua locomoção também devido a falta de estímulos motores.
Alguns que não praticavam nenhum tipo de atividade física tiveram dificuldade quanto a equilíbrio, ao desloca-se lateralmente e ocupar um espaço, havia certo desequilíbrio/dois adultos ao se deslocarem lateralmente tropeçaram/ 1 adulto caiu, mas sem se machucar/ outros ficaram meio desorientados sem saber onde deveriam ir ou que espaço ocupar/ os demais mesmo com dificuldades conseguiram realizar as atividades.
“A criança, em sua primeira infância, é muito centrada. Constrói sua realidade trabalhosamente, adquirindo noções espaciais, temporais do próprio corpo, diferenciando-se assim, dos objetos ao seu redor” (FREIRE, 1989).
Dificuldade de equilíbrio:
Situação em que o aluno ainda não obteve total domínio do corpo em relação ao meio em que este inserido, ou para realizar alguma atividade.
Os alunos demonstraram um baixo desempenho em atividades onde o foco era o equilíbrio, fruto de um despreparo sensorial, motor, cognitivo e muitas vezes social. A não aprendizagem de todas essas valências acaba se tornando empecilhos para o alcance de estágios maiores.
Foi observada uma sucessão de queda de alunos/Mau desempenho nas atividades/três alunos chocaram-se quando se dirigiam para a toca/o professor tinha que interferir no decorrer da atividade/alguns já não estava com vontade de fazer à atividade/Bom desempenho nas atividades/concluem a atividade tanto o aluno da coluna direita como o aluno da coluna esquerda.
Os adultos não foram diferentes, pois sabemos que se não houver uma boa adaptação e um bom estimula em adultos, ainda mais os que não tiveram uma vivenciam pratica em certos movimentos ou atividades, terão dificuldades em realizar algumas tarefas.
Entre as atividades notava-se que a maioria dos adultos teve problemas durante as atividades que envolvia equilíbrio/em certas atividades que envolvia percepção rápida em baixar e levantar com os comandos do professor era bem notável na hora de levantar, alguns não conseguiam levantar e caíram, outros nem baixavam com medo de cair.
Segundo Mouly (1979) a aprendizagem refere-se a mudanças de comportamento resultante de experiências. Se a intenção da aprendizagem é tornar o individuo mais capaz de lhe dar com situações semelhantes em seu ambiente, e preciso proporcionar situações que o familiarize com o meio.
CONCLUSÃO
Por meio dos dados, podemos perceber muitos dos benefícios que as atividades lúdicas podem proporciona as crianças: Desenvolvimento motor, social e afetivo.
Assim inferimos que a prática Lúdica pelas crianças traz consigo boas contribuições para o seu desenvolvimento, favorecendo a melhora do comportamento, alem das participações nas aulas de Educação Física.
Vale ressaltar que a importância das atividades lúdica, está no prazer e no interesse do aluno pela Educação Física. Sendo fundamental a ação efetiva de um professor de Educação Física que atue de forma a beneficiar o rendimento e desenvolvimento dessas crianças.
Nessa perspectiva, a atividade lúdica enquanto conteúdo da educação física, precisa compreender o aluno e seu desenvolvimento de forma ampla e total, proporcionando aspectos que privilegiem a comunicação, a expressão, a sensibilidade, a criação e principalmente a ludicidade.
No decorrer das aulas notamos certa impaciência pôr parte de algumas crianças, fato condizente com a falta de atividades de educação física e por estarem muito tempo nas salas de aula, tentamos várias maneiras aplicar atividades onde todos se ajudassem ou que trabalhassem em equipes, e de forma em que voltasse a atenção maior do professor para com os alunos. A estratégia que mais deu certo foram os jogos cooperativos. é importante frisar que a atividade lúdica despertou um prazer nos alunos, motivando-os a permanecer na atividade,por mais que alguns desistissem,sempre havia outros alunos que os influenciavam a voltar a participar e ir ate o final da mesma. Nesse sentido sugerimos uma nova pesquisa a respeito da contribuição das atividades lúdicas, utilizando brincadeiras das quais não se tem regras rígidas.
Podemos dizer que o lúdico e um grande laboratório que merece a atenção dos educadores, pois, e através dele que ocorrem experiências inteligentes e reflexivas, praticadas com emoção, e sinceridade. Através das atividades e que ocorre a descoberta de si mesmo e do outro.
As consequências da falta desse desenvolvimento motor para a criança podem influenciar posteriormente na fase adulta. Pode desenvolver problema de encurtamento muscular, de coordenação motora, que inclusive, podem afetar as atividades do dia a dia.
Alguém que não teve nenhum tipo de desenvolvimento motor na infância pode ter problema de dores na coluna, no ombro, no joelho e na hora que for fazer um movimento mias brusco ou algum tipo de movimento que ele nunca fez.
REFERÊNCIAS
CATUNDA, Ricardo. Brincar, Criar e Vivenciar na escola. Rio de Janeiro: Sprint, 2005
FERREIRA, A. B. Novo dicionário da língua portuguesa. 3 ed. São Paulo: Positivo, 2004. Edição eletrônica autorizada à POSITIVO INFORMÁTICA LTDA.
FREIRE, J. B. O Jogo: entre o riso e o choro. Campinas: Autores Associados. 2002
FREIRE, J. B. Educação do corpo inteiro: teoria e prática da educação física. São Paulo: Scipione,1997.
GALLAHUE, D. DONNELLY, C. Educação Física desenvolvimentista para todas as crianças. 4ed. São Paulo: Phorte, 2008.
GALAHUE, D.L.; OZMUN, D. J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, criancas, adolescentes e adultos. 2 ed. São Paulo: Phorte, 2005.
GALAHUE, D.L.; OZMUN, D. J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte, 2003.
GIL, A. C. Métodos e técnicas da pesquisa social. 4 ed. Atlas: São Paulo, 1994.
MARCELLINO, N.C. Pedagogia da Animação, 2 ed. Campinas: Papirus, 1997
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos da Metodologia Científica. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2010.
NEVES, L. Pesquisa qualitativa – características, usos e possibilidades. Caderno de pesquisas em administração. São Paulo. v 1. n 3, p. 1- 5, 1996.
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 23 ed. São Paulo: Cortez, 2007.
FANTE,C. Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para paz. Campinas: Vênus, 2005
Co-autores:
Barros,Thiago;
Marreiro,Ítalo;
Prata,Gilmar;
Vieira Joni.
Publicado por: Thiago Rafael Barros
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