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O USO DA CONTABILIDADE E SUAS FERRAMENTAS, E DE PRINCÍPIOS ECONÔMICOS, NA GESTÃO DE ATIVIDADES RURAIS

Relação entre o sucesso de negócios agrícolas com a correta utilização de ferramentas contábeis e econômicas.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

1 INTRODUÇÃO

Com o surgimento da contabilidade, o desempenho da mesma trouxe grandes influências para as tomadas de decisões de modo que os proprietários dos mais variados negócios, com a evolução da economia notaram que era preciso um diferencial para o crescimento e gestão de seus negócios, passando a dar importância ao uso das ferramentas contábeis.

Gerenciar seus lucros não era uma tarefa fácil, portanto, com o uso das ferramentas corretas, podiam informar seus lucros com maior exatidão, gerando riquezas de forma organizada, contribuindo assim, com o controle dos custos para a comparação dos resultados.

Mesmo já existindo a contabilidade no meio rural, inicialmente não eram utilizadas todas as ferramentas adequadas para as atividades de controle gerencial tanto interno, quanto externo, não tendo, assim, uma base de resultados para tomada de decisões corretas. Dessa maneira, chega-se ao seguinte questionamento: o uso adequado da contabilidade e da economia podem ser um diferencial competitivo considerável para o setor rural?

Os proprietários rurais devem sempre estar ligados a uma administração eficiente, dando atenção ao sistema contábil adequado para que possam ter uma obtenção de melhores resultados. Tendo em vista o problema acima estabelecido, o objetivo geral desta pesquisa é traçar uma relação entre o sucesso de negócios agrícolas com a correta utilização de ferramentas contábeis e econômicas. Com a finalidade de aprofundar os conhecimentos na área estudada e realizar o objetivo principal, tem-se o seu incremento nos seguintes objetivos específicos:

  • discutir os conceitos de Contabilidade Rural, Econômica e Agronegócios;
  • identificar a existência das ferramentas adequadas para os objetivos; e
  • verificar os conceitos econômicos mais indicados para ajustamento das atividades nos segmentos iniciais do agronegócio.

Sabendo que a maioria dos proprietários rurais não têm conhecimento sobre a importância e os benefícios que a contabilidade contribui para sua propriedade, o presente trabalho buscará demonstrar que a contabilidade é importante. Assim, este trabalho se justifica pela relevância que a contabilidade exerce atualmente na área rural, demonstrando a riqueza da contabilidade para melhoraria dos aspectos econômicos e financeiros. É muito relevante para que as propriedades rurais possam verificar o desenvolvimento ou qualquer problema que possa surgir.

Crepaldi (1998, p. 75-76) aponta a contabilidade como:

[...] um dos principais sistemas de controle em formação para as empresas rurais, podendo, através de seus instrumentos, verificar a situação da empresa sob os mais diversos enfoques, tais como, análise de estrutura, de evolução, de solvência, de garantia de capitais próprios e de terceiros, de retorno de investimentos, entre outros.

Com os novos desafios do mercado, o empresário rural sente a necessidade de ter mais informações que o auxilie, pois suas expectativas perante o futuro estão comprometidas se ele não acompanhar as mudanças que estão acontecendo.

A metodologia do presente trabalho foi desenvolvida por meio de estudos elaborados com pesquisas em meios de informação escrita e eletrônica, objetivando contribuir na demonstração da importância da Contabilidade Rural. A pesquisa fora elaborada a partir de dados coletados com base nos livros e artigos divulgados no meio eletrônico, podendo ser derivada tanto de constatações e percepções, esclarecimentos ou adaptações de conceitos e ideias.

2 INÍCIO DA CONTABILIDADE

O surgimento da contabilidade ocorreu com os povos hindus, chineses, egípcios, fenícios, israelitas, persas, caldeus, assírios, gregos e romanos. A Contabilidade nasceu para suprir as necessidades de mensuração e proteção dos bens materiais desses povos com o propósito de preservar e elevar o patrimônio que possuíam. (SILVA; MARTINS, 2009 apud ALMEIDA, 2012). A Contabilidade é definida como “a ciência que estuda os registros, atos e fatos, métodos e doutrinas contábeis, econômicas e administrativas, por meio das sociedades humanas e seus patrimônios” (SILVA; MARTINS, 2009, p. 14 apud ALMEIDA, 2012, p. 20).

Desta forma, tem-se indícios que a contabilidade surgiu a cerca de 2000 a.C. Outro fator que agrega influência nesta busca pelos conhecimentos contábeis, como citado acima, é a maneira pela qual os precursores faziam para poder controlar seus bens e assim aumentar seus valores, patrimônios e capitais. Por ser uma Era Primitiva e com pouco conhecimento nestes fundamentos, os primeiros registros contábeis foram processados de forma a serem gravados na memória do homem.

Ao longo dos anos foi se aperfeiçoando e criando outras maneiras de realizar estes procedimentos, criando assim, o Inventário. Uma maneira pela qual se exercia a contagem do controle de seus bens, conseguindo-os classificar de acordo com sua natureza. Com isto, iniciando a Era da Pedra Polida, o homem conseguiu dar formas aos seus registros, fazendo-os em desenhos e gravações.

Com isto, iniciando a Era da Pedra Polida, o homem conseguiu dar formas aos seus registros, fazendo-os em desenhos e gravações. Estes registros eram uma combinação entre o desenho do bem que o mesmo possuía e os números, ou seja, criava-se um desenho (ou gravava) com a cara do animal (ou qualquer outro bem que possuísse), que queria realizar o controle e marcava a quantidade (números) de cabeças (ou peças) existentes (PORTAL DE CONTABILIDADE, 2012 apud ALMEIDA, 2012, p. 20).

Diante das necessidades de escrituração contábil e busca por métodos de registros nas quais fossem evidenciadas de forma clara e de fácil entendimento as movimentações ocorridas diariamente, surge o Método das Partidas Dobradas descrito pela primeira vez por Luca Pacioli, em 1494, onde toda operação de débito corresponde a um crédito. Neste sentido, Schmidt (2006, p. 25 apud ALMEIDA, 2012, p. 21) dispõem que:

O registro de qualquer operação implica que um débito em uma ou mais contas deve corresponder um crédito equivalente em uma ou mais contas, de forma que a soma dos valores debitados seja sempre igual à soma dos valores creditados, ou simplificando, não há débito sem crédito correspondente.

Define-se assim, que o método de controle das Partidas Dobradas foi de suma importância em toda a história da contabilidade, auxiliando desde os primórdios até os atuais profissionais da área, sendo um método utilizado em toda a Era da Contabilidade. Em resumo, pode-se dizer que a Contabilidade surgiu há milênios, sendo importante e necessária para que o homem conseguisse trabalhar de forma a controlar seus estoques, verificar seus lucros e prejuízos sucedidos em determinada ocasião de tempo, trabalhando de forma estratégica a fim de evidenciar seus resultados, diagnosticando formas de controle e a busca por resultados satisfatórios em toda a organização.

3 CONTABILIDADE RURAL: sua importância e ferramentas

A Contabilidade como ciência possui como objeto de estudo o patrimônio e tem como função registrar, mensurar, explorar e identificar os aspectos econômicos e financeiros das entidades, podendo ser pessoas físicas, empresas rurais sem fins lucrativos, empresas públicas, entre outros (IUDÍCIBUS, 1998 apud RATKO, 2008).

Crepaldi (2005, p. 69 apud RATKO, 2008, p. 20) reforça que “construir um apoio para dar suporte de informações gerenciais com excelência à concorrência global não é tarefa fácil ou rápida”. “A contabilidade voltada para a ação gerencial não se limita ao Balanço Patrimonial (BP) e à Demonstração de Resultados, e sim, ela se preocupa em preparar as demonstrações contábeis sistematizando um conjunto de informações moldadas às finalidades para as quais se destinam” (RATKO, 2008, P. 20).

A Contabilidade é uma ciência que é estudada de forma geral ou específica, de modo a atender todas as necessidades dos segmentos da economia. Cada setor de mercado tem suas peculiaridades a serem analisadas contabilmente a fim de obter maior eficácia e subsídios para o qual a contabilidade foi designada.

A Contabilidade Rural apoia as tomadas de decisões quando gera informações apropriadas e consegue controlar todas as operações da atividade agrícola. O registro dos fatos contábeis somente não é o bastante. Faz-se necessário constituir uma sistemática para se mensurar a margem de contribuição e a viabilidade econômica do cultivo de cada prática agrícola, por exemplo, dispondo do adequado uso das ferramentas gerenciais, as quais avaliam a rentabilidade e o consumo de cada prática agrícola, bem como planejam estrategicamente cada investimento, garantindo assim o retorno dos recursos aplicados.

3.1 Contabilidade enquanto ferramenta de gestão rural

A contabilidade é um importante instrumento para gestão operacional e de resultados das empresas. O contador possui a função de proporcionar subsídios para o planejamento, execução e controle, assim como viabilizar o acesso a informações tempestivas e enérgicas para a tomada de decisão empresarial (LUCCA, 2012). Os procedimentos de informações tornam-se significativos e definitivos no mundo dos negócios de tal maneira que o usuário, sendo o produtor rural, precisa conhecer o tipo de dados que lhe proporcione escolher sempre a melhor alternativa.

 De acordo com Oliveira (1996), o sistema de informação impacta diretamente três níveis: o tático, o estratégico e o operacional. O nível tático considera a aglutinação de informações de uma área de resultado e não do empreendimento como um todo. Já o nível estratégico considera a relação entre as informações internas e do ambiente empresarial (externas). Quanto ao nível operacional, este pondera a formalização, principalmente, perante a documentos escritos das várias informações estabelecidas para o processo produtivo.

Os produtores rurais tornaram-se mais dependentes de conhecimento, informação e tecnologia para decidir sobre as necessidades de produção. Oliveira (1996, p. 36) afirma que a “informação é um produto de análise dos dados existentes na empresa, devidamente registrados, classificados, e organizados, relacionados e interpretados dentro de um contexto para transmitir conhecimento e permitir a tomada de decisão de forma otimizada”.

Entende-se, então, que houve uma vasta mudança de atitude por parte dos produtores rurais o que permitiu melhoria na gestão, introduzida pela tecnologia, novos procedimentos e técnicas contábeis, modelos de gestão de custos e sistema de informações gerenciais para dar qualidade e maior eficiência na atividade agropecuária.

3.2 Gestão Financeira e Contabilidade Rural

Conforme Marion (2003, p. 22 apud BORILLI et al., 2005, p.80), “empresas rurais são aquelas que exploram a capacidade produtiva do solo por meio do cultivo da terra, da criação de animais e da transformação de determinados produtos agrícolas”. Já Crepaldi (1998, p. 23) classifica como “a unidade de produção em que são exercidas atividades que dizem respeito a culturas agrícolas, criação do gado ou culturas florestais, com a finalidade de obtenção de renda”.

No entanto, é nítido, historicamente, o homem do campo tem se dedicado à produção e deixado de gerenciar suas propriedades. Alguns deixam a incumbência de pessoas qualificadas para ajuda na gestão e na contabilidade. Outros homens do campo arriscam manter a ordem, sistematicamente, sozinhos e sem auxílio de um profissional.

O Manual de Orientação da Previdência Social na Área Rural (2003, p.21 apud BORILLI et al., 2005, p.79) define o produtor rural como sendo a pessoa física ou jurídica, proprietária ou não, que desenvolve, em área urbana ou rural, atividade agropecuária, pesqueira ou silvicultura, bem como a extração de produtos primários, vegetal ou animais em caráter permanente ou temporário.

Araújo (2005) esclarece que todo empreendimento pecuário efetuado com profissionalismo tem seu início pautado na definição clara daquilo que se pretende conseguir. Os objetivos esclarecem e apresentam, precisamente, o que se pretende realizar, quais objetivos e metas, estabelecem o tempo necessário para se obter a produção e, o principal, o volume que se pretende alcançar.

Conforme Marion (1986), o Balanço Patrimonial reflete a posição financeira em determinado momento, normalmente no fim do ano ou em um período prefixado. É por meio de um demonstrativo financeiro importante que expõe a condição da empresa no momento em que se está demonstrando a situação.

Quadro 1 - Comparativo entre Gestão Financeira e Contabilidade Rural

Gestão Financeira

Contabilidade Rural

a) desenvolvimento e aprimoramento de diversos índices com objetivo de analisar a solidez financeira das empresas.

a) Orientar as operações agrícolas e pecuárias.

b) Técnicas de comparação das empresas com os padrões dos respectivos segmentos de atuação.

b) Medir e controlar o desempenho econômico-financeiro da empresa e de cada atividade produtiva.

c) modelos de previsão de insolvências ou de classificação de riscos baseados no uso de técnicas de métodos quantitativos.

c) Apropriar as tomadas de decisões no planejamento da produção, das vendas e investimentos; auxiliar nas projeções de fluxos de caixas.

d) metodologias para identificação do fluxo de caixa e para determinação da necessidade de capital de giro das empresas

d) Servir de base para seguros, arrendamentos e outros contratos e gerar informações para declaração do imposto de renda.

Fonte: elaborado com base em Silva (2010) e Santos et al. (2008).

Assim, pode-se notar que os negócios agropecuários exigem do produtor rural uma nova visão de administração para assumir a complexidade, a importância e a dinâmica da economia e permitir maior eficiência no uso de recursos e competitividade no mercado. Administrar uma atividade agropecuária requer ampla abrangência de informações em termos de desempenho físico e financeiro. Algumas vezes, entretanto, muitas das informações necessárias são registradas apenas na memória de quem administra ou em anotações informais. A necessidade de mensurar custos da atividade pecuária é extremamente importante.

4 INFORMAÇÕES SOBRE A AGRICULTURA E A ATIVIDADE RURAL

Foi aumentada a necessidade de produtos derivados da agricultura e da pecuária por conta da evolução da população mundial, assim como todos os produtos de fonte primária. Com os equipamentos rudimentares, a produção garantia apenas o sustento familiar. Porém, com o setor agrícola brasileiro ganhando força e notabilidade nas últimas décadas a terra, vem sendo a maior provedora da alimentação humana, fazendo necessário mudar as formas do cultivo agrícola para a elevação dos níveis.

Com a evolução da tecnologia, o setor do agronegócio brasileiro tem conseguido melhorar cada vez mais sua participação no mercado externo, concentrando em colher mais e colher produtos com melhores qualidades. Isso porque os aparatos tecnológicos trouxeram a evolução da previsão do tempo, a melhoria do maquinário, entre outros, obtendo sucesso em produzir mais no mesmo espaço de terra.

 O Brasil tem grandes vantagens em relação aos demais países produtores agrícolas apesar das várias crises já passadas. A sua capacidade neste setor é muito propícia devido às grandes extensões de territórios, às condições climáticas e outros fatores de competitividade. Com tudo isso, a Contabilidade Rural percebe-se como um vasto campo a ser explorado, pois tem a capacidade de propiciar novos investimentos e segurança.

4.1 Atividade rural e suas formas legais de exploração

Normalmente é denominada a Contabilidade de acordo com a sua aplicação a um ramo específico e sua atividade daquele setor. Marion (2005, p.38 apud RATKO, 2008, p. 32) divide contabilmente a atividade agrícola em dois grandes grupos:

Culturas temporárias - são aquelas sujeitas ao replantio após a colheita, geralmente de plantio anual, chamadas de hortícola e forrageira: Cereais, Hortaliças, Tubérculos, Plantas oleaginosas, Especiarias, Fibras e Floriculturas;

Culturas permanentes - são aquelas vinculadas ao solo por mais de uma colheita ou produção, chamadas de arboricultura: Florestamento, pomares, vinhedos, olivais, seringais, canaviais, etc. (MARION, 2005, p. 38).

4.2 Escrituração Contábil Rural - obrigatoriedade

Em relação a pequenas atividades, a agricultura no Brasil predomina a exploração na pessoa física, proporcionando mais vantagens de ordens fiscais, pois a pessoa jurídica é mais onerosa. Conforme Marion (2005, apud RATKO, 2008, p.24), as pessoas físicas como pequenos e médios produtores rurais não precisam fazer a escrituração regular em livros contábeis para fins de Imposto de Renda e podem efetuar uma escrituração simplificada utilizando apenas um livro-caixa, o qual registrará a receita bruta em cima da venda dos produtos comprovada por Nota Fiscal do Produtor reconhecidos pelas legislações estaduais, deduzindo os investimentos à atividade exercida e às despesas de custeio.

Porém, é possível prever que modificações poderão ocorrer no modo que determina a atividade agrícola. O produtor rural tem que estar preparado para futuras mudanças para não ser surpreendido uma vez que o Estado tem poder de desafiar modificações na forma de administrar a atividade agrícola.

4.3 Algumas ferramentas Contábeis básicas para a atividade rural

4.3.1 Balanço Patrimonial

Segundo Crepaldi (2005, p. 88 apud RATKO, 2008, p. 34), Balanço Patrimonial “é um demonstrativo contábil que, em dado momento, apresenta uma forma sintética e ordenada das contas patrimoniais, agrupadas de acordo com a natureza dos bens, direitos ou obrigações que representam”. A importância do Balanço Patrimonial está no fato de dispor dados do Ativo, Patrimônio Líquido e Passível Exigível de forma sistemática, mostrando uma avaliação da situação patrimonial e suas lógicas análises com os mais diversos aspectos gerenciais, protegendo, ainda, informações sobre as tendências econômicas e financeiras do empreendimento.

Crepaldi (2005, p. 85 apud RATKO, 2008, p. 34) ainda verifica que a classificação correta das contas “é de fundamental importância para possibilitar estudos comparativos, análises e quaisquer outros detalhamentos extraídos da contabilidade”. É a razão para conseguir elaborar um ótimo plano de contas.

Sobre a representação no Balanço Patrimonial na empresa rural, pode-se dizer que ela é periódica em curto, médio e longo prazo. Um exemplo desta operação na agricultura seria a colheita, sendo ela um ativo circulante, estando a mesma na conta de estoque.

4.3.2 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

Para conhecer seu resultado líquido toda atividade necessita da apuração de resultados. É na DRE que aparece, criteriosamente e detalhada, a movimentação das contas e, com base no confronto das receitas com as despesas, é conhecida a resultante do exercício, Prejuízo ou Lucro Líquido do Exercício.

A DRE normalmente é gerada no final de cada exercício e sua finalidade é demonstrar como foi gerado o resultado do período, terminando o Balanço Patrimonial com o saldo resultante do exercício, sendo contabilizado na conta Lucros ou Prejuízos Acumulados. Com a DRE também se pode analisar uma comparação de resultados de períodos anteriores, planejando, assim, uma melhoria em suas atividades, seja ela mensalmente, trimestral, semestral e, até mesmo, anual de acordo com o ramo de negócio pecuário ou agrícola.

5 METODOLOGIA

O presente estudo teve como objetivo geral traçar uma relação entre o sucesso de negócios agrícolas com a correta utilização de ferramentas contábeis e econômicas por meio da descrição da importância do subsídio que a Contabilidade propicia para o controle patrimonial, econômico e financeiro da atividade rural.

Para consecução do objetivo proposto, utilizou-se como aspectos metodológicos a pesquisa bibliográfica, usando fontes confiáveis, tais como artigos, livros e sites que dissertam sobre o tema. De acordo com Marconi e Lakatos (2003, p. 183):

A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc., até meios de comunicação orais: rádio, gravações em fita magnética e audiovisuais: filmes e televisão. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto, inclusive conferencias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma, quer publicadas, quer gravadas.

O método empregado foi o dedutivo que, de acordo com as considerações de Silva (2010), esse tipo de técnica parte de uma premissa antecedente com valor universal com o objetivo de alcançar a premissa consequente. Por meio de pressupostos gerais, chega-se a pressupostos particulares em relação ao objeto do tema discutido em questão.

6 CONCLUSÃO

O objetivo geral da pesquisa foi traçar uma relação entre o sucesso de negócios agrícolas com a correta utilização de ferramentas contábeis e econômicas. Portanto, por meio do estudo foi possível identificar que as ferramentas que a Contabilidade Rural proporciona para o controle patrimonial, econômico e financeiro das atividades rurais ainda são pouco conhecidas e utilizadas pelos produtores rurais.

Apenas registrar os fatos contábeis não é suficiente para que a Contabilidade seja eficiente e propicie informações fidedignas e tempestivas. É necessário um sinérgico sistema de mensuração da rentabilidade, identificação dos custos, controle operacional e análise do retorno do capital investido na atividade.

Foi possível constatar também que muitos produtores rurais estão deixando a gestão de suas propriedades e das atividades rurais sob controle de terceiros e sem auxílio de um profissional especializado, o que pode levar a consequências negativas para o negócio, considerando que é essencial uma gestão eficaz para utilização eficiente dos insumos e obtenção do retorno esperado.

É necessária uma reformulação na forma como a Contabilidade da atividade rural é conduzida. Os produtores rurais devem estar atentos às mudanças econômicas, políticas e de mercado que são constantes e afetam diretamente na agricultura e pecuária. É preciso um maior investimento na utilização de um efetivo controle contábil que pode ser um elemento de grande valia, auxiliando no controle e alavancagem do retorno do negócio.

7 REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Karini Zilli de. Contabilidade rural: ferramentas estratégicas de apoio a gestão do agronegócio. 2012. 102 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Contábeis) – Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, 2012. Disponível em: . Acesso em: 10 nov. 2017.

ARAÚJO, Massilon J. Fundamentos de agronegócios. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2005.

BORILLI, Salete Polônia et al. O uso da contabilidade rural como uma ferramenta gerencial: um estudo de caso dos produtores rurais. Revista Ciências Empresariais da UNIPAR, Toledo, v.6, n.1, p. 77-95, jan./jun., 2005.

CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade gerencial: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 1998.

LUCCA, Emerson Juliano. Análise e diagnóstico de uma unidade de produção agrícola familiar. RAIMED - Revista de Administração IMED, Ijuí/RS, p. 172-184, 2012.Disponívelem: Acesso em: 20 set. 2017

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

MARION, José Carlos. Contabilidade rural: contabilidade agrícola, contabilidade da pecuária, imposto de renda pessoa jurídica. São Paulo: Atlas, 1986.

OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas de informações gerenciais. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1996.

RATKO, Alice Terezinha. Contribuições da contabilidade rural para propriedade agrícola de pequeno porte. 2008. 73 f. Trabalho de Conclusão de Curso – Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Pato Branco/PR, 2008. Disponível em: . Acesso em: 20 set. 2017.

SILVA, Antônio Carlos Ribeiro da. Metodologia da pesquisa aplicada à contabilidade: orientações de estudos, projetos, artigos, relatórios, monografias, dissertações, teses. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2010.


Publicado por: Mariana Emilia Silva Alves

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