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As Análises de um Planejamento Financeiro e Seus Indicadores Econômico-Financeiros

Breve resumo sobre Planejamento Financeiro e Seus Indicadores Econômico-Financeiros.

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O Que é um Planejamento Financeiro da Empresa? O Que Caracteriza Uma Análise Vertical? Qual a Função da Análise Horizontal? Quais São os Principais Índices de Liquidez de Uma Organização?

A análise e o planejamento financeiro (FP&A, em inglês) são uma série de práticas que ajudam a melhorar a compreensão do status financeiro geral de uma organização. Ela consiste em planejar, orçar, comprar, relatar e prever/modelar. Pode-se dizer que as principais características de um bom planejamento financeiro empresarial são:

  • Avaliação da situação financeira atual da empresa.
  • Planos financeiros a curto, médio e longo prazos.
  • Definição de distribuição de investimentos entre os setores.
  • Orçamento disponível.
  • Métricas de acompanhamento.
  • Cronograma.

Segundo GROPPELLI e NIKBAKHT ([1]) o planejamento financeiro é o processo por meio do qual se calcula quanto de financiamento é necessário para se dar continuidade às operações de uma companhia e se decide quando e como a necessidade de fundos será financiada. De acordo com os autores, é necessário um procedimento confiável para estimar as necessidades de financiamento, pois se uma organização não tiver fundos suficientes para pagar seus compromissos – juros sobre empréstimos, duplicatas a pagar, despesas de aluguel e despesas de serviços públicos – ela poderá se tornar inadimplente.

Dessa forma, a falta de um Planejamento Financeiro sólido pode causar falta de liquidez e, consequentemente, a falência da empresa. Corroborando com os autores acima, pode-se afirmar que o sucesso e a solvência de uma empresa não podem ser garantidos meramente por projetos rentáveis e pela ampliação das vendas.

Análise Vertical

A análise de uma organização tem como principal função a comparação de valores entre determinados períodos. Mas, depois da avaliação geral da empresa, pode-se aprofundar nas análises vertical e horizontal assim podendo conhecer detalhadamente as demonstrações financeiras, que podem não demostrar na análise dos índices ([2]).

A análise vertical é um processo comparativo em porcentagem, para realizar o cálculo é necessário relacionar com uma conta com o total do grupo de contas no mesmo demonstrativo, um exemplo na análise vertical do balanço o cálculo é realizado em que cada conta do passivo é dividida pelo total do passivo, podendo ser realizado no balanço patrimonial (ativo e passivo) e no Demonstrativo de Resultado do Exercício – DRE ([3]).

Com essa análise pode-se observar como cada conta de cada grupo está com o resultado, obtendo um aumento comparado com o ano anterior – ou até mesmo um decréscimo na conta.

Análise Horizontal

A análise horizontal tem como função de apresentar com o cálculo em porcentagem a evolução de cada conta em relação com a conta do ano anterior, tendo como um ano base sendo o ano mais antigo, podendo assim analisar a evolução da empresa a ou até mesmo os decréscimos da organização de um ano para o outro (MATARAZZO, 2010).

Indicadores Econômico-Financeiros

Esses índices servem para analisar a capacidade financeira da organização em liquidar suas dívidas na data do vencimento, assim saber a capacidade de manter o capital de giro com um volume necessário para realizar as atividades. Segundo Marion (2007) com este estudo pode-se analisar e conhecer a situação econômico-financeira da organização, pois com a análise de liquidez estuda-se a situação financeira, a de rentabilidade é a situação econômica e a de endividamento é a estrutura de capital.

Para Souza (2014) os principais índices de liquidez são: liquidez geral, seca, corrente e imediata, e com esses índices é possível saber se a organização conseguirá ou não cumprir com seus compromissos financeiros de curto prazo e longo prazo. A liquidez geral (LG) é realizada com a soma do ativo circulante mais o realizável a longo prazo dividido pelo passivo circulante mais o exigível a longo prazo, com este cálculo o resultado do LG serve para saber a capacidade de pagamento da organização em longo prazo, e o que será convertido em dinheiro tanto de curto quanto a de longo prazo, relacionando com a dívida assumida (MARION, 2012).

Souza (2014) aponta que se o resultado da liquidez geral resultar em maior que um, isso significa que a organização tem recursos no ativo para liquidar as dívidas que são representadas pelo passivo, e se o resultado for menor que um, a empresa não tem como liquidar suas dívidas.

Para os autores Assaf Neto e Silva (2002, p. 31), a liquidez seca (LS) pode ser calculada com o ativo circulante menos o estoque dividido pelo passivo circulante, sendo que o resultado serve para “medir o percentual das dívidas de curto prazo em condições de serem liquidadas mediante o uso de ativos monetários de maior liquidez”. A LS tem a capacidade financeira de liquidar seus compromissos de curto prazo sem interferir nos estoques. O resultado ideal para a liquidez seca seria acima de um, mas isso depende muito do setor da empresa e das características operacionais, pois “uma empresa com forte sazonalidade em suas vendas terá um índice de liquidez seca baixo no período em que precisar carregar altos volumes de estoque” (SANTOS, 2001, p. 25), assim representando um ameaça para a área financeira.

Já a liquidez imediata (LI) é representada pela sua capacidade financeira de liquidar com as dívidas de curto prazo, com a utilização das contas disponíveis e valores a receber, apenas com o caixa e o equivalente de caixa dividido pelo passivo circulante. Marion (2012) afirma que liquidez corrente (LC) é a divisão do ativo circulante pelo passivo circulante com o resultado do LC serve para saber qual a capacidade da empresa de liquidar suas dívidas em curto prazo. Quanto maior for o índice, melhor será a situação financeira da empresa.

Esse índice ajuda a resolver em parte um problema que muitas empresas enfrentam que é o descasamento dos prazos, que são somente os ativos e passivos circulantes de curto prazo (até 12 meses após a data do balanço). (SOUZA, 2014). Para considerar como um bom índice de liquidez corrente, o valor seria acima de um, mas isso depende muito do setor que está sendo avaliado (SANTOS 2001). Pois esse índice é recomendado a se comparar com o indicador médio das empresas do mesmo ramo de atividade, caso o da organização for maior que o da média do mercado significa que o um indicador está bom, e se for ao contrário menor que a média do mercado o indica que não está adequado para a organização (SOUZA, 2014).

Em curto prazo, é possível uma organização funcionar normalmente com uma rentabilidade baixa e a liquidez corrente alta, ou também com uma rentabilidade alta e baixa liquidez. Uma das formas de verificar o grau de endividamento é realizando os cálculos dos índices de endividamento. Sendo assim ele serve para demonstrar em percentual os ativos totais que são financiados por capitais de terceiros (GROPPELLI; NIKBAKHT, 2002).

Os indicadores que serão calculados são os de participação de capital de terceiros sobre recursos totais, a garantia do capital próprio ao capital de terceiros e a composição do endividamento, pois quanto menor, melhor para a organização. A análise de lucratividade tem como função identificar o lucro líquido das receitas, se tornando importante essa análise para a empresa, porque é um indicador econômico e ainda possui uma relação com a competitividade entre as organizações (ROSA, 2007).

É também bastante útil o giro do ativo, pois possibilita a empresa saber qual a eficiência do ativo que será utilizada, com a função de gerar reais (R$) de venda, afinal quanto mais gerar as vendas a eficiência dos ativos será mais utilizada. Assim o resultado do cálculo corresponde quantas vezes do seu ativo a organização vendeu naquele período (MARION, 2007).

O índice de rentabilidade juntamente com o seu grupo de índices, sendo o retorno sobre o patrimônio líquido e o retorno sobre o investimento, tem como função de mostrar o que rendeu os capitais investidos. O retorno sobre o patrimônio líquido tem como a sua principal função medir a taxa de retorno, assim quanto maior esse retorno, melhor será a ação desta organização (GROPPELLI; NIKBAKHT, 2002).

Já o retorno sobre o investimento indica o quanto a organização tem de lucro para cada RS 1,00 de seu investimento total, sendo que o resultado quanto maior, melhor para a empresa (MATARAZZO, 2010). O período de Payback tem como função avaliar o período de investimento de capital (GITMAN, 2010), indicando o tempo em ano que será necessário para recuperar o investimento inicial realizado pela organização. Portanto, quanto maior o período for para o retorno do Payback, maior o risco a empresa tem de recuperá-lo. (ATKINSON; BANKER; KAPLAN; YOUNG, 2000).

Referências

([1]GROPPELLI, A. A.;NIKBAKHT, Ehsan. Administração Financeira. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2006.

([2]MATARAZZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços: abordagem básica e gerencial. 7. Ed. São Paulo: Atlas, 2010.

([3]ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico financeiro: comércio e serviços, indústrias, bancos comerciais e múltiplos. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2006.

JULIO CESAR S. SANTOS

Professor, Jornalista e Palestrante. Articulista de importantes Jornais no RJ, autor de vários livros sobre Estratégias de Marketing, Promoção, Merchandising, Recursos Humanos, Qualidade no Atendimento ao Cliente e Liderança. Por mais de 30 anos treinou equipes de Atendentes, Supervisores e Gerentes de Vendas, Marketing e Administração em empresas multinacionais de bens de consumo e de serviços. Elaborou o curso de Pós-Graduação em “Gestão Empresarial” e atualmente é Diretor Acadêmico do Polo Educacional do Méier e da Associação Brasileira de Jornalismo e Comunicação (ABRICOM). Mestre em Gestão Empresarial e especialista em Marketing Estratégico


Publicado por: JULIO CESAR DE SOUZA SANTOS

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