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A importância da Educação Financeira na formação dos Estudantes

Estudo sobre a importância de se ter educação financeira na matriz curricular brasileira.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Segundo as novas diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Educação para a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a partir de 2020, todas as escolas precisam ter a Educação Financeira como item em sua grade curricular. Contudo, esse tópico não precisa ser uma matéria propriamente dita. Todavia, o tema deve aparecer ao menos como assunto transversal em outras matérias, como nas aulas de Matemática, por exemplo.

Alguns especialistas em finanças e também economistas, acreditam que é necessário que desde jovens as pessoas tenham acesso a esse assunto. Vale ressaltar, que com o avanço de Bancos Digitais, PIX e outras modernidades, nunca foi tão importante saber como lidar com o dinheiro, entender sobre investimentos e até mesmo como traçar um planejamento de longo prazo.Q

Nesse sentido, lidar com a Educação Financeira nas escolas, será obrigatório tanto no Ensino Fundamental, quanto no Ensino Médio. Algumas escolas, inclusive, já saíram na frente e deixaram como matéria optativa essa disciplina. Afinal, lidar com o dinheiro pode fazer toda a diferença no futuro das crianças. Você acredita que essa decisão pode ser positiva? Veja abaixo alguns motivos pelos quais acreditamos que sim.

Qual é a real importância de aprender sobre Educação Financeira

De antemão, saiba que independentemente da idade, conhecer sobre Educação Financeira é benéfico para todas as pessoas. Afinal, graças a tais conhecimentos, as crianças poderão desde muito jovens entender melhor a relação entre o trabalho e a conquista de um salário. Bem como, saberão como é possível controlar gastos e fazer planos para gastar o dinheiro de forma assertiva e controlada.

Além disso, conforme o trabalho autônomo aumenta, o uso de Bancos Digitais via celular cresce e o mercado financeiro muda, é primordial que os jovens saiam da escola com informações corretas para evitarem endividamento e frustrações econômicas.

Por fim, acreditamos que conhecer detalhes sobre a Educação Financeira pode ajudar os jovens a começar o planejamento para o futuro desde cedo. Sobre isso, os planos mais comuns são: casa própria, faculdade, intercâmbio, cursos de inglês, dentre outros sonhos. Veja abaixo alguns pontos positivos que o aprendizado sobre Educação Financeira pode proporcionar aos estudantes:

Responsabilidade

Compreender o dinheiro e sua dinâmica, pode ensinar os estudantes a traçar planos de curto, médio e longo prazo. E isso ajudará as crianças/adolescentes a entenderem como as suas ações atuais podem impactar positiva ou negativamente o futuro. Desse modo, a Educação Financeira pode fornecer aos estudantes responsabilidade e discernimento sobre prioridades e coisas dispensáveis.

Poupar e investir: crie essa cultura

Além dos benefícios supracitados, ter acesso a informações relevantes sobre dinheiro, pode criar nos jovens uma cultura de não gastar tudo o que se recebe. Infelizmente, em nosso país, algumas pesquisas apontam que menos de 10% dos brasileiros guardam algum dinheiro. Ou seja, a imensa maioria das pessoas não possui investimentos, previdência privada, nem sequer uma reserva de emergência.

Nesse sentido, caso haja alguma eventualidade ou mesmo um incidente, como problema de saúde ou desemprego, as pessoas se verão nas mãos de bancos ou precisarão de empréstimos de parentes. Com o avanço dos Bancos Digitais, é possível poupar através do celular e até mesmo investir com o smartphone. Desse modo, a Educação Financeira se faz fundamental para ajudar as pessoas desde cedo.

Como ensinar a Educação Financeira nas escolas?

A partir dessa obrigatoriedade do MEC, é possível que as escolas auxiliem os alunos de muitas formas. Afinal, aspectos de Educação Financeira podem ser aplicados em diversas aulas. Podemos falar sobre o assunto nas aulas de História, narrando desde o surgimento da moeda, a origem da palavra salário e como surgiu o capitalismo.

Ademais, a Geografia e política estão intrinsecamente ligados ao dinheiro, guerras e armamentos bélicos. Bem como as disputas pelo petróleo e pedras preciosas. Todavia, é nas aulas de Matemática que a Educação Financeira pode ter lugar de destaque.

Em síntese, nessa disciplina é possível ilustrar nas situações corriqueiras a importância e necessidade do controle financeiro.

Além disso, nestas aulas o(a) professor(a) tem espaço para orientar os alunos sobre a primordialidade de um consumo consciente e sobre a importância de ser lúcido em meio a nossa sociedade altamente consumista. Nesse sentido, as aulas de Sociologia e Filosofia podem ser essenciais para demonstrar aos estudantes que o consumismo nada mais é que uma imposição social.

Ou seja, independentemente do quanto consumimos, jamais conseguiremos ter tudo o que queremos. Afinal, é desse modo que essa engrenagem se movimenta: graças às nossas constantes insatisfações. Em resumo, a Educação Financeira pode ajudar os estudantes a viabilizarem seus sonhos, traçar planejamentos realistas e aprender desde cedo a terem controle sobre o dinheiro.

Além disso, aprender conceitos como porcentagem, Matemática Financeira e princípios ainda que básicos de Economia, poderão tornar os jovens mais autônomos e com tendência a decisões mais assertivas em relação ao dinheiro.

Como os pais e a família podem ajudar nesse processo

Para que o jovem assimile a Educação Financeira e sua importância, o exemplo dos familiares é fundamental. Desse modo, é essencial que o assunto seja constante na vida da criança desde cedo. Para isso, é positivo que a criança saiba o que é salário e o que isso realmente significa (troca da força [física ou intelectual] em troca de dinheiro).

Um bom modo de ensinar a relevância do dinheiro para a criança e jovens, é através da mesada. Seja mensal ou semanal, ofereça uma mesada para a criança e ensine que é importante guardar sempre um pouquinho do que ela recebe. Atualmente, alguns Bancos Digitais permitem a abertura de contas para menores de idade (com supervisão dos responsáveis, é claro).

Assim, você que é pai ou mãe pode ajudar o jovem a entender as movimentações da conta, o que é uma poupança e até orientar o estudante sobre investimentos. Desse modo, sempre que o jovem quiser alguma coisa, ele terá em mente que gastar acarreta responsabilidades. Por fim, ele aprenderá que não é possível ter tudo e que é primordial estabelecer prioridades de compra e escolher aquilo que é mais importante para ele.

Em síntese, ter aulas de Educação Financeira pode ajudar a transformar o cenário do Brasil de um país de famílias endividadas e sem reservas, para um país de investidores, pessoas responsáveis e que possuem crédito no mercado.


Publicado por: Yon Macedo Matos

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.