Síndrome da Pele Escaldada
Principais características da Síndrome da Pele Escaldada e os antióticos para tratamento da doença epidermolítica.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
A Síndrome da Pele Escaldada é uma moléstia que ocorre quando há quebra das barreiras protetoras da pele, o que facilita a infecção pelo Staphylococcus aureus do grupo II, principalmente o tipo 71, que é seu agente causador. Ele leva à produção de duas exotoxinas, A e B, que se ligam à zona granulosa da epiderme, causando uma clivagem superficial intraepidérmica. Essa patologia é uma doença epidermolítica, mediada por toxinas e que se caracteriza por eritema, desprendimento generalizado das camadas superficiais da epiderme envolvendo, principalmente, crianças até os 5 anos de idade. Ao longo de dois ou três dias, a camada superficial da epiderme se torna enrugada e pode se desprender com facilidade à fricção leve (sinal de Nikolsky). Caso esse grupo de bactérias não apresentem resistência à certos medicamentos, o tratamento poderá ser feito com:
- Penicilina: é um antibiótico que contêm um anel ativo, o anel beta-lactâmico, que se reagem com as cefalosporinas. Este antibiótico interfere na síntese de parede celular bacteriana, através de sua ligação com as enzimas PBP. A penicilina acopla num receptor presente na membrana interna bacteriana (PBP) e interfere com a transpeptidação que ancora o peptidoglicano estrutural de forma rígida em volta da bactéria. Por conseguinte, observa-se afluxo de água do exterior e a bactéria lisa.
- Cefalosporina: este antibiótico,juntamente com a penicilina, interfere na síntese da parede celular de peptidoglicano via inibição de enzimas envolvidas no processo de transpeptidação. Há resistência em algumas estirpes devido a disseminação de plasmídeos que codificam o gene da proteína beta-lactamase, que destroi o antibiótico antes que possa ter efeitos.
- Oxacilina: é um tipo de antibiótico que atua no tratamento de infecções causadas por bacterias Gram positivas. A oxacilina é resistente à enzima lactamase (também conhecida como penicilinase), segregada por muitas bactérias resistentes. A presença de grupo orto-dimetoxifenil diretamente ligado ao núcleo de carbonilo da cadeia lateral de penicilina facilita a resistência à lactamase, porque esta enzima é a força esétrica relativamente intolerantes a essa cadeia lateral.
- Vancomicina: é um fármaco classificado como um antibiótico glicopéptidico, pois é um péptido tricíclico glicosilado originado de enzimas específicas que inibem a síntese da parede celular da bactéria ocasionando um bloqueio a incorporação no peptidoglicano das subunidades N-ácido acetilmuramico e N-acetilglucosamina, ao se ligar reversivelmente a estas moléculas. Com parede celular deficiente as bactérias não resistem às pressões osmóticas e morrem.
Além disso, recomenda-se o uso de cremes hidratantes para a pele (emolientes) para ajudar a proteger a nova pele.
João Marcos Brandet - Membro da Sociedade Alemã de Física (DPG), Sociedade Alemã de Química (GDCh), Sociedade Real de Química (RSC) e Associação dos Matemáticos da Alemanha (DMV).
Publicado por: João Marcos Brandet
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