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Quando fazer uma pós-graduação?

Análise sobre pós-graduação: um modelo de ensino destinado às pessoas que concluíram a graduação.

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Pós-graduação é um modelo de ensino destinado às pessoas que concluíram a graduação. No Brasil, os cursos de pós-graduação são divididos em: mestrado, doutorado, especialização e aperfeiçoamento. 

É um curso de pós-graduação lato sensu que informa, atualiza e capacita o profissional que está no mercado de trabalho. Diferentemente da graduação, generalista por excelência, a especialização confere habilidades técnicas específicas a determinado tema, com programas nas mais diversas áreas de conhecimento.

O primeiro passo é entender que as pós-graduações são divididas em dois tipos: lato sensu, que têm menor carga horária e foco nas exigências do mercado; e stricto sensu, que investem na formação de professores e na produção de pesquisas e conteúdo científico através de cursos com maior durabilidade.

Qual a diferença entre pós-graduação lato sensu e stricto sensu? 

As pós-graduações lato sensu compreendem programas de especialização e incluem os cursos designados como MBA (Master Business Administration). Com duração mínima de 360 horas, ao final do curso o aluno obterá certificado e não diploma. Ademais são abertos a candidatos diplomados em cursos superiores e que atendam às exigências das instituições de ensino – Art. 44, III, Lei nº 9.394/1996.

As pós-graduações stricto sensu compreendem programas de mestrado e doutorado abertos a candidatos diplomados em cursos superiores de graduação e que atendam às exigências das instituições de ensino e ao edital de seleção dos alunos (Art. 44, III, Lei nº 9.394/1996). Ao final do curso o aluno obterá diploma.

O que é necessário para fazer uma Pós-graduação?

O principal requisito para cursar uma pós-graduação Lato Sensu ou Stricto Sensu, é ter concluído a graduação de nível superior. Há cursos de pós-graduação que podem ser realizados por graduados em diferentes áreas do conhecimento ou são aceitos diplomas de ensino superior de qualquer curso.

Como saber se a pós é boa?

O primeiro é a regularização e o status do curso no Ministério da Educação (MEC). Essa regularização depende da modalidade do curso, se lato sensu ou stricto sensu. A estrutura e a infraestrutura da instituição de ensino, bem como sua reputação no mercado, são outros bons indicadores de qualidade.

Qual o melhor momento de fazer uma pós-graduação?

O melhor momento para se fazer uma pós-graduação depende das expectativas e de fatores particulares dos profissionais. Os alunos recém-graduados devem analisar diversos fatores antes de escolher fazer uma especialização, como, por exemplo, a exigência do mercado de trabalho ou a busca por maiores conhecimentos e habilidades técnicas em determinada área da sua formação.

O profissional que opta por fazer uma pós-graduação faz, através da mesma, uma especialização em uma determinada área do curso no qual se graduou. A grande maioria das organizações tem preferência por profissionais que possuem uma pós-graduação, pois os mesmos estão mais preparados para atuar na área onde se especializaram, além disso, o profissional tem capacitação em realizar tarefas mais complexas.

Profissionais que fazem uma pós-graduação, além de adquirirem mais conhecimento, também lidam com a atualização dos conteúdos já estudados. Alunos que fazem cursos de pós-graduação aprendem a aplicar os conteúdos aprendidos durante a graduação, além de possuir uma visão mais aproximada do cotidiano da área escolhida diante o mercado de trabalho.

Diferença entre pós-graduação lato sensu e stricto sensu:

LATO SENSU

São cursos focados no ganho de prática e no estudo de técnicas que ajudarão o profissional no dia a dia de trabalho. Portanto, são indicados para quem busca desenvolver suas experiências e conhecimentos e enriquecer o currículo.

Cursos que promovem a atualização do aluno no mercado de trabalho, tornando-o assim, mais atraente para as empresas que estão contratando.

Por concentrar alunos que já estão trabalhando inseridos em diferentes cargos do ambiente corporativo, cursos de lato sensu possuem uma carga horária mais flexível e que não sobrecarrega o profissional.

  • ESPECIALIZAÇÃO

É um curso onde o aluno aprimora seus conhecimentos dentro de uma área específica do seu campo de atuação. Ele possibilita que o profissional alcance domínios ante as mais distintas abordagens, interpretações e resoluções de problemas, além de buscar soluções práticas relacionadas ao conteúdo estudado.

  • APERFEIÇOAMENTO

Os cursos de aperfeiçoamento são similares aos de especialização. Contudo, não cumprem os requisitos fixos dos de especialização. Para se ter ideia, esse tipo de curso não exige a entrega de uma monografia ou projeto e dura a metade do tempo mínimo de uma especialização, ou seja, 180 horas.

  • MBA

Sigla para “Master of Business Administration” é indicado para os profissionais que já estão há algum tempo no mercado e que estão objetivando a promoção a altos cargos. Aliando network a aquisição de know-how sobre gestão de pessoas, projetos e negócios, o aluno se desenvolve ao ponto de poder atuar em cargos vitais dentro de uma empresa. O aluno formando com MBA também se torna capacitado a ser o responsável por tomadas de decisão dentro do trabalho.

STRICTO SENSU

Quem busca esses cursos busca ingressar na carreira acadêmica e desenvolver conhecimentos e produções científicas. São cursos que tem como objetivo aprofundar os conhecimentos teóricos de forma que o aluno consiga desenvolver ideias originais e assim, ter o status de pesquisador.

Todas as opções de cursos stricto sensu ajudam o aluno a se desenvolver em diferentes abordagens metodológicas e científicas. Ele aprende assim,  a traçar linhas de investigação para o objeto de estudo que possui.

No stricto sensu, as discussões e análise de conceito, as teorias e os conhecimentos plurais de diferentes perspectivas e momentos históricos, servem de base para os estudos do aluno.

  • MESTRADO ACADÊMICO

O mestrado mais conhecido é o mestrado acadêmico. Indicado para profissionais que queiram se tornar professores e lecionar, tanto em escola quanto em faculdade. Isso porque ao longo do programa do curso, o aluno se dedica a um assunto de seu interesse e aprende sobre práticas educativas.

Ele também desenvolve competências necessárias para transmitir um conhecimento de grande complexidade intelectual em classe.

  • MESTRADO PROFISSIONAL

Apesar de manter, em sua maioria, a mesma estrutura de tempo; metodologia de pesquisa e avaliação, o mestrado profissional difere do tradicional em sua abrangência e aplicação.

Sua abordagem vai além do aspecto acadêmico e inclui estudos, técnicas e conceitos que podem ser inseridas no mercado de trabalho. Assim, ao concluir o mestrado acadêmico, o profissional pode tanto se dedicar à docência quanto se capacitar profissionalmente para atuar em empresas públicas ou privadas.

A CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) emitiu um artigo esclarecedor sobre o mestrado profissional, do qual destacamos o seguintes trecho:

“Antes de mais nada, o mestrado profissional (MP) é um título terminal, que se distingue do acadêmico porque este último prepara um pesquisador, que deverá continuar sua carreira com o doutorado, enquanto no MP o que se pretende é imergir um pós-graduando na pesquisa, fazer que ele a conheça bem, mas não necessariamente que ele depois continue a pesquisar. O que importa é que ele (1) conheça por experiência própria o que é pesquisar, (2) saiba onde localizar, no futuro, a pesquisa que interesse a sua profissão, (3) aprenda como incluir a pesquisa existente e a futura no seu trabalho profissional. Nada disso é trivial. O terceiro ponto é, por sinal, razoavelmente difícil. Por isso, o MP não pode ser entendido como um mestrado facilitado.”

Assim, o formado em mestrado profissional tem a autonomia necessária para continuar sua pesquisa caso queira mas não tem tanto esse compromisso. Seus esforços são direcionados ao conhecimento prático de sua área e seus estudos miram na aplicação do saber.

  • DOUTORADO

O doutorado exige que o pesquisador já tenha um certo amadurecimento de ideias e métodos de pesquisa. Isso porque, o curso exige a defesa de uma tese de doutorado e não apenas uma dissertação de mestrado. A defesa de tese é feita para uma banca altamente refinada de profissionais docentes da instituição de ensino. É um momento importante para a carreira acadêmica e que normalmente deixa o pesquisador em uma posição difícil, porém necessária, de julgamento.

A tese envolve intimidade com o mundo acadêmico e um avanço considerável no desenvolvimento, produção, adequação e experimentação da pesquisa que será expandida durante essa pós-graduação. Por esse motivo, é comum os alunos fazerem mestrado para só então caminharem ao doutorado. Isso permite ao profissional crescer academicamente, assim como, suas ideias de pesquisa.

Referências bibliográficas

ALVES MAZZOTTI, A. J.; GEWANDSZNAJDER, F. O método nas ciências naturais e sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. São Paulo: Pioneira, 1998.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

COLLADO, Carlos Fernandez; LUCIO, Maria Del Pilar Baptista; SAMPIERI, Roberto Hernandez. Metodologia de pesquisa. Porto Alegre: Penso - Artmed, 2013.

COULON, Alan. Etnometodologia. Trad. de Ephraim Ferreira Alves. Petrópolis: Vozes, 1995.

GIL, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1994. 207 p.

RODRIGUES, André Figueiredo. Como elaborar referência bibliográfica. 7. ed. São Paulo: Humanitas, 2008.

SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22ª ed. São Paulo: Cortez, 2001.


Publicado por: Benigno Núñez Novo

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