Whatsapp

O uso das mídias sociais em caso de desastres naturais

A evolução tecnológica e o surgimento da internet possibilita que as mídias digitais sejam utilizadas para diversos fins por, serem atualmente as ferramentas com o maior poder de acesso e rapidez na propagação de informações como desastres naturais, por exemplo. 

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RESUMO

O presente artigo tem como objeto de estudo as estratégias de comunicação realizadas de um ambiente governamental para a sociedade na prevenção de desastres naturais em uma era dominada pela tecnologia. Por meio das seções, autores e documentos aqui apresentados é possível analisar estratégias e meios de comunicação na hora se divulgar informações relacionadas à desastres naturais, resultados de eventos naturais ou provocados pelo homem. A comunicação em resposta à eventos climáticos e desastres naturais foram os principais fatores para a produção deste artigo. O objetivo do artigo é poder contribuir para futuros estudos de comunicação, mais especificamente nos casos de comunicação de risco ou crises, à desastres naturais, tanto em ambientes digitais, quanto em ambientes off-line.

Palavras-chave: Comunicação de crise, mídias digitais, comunicação digital.

ABSTRACT

The present article aims to study the communication strategies carried out from a governmental environment for the prevention of natural disasters in an era dominated by technology. Through the sections, authors and documents presented here, it is possible to analyze strategies and means of communication at the time if it discloses information related to natural disasters, the results of natural or man-made events. Communication in response to climatic events and natural disasters were the main factors for the production of this article. The objective of the article is to contribute to future studies of communication, more specifically in cases of risk communication or crises, to natural disasters, both in digital environments and in offline environments.

Keywords: Crisis communication, digital media, digital communication.

INTRODUÇÃO

O aquecimento global causado pelo homem e suas invenções, tem como consequência o aumento dos eventos relacionados à desastres naturais, como tempestades, enchentes, deslizamentos, ondas de calor, secas e etc. Esses fatores fazem parte da natureza do planeta e quando ocorrem podem trazer consequências graves para os seres humanos. Apesar da evolução tecnológica na área de prevenção, muitos desastres que ocorrem nos dias de hoje ainda são imprevisíveis. 

Além da alta tecnologia aliada a um sistema de prevenção e das estratégias em casos de crise, um dos fatores de importância na hora da prevenção de desastres é o modo como essa informação chega à sociedade. A mídia tradicional, que antes detinha o poder centralizado da informação, fez grande parte da divulgação nos casos de desastres. Porém, o modo de apuração, o modo de produção e o tempo de resposta às notícias não eram suficientes para que esse tipo de meio fosse usado para a prevenção de resposta rápida. Com a evolução tecnológica e o surgimento da internet, as mídias digitais, por serem atualmente as ferramentas com o maior poder de acesso e rapidez na propagação de informação, vêm sendo utilizadas para diversos fins, inclusive na hora propagar informações sobre crises do cotidiano à sociedade. 

Por meio de leituras e documentos presentes neste estudo, é possível notar a transformação da sociedade desde a era industrial até hoje no que chamamos de era digital. Para a compreensão do uso das novas mídias e da era digital, até o uso das mesmas nos casos de desastres naturais, o presente artigo foi dividido em sete seções:

De início, a primeira seção aborda, em um histórico breve, a transformação da sociedade, da tecnologia e da forma de apuração dos meios, no decorrer dos anos. A seção aborda conceitos de Alvin Toffler, Pierre Levy, Chris Anderson e Henry Jenkins, além de contar com dados de pesquisa do IBGE sobre as transformações de consumo da sociedade brasileira. Com conceitos de Martino, Manuel Castells e Pierre Levy, a segunda seção aborda conceitos de uma sociedade que está migrando da era industrial para a era digital, onde a presença do homem já não é mais necessária. Esta seção mostra poder das comunidades digitais sobre o mundo off-line. Em continuidade à segunda seção, a terceira seção do artigo aborda as influências e mudanças que a era digital trouxe para a sociedade e os meios de comunicação de massa. Essa seção mostra a convergência dos meios para que o público alvo fosse atingido de acordo com as demandas de uma sociedade contemporânea através dos pensamentos de Pierre Levy e Ignácio Ramonet.

A quarta fala brevemente de desastres naturais no Brasil e na região Sudeste, mostrando as áreas com mais impactos. Nesta seção foram usados dados do IBGE e mostram com números os locais mais atingidos de acordo com a região. A quinta seção aborda o caso de estudo, o Centro de Operações Rio e o seu surgimento. A partir dessa seção é possível ter o entendimento da criação e da necessidade do povo carioca em ter uma cultura de prevenção. Na sexta seção, são analisadas as estratégias de comunicação off-line usados pelo Centro de Operações Rio de Janeiro e seus parceiros. Essa seção aborda como o Governo do Rio usa suas parcerias e estratégias em prol das comunidades mais desfavorecidas por ele mesmo. Na sétima e última seção, são analisadas as estratégias de comunicação online e as estratégias usadas no caso de estudo. Nesta seção será abordado as mídias utilizadas pelo Centro de Operações Rio na divulgação de informação desde os casos mais críticos até os casos de menor relevância.

CULTURA DA CONVERGÊNCIA E A TRANSFORMAÇÃO DO CONSUMO

O modo como os seres humanos se comunicam e interagem está em constante transformação, e os parâmetros de consumo pela sociedade mudam de acordo com a evolução cultural, evolução tecnológica e o acesso à informação. Além da forma de apurar, produzir e de se divulgar notícias, a população, hoje, tem a capacidade de fazer suas próprias escolhas em relação ao conteúdo a ser acessado na rede. Atualmente, essa população aparece inserida em uma cultura digital, onde, além de consumidores, agora são produtores.

Em 1980, Toffler apresenta o termo Prosumer. O conceito mostra a transformação pela qual os meios de comunicação e a produção jornalística passam a partir da revolução industrial e da evolução tecnológica. O ciberespaço e sua capacidade de propagação de conteúdo possibilitam o surgimento desse conceito no mercado. De acordo com Toffler (1980, p.383) “além de ajudar-nos a cristalizar o que é puramente pessoal em nós, os novos meios de comunicação da Terceira Onda transformam-nos em produtores – ou antes prossumidores – da nossa própria fantasia de nós mesmos”. O prosumer, conceito dado por Toffler em uma época que não existia acesso à internet e à informação, é um usuário que além de consumir conteúdo, mostra-se capaz de produzir a partir de experiências vividas e um conhecimento prévio sobre o assunto através das novas mídias.

A característica mais revolucionária dos novos meios de comunicação é que muitos deles são interativos – permitindo a cada usuário individual fazer ou enviar imagens, assim como simplesmente recebê-las de fora. Cabo de ida e volta, vídeo-cassetes, copiadoras baratas e gravadores de fita, todas estas coisas colocam os meios de comunicação nas mãos das pessoas (TOFFLER, 1980, p. 383).

Com a popularização da internet, diversas formas de comunidades virtuais surgem e são usadas no dia-dia pela sociedade. Comunidades como o compartilhamento peer to peer, blogs, wikis, Youtube, Facebook, Twitter, Instagram e Whatsapp, mostram que o ciberespaço se tornou indispensável para a sociedade. De acordo Levy, a participação em comunidades virtuais é essencial para a formação de inteligência coletiva e colaborativa, em que os usuários buscam a troca de informações.

As implicações culturais e sociais do digital se aprofundam e se diferenciam a cada nova interface, a cada aumento de potência ou capacidade, a cada nova ramificação para outros conjuntos de técnicas. Vimos, contudo, que entre toda essa variedade móvel, a velocidade da evolução se mantêm como uma invariante paradoxal (LÉVY, 1999, p. 111).

A evolução e as mudanças tecnológicas motivam a transformação do consumidor em produtor, ou seja, a possibilidade de ouvir e ser ouvido por milhões de pessoas. De acordo com a PNAD, Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios, lançado pelo IBGE, em um item intitulado “Acesso à Internet e a Televisão e Posse de Telefone Móvel Celular para Uso Pessoal”, mais da metade dos domicílios brasileiros passou a ter acesso à internet em 2014.

Desde 2004, o acesso à Internet no domicílio por meio de microcomputador vem aumentando, variando de 6,3 milhões, em 2004, a 25,7 milhões em 2012. Em 2014, mais da metade dos domicílios particulares permanentes passaram a ter acesso à Internet, saindo de 48,0%, em 2013, para 54,9%, em 2014, o equivalente a 36,8 milhões de domicílios. As proporções eram muito distintas, considerando a situação do domicílio: 60,8% na área urbana e 18,5% na área rural (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATÍSTICA, 2014).

A facilidade e o baixo custo de aparelhos e de planos de dados são considerados fatores para a popularização dessa forma de consumo. Anderson (2006, p.5) afirma que “Os consumidores exigem cada vez mais opções. A era do tamanho único está chegando ao fim e em seu lugar está surgindo algo novo, o mercado de variedades”. De acordo com o IBGE, apesar da popularização da cibercultura, o acesso à internet é precário nos casos de baixo rendimento salarial e em áreas rurais do Brasil.

Quanto maior a classe de rendimento mensal domiciliar per capita, maior foi a proporção de domicílios com Internet. Os domicílios pertencentes às classes de rendimento domiciliar per capita até 1 salário mínimo estavam abaixo da média nacional, enquanto nas demais classes apresentaram proporções superiores à média nacional, alcançando 88,9% dos domicílios com mais de 5 salários mínimos. A menor proporção foi registrada nos domicílios pertencentes à classe sem rendimento a ¼ do salário mínimo (25,3%) INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATÍSTICA, 2014).

Sobre as áreas de domicílio a pesquisa destaca que:

Em todas as Grandes Regiões, as proporções observadas na área urbana foram maiores do que as da área rural, entretanto a diferença entre elas diminuiu em todas as Grandes Regiões em relação a 2013. A diferença de acesso, segundo a situação do domicílio, foi mais acentuada na Região Norte, onde 79,3% das pessoas da área urbana e 37,1% das pessoas da área rural possuíam telefone celular. O local que registrou maior crescimento foi a área rural da Região Sudeste, com 5,6 pontos percentuais a mais do que em 2013 (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATÍSTICA, 2014).

De acordo com a pesquisa publicada pelo IBGE, a população está optando por outros meios eletrônicos para acessar a internet. “O uso do telefone celular para acessar a Internet ultrapassou o uso do microcomputador nos domicílios brasileiros, destacando-se a Região Norte, que apresentou a maior proporção desse uso (92,5%). Em 2013, o uso do microcomputador predominava em todas as Grandes Regiões, com exceção da Norte. Em 2014, apenas nas Regiões Sudeste e Sul ainda predominava o microcomputador, com proporções de 82,4% e 83,2%, respectivamente. O uso do tablet era maior na Região Sudeste (24,8%) ” (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATÍSTICA, 2014).

As redes sociais deixaram de ser apenas meios de socialização, transformando-se em algo a mais importante para a sociedade. Hoje, elas são as ferramentas mais utilizadas para se atingir diversos fins. O ciberespaço, composto da interconexão de computadores, deu origem a uma nova forma de atividade coletiva, cujo objetivo é a difusão e troca de informações. De acordo com Jenkins, o pensamento convergente influencia a relação entre o público, os produtores e a influência à origem de uma cultura de participação:

A convergência é pautada pela capacidade de transformação do conteúdo, que pode estar presente em vários lugares, pois se torna multiplataforma. É através da convergência dos meios, que surge a possibilidade de disseminar conteúdo em escala global [...] Meu objetivo é ajudar as pessoas comuns a entender como a convergência vem impactando as mídias que elas consomem e, ao mesmo tempo, ajudar líderes da indústria e legisladores a entender a perspectiva do consumidor a respeito dessas transformações (JENKINS, 2009, p. 39).

O conceito de cultura participativa, vindo da cultura da convergência, é o consumidor passivo que passa a ter uma voz e participar de modo ativo. Ligada à internet, existe o termo web 2.0, no qual o consumidor, além de deter o poder de escolha, possui um papel de suma importância na produção de conteúdo. Esta nova cultura incentiva a participação e a criatividade e tem como uma de suas finalidades, a estabilidade e associação entre os usuários produtores, consumidores e os prosumers. Jenkins (2009, p. 190) afirma que “a medida que a produtividade dos fãs se torna pública, ela não pode mais ser ignorada pelas indústrias midiáticas, tampouco pode ser totalmente controlada ou aproveitada por elas ”.

A forma de utilizar e elaborar conteúdo que a web 2.0 possibilita é chamada de inteligência coletiva. Segundo Levy (2007, p. 212), “a inteligência coletiva é uma inteligência distribuída por toda a parte, o princípio deste conceito é que o saber está na sociedade em si e não em apenas em um indivíduo”. Por conta da inevitável convergência, a web 2.0 reúne múltiplos segmentos, principalmente no campo de notícias, onde a sociedade encontra independência e poder no qual os usuários estariam conectados, proporcionando a oportunidade de produzir conteúdo em conjunto. A comunicação por meio de novas tecnologias faz com que a interação entre a sociedade se transforme. A evolução tecnológica e o desejo da sociedade por contato com outros povos, informações e culturas, têm como forma a cultura da convergência, possibilitando o surgimento de novas maneiras de se produzir e divulgar informação.

A CULTURA EM REDE E OS VÍCIOS DA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

A era digital, expressão utilizada para nomear a evolução da tecnologia a partir Terceira Revolução Industrial, resulta na propagação de um ciberespaço. O termo é utilizado por Levy para denominar um espaço existente no mundo da comunicação onde a presença física do homem é desnecessária para que se estabeleça a comunicação como fonte de relacionamento, ou seja, o espaço virtual para a comunicação disposto pelo meio de tecnologia. Martino explica o conceito de ciberespaço como a conexão e a troca de informações entre dois indivíduos.

O ciberespaço é a interconexão digital entre computadores ligados em rede. É um espaço que existe entre os computadores, quando há uma conexão entre eles que permite aos usuários trocarem dados. É criado a partir de vínculos, e não se confunde com a estrutura física que permite essa conexão (MARTINO, 2014, p. 29).

Em tese, a sociedade passa por um terceiro ciclo de renovação de ideias, ações e pensamentos que marcam a história da humanidade, pois a era da informação surge da era industrial, que, por sua vez, surge em substituição à era da agricultura. Hoje em dia, para fazer parte de uma mesma comunidade, não é preciso que os indivíduos compartilhem dos mesmos espaços físicos e geográficos. Se antigamente as comunidades ficavam restritas à determinada localidade, no século XXI elas ultrapassam todas as barreiras geográficas, unindo o planeta em uma grande comunidade virtual, ou seja, um ciberespaço.

Através das redes e mídias sociais é possível organizar grupos com pessoas completamente distintas, de cidades, estados ou continentes diferentes, basta que elas possuam o mesmo interesse sobre determinado assunto e comecem a interagir em uma comunidade online sobre um tema. Uma pessoa no Brasil pode se sensibilizar com algum movimento social do Japão e fazer parte de sua comunidade nas redes sociais, colaborando com o debate e extrapolando todas as barreiras físicas e geográficas que o distancia da causa defendida. Através do Youtube, um morador de periferia do Rio de Janeiro pesquisa vídeos tutoriais, explicativos para fazer streaming de vídeos, e usa esse conhecimento para cobrir o dia-a-dia da comunidade em que vive, usando as técnicas aprendidas para denunciar abusos das forças policiais e falta da presença do poder público.

Com apenas um celular com internet e com câmera, um morador da cidade do Rio de janeiro consegue gravar, fazer uma publicação ao vivo, fazer um tweet de algum incidente em seu cotidiano. Como a exemplo, no caso das chuvas e enchentes de 2010, em que o Twitter foi a principal ferramenta colaborativa de comunicação, na situação em que a cidade se encontrava, no qual a população sabia, em tempo real, o que se passava nos pontos mais atingidos da cidade. Esse caso mostra o poder do mundo digital sobre o mundo off-line e da tecnologia, que em decorrência do seu barateamento e aliada à cultura ciber, se torna uma ferramenta poderosa de movimentos sociais que se originam na rede e usam as novas mídias na luta por direitos básicos como saúde, segurança e educação, pautas que nem sempre fazem parte da agenda da grande mídia. Esses movimentos originados na rede, que começam com poucos indivíduos, mas que têm capacidade de ganhar milhões de vozes e tomar as ruas das principais capitais do mundo, que expõem injustiças, abusos e denúncias, por estados e poderes totalitários são analisados por Castells onde ele afirma que:

Da segurança do ciberespaço, pessoas de todas as idades e condições passaram a ocupar os espaços públicos, num encontro às cegas entre si e com o destino que desejavam forjar, ao reivindicar seu direito de fazer história - numa manifestação da autoconsciência que sempre caracterizou os grandes movimentos sociais (CASTELLS, 2013, p. 12).

Levy (2001) cita no livro a conexão planetária, o futuro das gerações interligadas nos dias atuais à rede e que a sociedade vive na noosfera ou era do espírito. De acordo com o autor a humanidade caminha para a noosfera, a era do espírito, na qual todos serão vistos não mais como indivíduos de uma nação, de um Estado, mas como membro da inteligência coletiva que será o diferencial entre um grupo e outro.                                

A INFLUÊNCIA DAS NOVAS MÍDIAS NA TROCA DE INFORMAÇÕES

O jornalismo enfrenta atualmente uma das maiores mudanças desde a sua origem. A área vem sendo obrigada a se reestruturar para que possa acompanhar o avanço tecnológico e as novidades do ciberespaço, que surgem a cada segundo. Hoje, o mundo está conectado em uma instância global e o velho jornal local, que antes era a fonte de informações, agora se torna obsoleto. A internet surge como uma nova fonte de informação e de conhecimento, onde as pessoas se relacionam, compram e vendem produtos e serviços, atuam culturalmente, enfrentam o poder do estado e destituem governos, apenas com um clique. Nesse contexto, surge o jornalismo colaborativo em que se destaca a participação do público na produção de notícias, sendo responsável pelo envio de conteúdo para os veículos de comunicação. A introdução das mídias sociais no campo do jornalismo permite que o consumidor passe a ter uma relação participativa com os veículos de comunicação. No entanto, o modo de produção e divulgação de conteúdo alterou o trabalho do jornalista, que também se tornou responsável por conteúdos multimídia e digital.

Com essa mudança, os veículos de comunicação passam a enfrentar uma crise de identidade e se deparam com dificuldades para manter seu público-alvo, afinal o conteúdo disponível no ciberespaço possibilita o acesso em tempo real a todos os tipos de informações. De acordo com Jenkins (2009, p. 41), “o conteúdo de um meio pode mudar, seu público pode mudar, e seu status social pode subir ou cair, mas uma vez que um meio se estabelece, ao satisfazer alguma demanda humana essencial, ele continua a funcionar dentro de um sistema maior de operações de comunicação”.

O avanço da tecnologia proporciona acessibilidade e os aparelhos telefônicos, tablets, smartwhaches e computadores fazem surgir novos campos de possibilidades não só para o jornalismo, mas para todos os outros segmentos. Hoje, estar no ciberespaço é uma exigência para os meios que desejam existir. A internet não é mais um lugar habitado apenas por jovens com sede de conhecimento, a rede é composta por trabalhadores, adultos, idosos, crianças, acadêmicos e instituições. Não existe classe, gênero ou idade limite para estar no ciberespaço.

Atualmente vê-se a necessidade de analisar e discutir as relações entre a mídia tradicional, a liberdade de expressão e as mídias alternativas. A mídia de massa conhecida no passado como quarto poder, nome dado pelo poder e influência que os meios de comunicação tradicionais tinham sobre a sociedade em relação aos poderes executivos, legislativos e judiciários, enfrenta uma crise de representatividade à medida que surge o quinto poder, termo cunhado por Ramonet.

A cumplicidade do quarto poder com os poderes dominantes faz com que ele deixe de funcionar como tal, o que representa um grave problema para a democracia, pois não é possível concebê-la sem o autêntico contra poder da opinião pública. (...)minha proposta é que todos nós participemos da criação de um quinto poder, que se expressaria mediante a crítica ao funcionamento dos meios de comunicação, papel que antes cabia ao quarto poder (RAMONET In: MORAES, 2012, p. 98-99).

Para Ramonet (In: MORAES, 2012), a internet, ou o quinto poder, é um poderoso motor de debates, pois promove de forma descentralizada a informação, onde todos podem falar com todos, diferente da grande mídia, onde apenas as empresas falam. A troca de informação e conhecimento na luta pela democracia é o que rege esse poder.

Revelar a quem pertence essa informação, quem ela está ajudando e que medida é expressão dos grupos privados que são seus proprietários já é uma maneira de se dizer para quem os meios de comunicação estão trabalhando. Isso é criar um quinto poder [...] (RAMONET In: MORAES, 2012, p.99).

Apesar de todo o progresso no ciberespaço e dificuldades enfrentadas, alguns veículos já encontram meios inteligentes e inovadores de se reinventar no meio digital, a maioria já se encontra inserida na cultura digital. Hoje, existem publicações digitais em paralelo às suas publicações em mídias tradicionais. O campo jornalístico está se transformando e os veículos de comunicação de massa já estão migrando para o digital. Essa transição e adaptação ocorre por conta do nosso consumidor que se encontra conectado integralmente à rede. A mobilidade dos meios é um dos fatores que contribuem para que a população fique cada vez mais tempo online. Hoje, em paralelo às suas publicações em mídias tradicionais, há o uso intensificado das mídias sócias digitais por essas empresas, que antes, detinham o poder da informação.

DESASTRES NATURAIS NO BRASIL E NA REGIÃO SUDESTE

Devido à sua densidade demográfica e ao desenvolvimento econômico, o Brasil sofre com diversos fatores naturais. Além das secas no Norte, o país demonstra um forte aumento do índice de chuvas e tempestades na região sudeste, que resulta em graves casos de desastres naturais, como enchentes e queda de encostas.

As enchentes, alagamentos e processos erosivos, embora possam ser classificados como ameaças naturais, fazem parte de um complexo maior, pois estão envolvidos fatores socioeconômicos e culturais, como ocupação irregular de encostas, margens de rios, desmatamentos etc., que elevam o grau de vulnerabilidade da sociedade (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATÍSTICA, 2013).

Em 2013, o Instituto de Geografia e Estatística (2013) apresenta a Pesquisa de Informações Básicas Municipais. Intitulada de MUNIC, a pesquisa em sua 11ª edição, averiguou os 5.570 municípios existentes no país e trouxe em um de seus itens informações sobre desastre naturais.

No Brasil, 2.065 municípios declararam ter sido atingidos por alagamentos nos últimos cinco anos da data de referência da pesquisa, ou seja, 37,1% do total dos municípios brasileiros. A maior concentração foi nas Regiões Sudeste (45,2%) e Sul (43,5%), e a menor, no Centro-Oeste (19%). Em todo o território nacional, 97,4% dos municípios com mais de 500.000 habitantes registraram alagamentos, enquanto, na classe de municípios com até 5.000 habitantes, foram registrados os menores valores (5,0%, nas Regiões Norte e Centro-Oeste; e 11,5%; na Região Nordeste). Quanto às Unidades da Federação, as que registraram maiores proporções de municípios com alagamentos foram, na Região Norte, o Amazonas, com 42 dos 62 municípios (67,7%); na Região Sudeste, Rio de Janeiro (88,0%) e Espírito Santo (71,8%); e, na Região Sul, Santa Catarina (60,3%) (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATÍSTICA, 2013).

De acordo com MUNIC, a região sudeste tem o segundo maior número de ocorrências de enchentes decorrentes de fortes chuvas. Conforme a referente pesquisa essas ocorrências deixaram nos últimos 5 anos desde a realização da pesquisa, 50.336 de desabrigados ou desalojados no estado do Rio de janeiro.

A parte mais ao sul da região, em virtude de seu maior desenvolvimento econômico e maior contingente populacional, apresenta grande vulnerabilidade a desastres, como inundações, alagamentos, enxurradas e deslizamentos, com grandes riscos de ocorrência de danos econômicos e sociais. Por outro lado, a parte mais ao norte da região sofre com eventos extremos de secas (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATÍSTICA, 2013).

Em 2015, a UNISDR, o Escritório das Nações Unidas para a Redução de Desastres e o Centro de Pesquisas de Epidemiologia em Desastres, o CRED, apresenta um relatório intitulado “The Human Cost of Weather-Related Disasters 1995-2015”.  De acordo com este documento, o Brasil está entre os 10 países com mais afetados por causa de desastres naturais em 20 anos. Sendo o único país da América Latina a aparecer na lista dos 10 países com mais ocorrência de desastres (Tradução nossa).

AS CHUVAS DE 2010 E O CENTRO DE OPERAÇÕES DO RIO DE JANEIRO

Por conta de fatores relacionados ao clima e à urbanização sem planejamento, o Rio de janeiro conta com uma série de casos provenientes de desastres naturais em seu histórico. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o IPEA, o aumento e intensidade dos desastres naturais causados por eventos climáticos em países em desenvolvimento se dá pela urbanização crescente e desordenada, junto à ação do homem.

A falta de planejamento em prevenção de desastres fez a cidade do Rio de Janeiro, atingida em 2010, sofrer com o despreparo do Governo. A chuva envolveu a população, desprevenida, numa catástrofe de proporções gigantescas.  De acordo com o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climática (2010), “as fortes chuvas tiveram índices acima de 150 mm em 24 horas, com picos de 50 por mm hora”. O desastre acometido pelas condições climáticas e pela falta de estratégia, gerou um grande número de vítimas, casas destruídas e pessoas desaparecidas no estado do Rio de Janeiro. De acordo com Bueno (In: BONELLA, 2012, p. 92) “a melhor estratégia para se superar ou evitar uma crise, é a prevenção junto à um sistema de gestão de riscos que explicite a probabilidade de ocorrência de situações críticas”.

Criado em resposta às chuvas de abril de 2010, juntamente à necessidade de uma cultura de prevenção, o COR, Centro de Operações do Rio de Janeiro, é uma sala que coordena e monitora o cotidiano do Rio de Janeiro para prevenção em casos de chuva, trânsito, grandes eventos e catástrofes. Atualmente os gastos com reconstrução no país superam os gastos com prevenção no Brasil. De acordo com Stranz (2010) os gastos com prevenção à desastres não chegam a R$ 100 milhões, enquanto o gasto com a reconstrução ultrapassa R$ 1,1, bilhão, o que demonstra a falta de estrutura e planejamento para se enfrentar os casos de desastres naturais no País.

De acordo com um documento publicado pela Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, intitulado Rio Resiliente, o COR conta com a parceria e coordenação de mais de trinta departamentos e concessionários.  “Além de funcionar 24 horas por dia, sete dias da semana, o centro reúne todas estratégias em casos de desastres e crise, desde a previsão, até a resposta em tempo real às ocorrências de chuvas fortes, deslizamentos e acidentes de trânsito, incorporando alta tecnologia e capacidade de processamento de informações. ” (RIO DE JANEIRO, 2013).

O sistema de gestão de riscos, elaborado por uma organização, deve levar em conta o conjunto conhecido de situações, vinculadas ou não ao seu processo de gestão, de produção e de distribuição, e que podem provocar a emergência de crises, definido procedimentos e posturas que permitam evitá-las ou atenuá-las. Da mesma forma, deve encaminhar formas competentes de gerenciá-las, se elas, apesar de todos os mecanismos de prevenção, ainda assim acabarem sendo desencadeadas. (BUENO In: BONELLA, 2012, P. 92).

O Centro conta em tempo real com informações das concessionárias e órgãos públicos. Além disso, o Cor possui acesso à 560 câmeras instaladas pela cidade do rio que ajudam no monitoramento e na troca de informações em casos mais graves. Para BUENO (In: BONELLA, 2012) o processo de monitoração é fundamental para que haja uma avaliação permanente do impacto da crise tanto na sociedade, quanto na imagem e na reputação da organização.

A ocorrência de situações críticas representa, quase sempre, um processo doloroso porque as crises retiram as empresas da zona de conforto, as expõem interna e externamente e podem abalar a sua estabilidade institucional e financeira. Quando elas são gerenciadas adequadamente, esse desconforto é atenuado e mais facilmente a normalidade acaba sendo retomada. Atuar preventivamente e com competência é sempre a melhor alternativa. As organizações que acordam para a crise apenas quando ela eclode geralmente encontram mais dificuldades para superá-la (BUENO In: BONELLA, 2012, p. 92).

De acordo com a Prefeitura do Rio, “o centro de operações possui parceria com o CICC, o Centro Integrado de Comando e Controle do Estado, que age em conjunto com a Policia Civil, Corpo de Bombeiros e Policia Militar. A parceria entre o COR e o CICC intensifica o monitoramento e a integração das ações no cotidiano do carioca” (RIO DE JANEIRO, 2013). Essas parcerias ao COR, fazem com que a prevenção e o monitoramento sejam de maior alcance beneficiando o centro na hora da colheita de dados.

SISTEMA DE ALERTA E A COMUNICAÇÃO OFF-LINE

O Sistema de Alerta do Rio de Janeiro em parceria à Defesa Civil e a GEO-RIO fazem parte do circuito de ações de prevenção à desastres do rio de janeiro. De acordo com a Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, “a cidade é equipada com 130 pluviômetros, sendo 100 delas instaladas em áreas de alto risco. Esse sistema integra informações de radar meteorológico e possibilita o acionamento de sirenes de evacuação em lugares com riscos de desmoronamento” (RIO DE JANEIRO, 2013).

O acionamento dos 165 sistemas de alto-falantes e sirenes instalados em 103 comunidades é feito apenas depois da análise das condições do local após chuvas alcançarem os níveis 40 mm/h. “Além disso, a defesa civil, em parceria com as quatro principais operadoras do Rio de Janeiro, possui um serviço de mensagem SMS gratuitos, onde 86 mil usuários já se encontram cadastrados. ” (RIO DE JANEIRO, 2013).

AS ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO ON-LINE

A evolução tecnológica faz com que as informações circulem cada vez mais rápido. O poder das mídias sociais como o Twiitter, Facebook e instagram possuem fazem das mídias uma arma essencial na hora do gerenciamento de crise, levando a comunicação a outro patamar. De acordo com a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro as mídias sociais do COR são usadas para informar e receber informações em tempo real da população e alcançar pessoas em áreas de desastres. Através do twitter e da parceria com outros órgãos, o centro auxilia a população em casos de crise e no cotidiano. Essas estratégias fazem parte da rotina da cor, que divulga suas ações ao mesmo tempo em que capta opiniões por meio das mídias sociais. (RIO DE JANEIRO, 2013).

Uma estratégia ampla de comunicação para resiliência deve ser capaz de conscientizar a população sobre a importância de hábitos e comportamentos resilientes, tendo três aspectos fundamentais: Pragmática, para que o cidadão relacione a sustentabilidade aos seus hábitos cotidianos. Evolutiva, pois deve incorporar os inputs da sociedade quanto ao que significa ser resiliente (RIO DE JANEIRO, 2013).

O perfil do Twitter do Centro de Operações, conta com 358 mil Tweets desde dezembro de 2010 até a presente data. A mídia em questão é a mais utilizada pelo COR, acredita-se que pelo motivos do compartilhamento, adesão e do monitoramento que a mídia traz. Em um cálculo rápido, pode-se dizer que há por volta de 1.800 Tweets diários, para um público de mais 300 mil seguidores. Além dessa mídia, o Centro de Operações possui perfil no Facebook com um número 239,651 de curtidas, no Instagram, com 14 mil seguidores e no Periscope, que possui 7.600 seguidores em sua conta. Todas as mídias citadas possuem gerenciamento frequente que geram postagens frequentes sobre mudanças climáticas brutas ou anomalias na cidade.

Uma das interpretações que se consolidam entre especialistas em relações internacionais, no momento, é a de que as redes sociais, longe de tornarem a geografia irrelevante, reforçam que as redes sociais, longe de tornarem a geografia irrelevante, reforçam que as redes sociais têm enorme importância, sobretudo local. Em outras palavras, elas reforçam os particularismos, as circunstâncias e os valores e componentes locais de sociedades e países, ao mesmo tempo em que permitem, com a velocidade da transmissão de informações e ideias, que determinados conteúdos passem de um lado para o outro. Mas eles, os conteúdos, só se tornam relevantes e na medida de seu impacto em condições locais (WACK In: BONELLA, 2012, p. 27).

De acordo com a Prefeitura do Rio, o Centro de Operações do Rio de Janeiro por funcionar sete dias da semana conta com plantões 24 horas de jornalistas próprios. Além disso o centro conta com uma área reservada para a grande imprensa e os veículos de comunicação de massa, e representantes da mídia, como as rádios CBN, Paradiso, Band News, Tupi e Globo, dentre outras; as emissoras das TVs Globo, Band e SBT, Record e Globonews, além de outras; e também os portais G1 e Globo.com (RIO DE JANEIRO, 2013). Com a convergência dos meios para o digital, as informações coletadas através do centro de operações e seus parceiros, além de repassadas à população através dos meios tradicionais de massa, elas agora, são passadas por seus veículos on-line. Bonella afirma que “além da ajudar na propagação de informação, a imprensa tem importância na sustentação da imagem de organização: Ainda que muitos esforços empreendidos pela equipe de Comunicação de um organização para que o público esteja corretamente informado, é preciso considerar que a imprensa é um dos pilares essenciais à sustentação da imagem e do conceito de uma organização e, por isso mesmo, deve ser considerada como o mais importante formador de opinião, com o qual uma organização deve se relacionar estrategicamente” ( BONELLA, 2012, p. 137).

A presença da grande mídia no Centro de Operações Rio aumenta a transparência de gestão pública, permitindo a divulgação instantânea de qualquer fato e evento ocorrido na cidade. Nos casos mais graves, a cooperação com a mídia garante que que as informações e recomendações alcancem a população com maior precisão.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Foi abordado neste trabalho o uso das mídias sociais no cotidiano da sociedade e na prevenção de desastres naturais. O presente artigo apresentou através de suas seções e seus autores a evolução tecnológica e a evolução do uso das mídias sociais na era digital. O estudo teve como objetivo exemplificar os benefícios das mídias sociais, na hora de escolher a melhor alternativa na hora de se divulgar uma informação de crise, que seja em prol da sociedade, ou seja, uma informação que deva chegar instantaneamente à vários cidadãos. A transparência e o acesso que as mídias sociais apresentam e o seu estabelecimento como necessidade no cotidiano da sociedade contemporânea, fez com que grandes empresas e organizações despertassem seus interesses e necessidades em atingir um público maior de pessoas, fazendo com que as mesmas dedicassem um espaço em suas estratégias de comunicação ao público da internet.

Após a análise de todas as informações obtidas, conclui-se que as mídias sociais são as ferramentas essenciais na comunicação de risco e crise à desastres, pois são as melhores alternativas na hora de se divulgar uma informação com agilidade e rapidez. Porém, de acordo com dados de pesquisas apresentados no estudo, as populações de baixa renda e de áreas rurais ainda fazem parte das populações desfavorecidas seja, por conta do difícil acesso à rede, ou pelo custeio de aparelhos. Portanto, é possível afirmar que em casos de desastres naturais, uma estratégia online em conjunto da off-line, podem atingir uma quantidade significativa da população, na hora de se comunicar um desastre.

O estudo demonstrou ainda os benefícios de se ter uma cultura de prevenção em empresas e organizações. Além do custo de se manter uma cultura de prevenção, a mesma ajuda no suporte à imagem da organização ou empresa. No caso de estudo abordado, além de garantir que a sociedade tenha informações precisas sobre algum risco ou crise, a organização, ao mesmo tempo em que divulga as informações, trabalha com transparência e prevenção, o que causa impacto positivo à imagem da instituição.

Finaliza-se este trabalho com satisfação, pois todos os objetivos foram concluídos com sucesso. Este artigo foi de extrema importância para o conhecimento do mundo da comunicação e suas formas de se comunicar, pois a compreensão e o aprofundamento deste conhecimento ajudaram a formalizar o que já era previsto em mente. Espero que este estudo seja de ajuda para o futuro da comunicação de prevenção desastres à sociedade.

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Publicado por: Hideto Okumura

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