O USO DE PROBIÓTICOS EM CRIANÇAS COM DIARREIA
A importância do intestino e sua microbiota intestinal e a análise da diarreia em crianças em fase pré-escolares indicando uma melhora no tratamento associado ao uso de probióticos.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
“Os probióticos são usados em medicina humana na prevenção e tratamento de doenças, na regulação da microbiota intestinal, e em distúrbios do metabolismo gastrintestinal.”
(Mario de Menezes Coppola &Carlos Gil Turnes, 2003)
Resumo
Ao longo dos anos, observou se que os probióticos são considerados as “bactérias do bem” do nosso organismo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), probióticos são micro-organismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, têm um efeito benéfico sobre a nossa saúde. Essas bactérias tem a capacidade de ultrapassar o território ácido que existe no estômago e chegar até o intestino intactas. O leite humano é a melhor forma de nutrição e obtenção de probióticos em recém-nascidos pois seus componentes atuam diretamente na microbiota intestinal. Um quadro muito comum em crianças menores de 5 anos é a diarreia que consiste na evacuação de fezes líquidas de forma frequente e sem controle, causando uma série de problemas para a criança e sua família. Se trata de um distúrbio no trato gastrointestinal que leva a alterações no transporte de água e sais. Podendo acompanhar outros sintomas como vômitos, febre, náusea dor ou cólicas abdominais. Em estudos clínicos randomizados utilizando o uso do Lactobacillus reuteri efetivamente reduziu a duração da diarreia aguda e hospitalização em crianças hospitalizadas com gastroenterite aguda.
Palavras-chave: probióticos, bactérias, crianças, diarreia.
Introdução
O intestino humano vai muito além de um simples órgão do sistema digestório, ele é responsável por sua própria imunidade e ligação direta a outros órgãos, dentre eles o cérebro. O maior pesquisador do intestino do mundo, Michael D. Gerson, da Universidade de Columbia, em suas pesquisas e análises chegou à conclusão que existem 100 milhões de “neurônios intestinais”. Sendo o primeiro a chamar o intestino de segundo cérebro. Nosso intestino é capaz de produzir 90% da serotonina existente (o famoso hormônio da felicidade e da sensação de bem-estar); 80% das células de defesa do seu organismo (que combatem das gripes às infecções vaginais) (Veja a tabela 01); e 75% do seu Hormônio do Crescimento (o HG) que fortifica a sua memória e ainda acelera o seu metabolismo.
Em nosso intestino há uma grande colônia de bactérias que juntas pesam um pouco mais de 1kg e formam a microbiota intestinal, repleta de probióticos. Segundo (Verschuere et al., 2000) probióticos são microorganismos vivos que tem um efeito benéfico sobre o hospedeiro, podendo ser capazes de: Modificar a microbiota intestinal; melhorar a absorção dos alimentos ou seu valor nutricional; Além de aumentar a resposta do hospedeiro em relação às doenças.
A diarreia é um quadro muito comum que consiste na evacuação de fezes líquidas de forma frequente e sem controle. Caracterizada pela perda da consistência, com ou sem a presença de produtos patológicos: muco, sangue ou gordura. A maioria dos casos são de origem infecciosa como bactérias, vírus e protozoários. Crianças em idade pré-escolares tendem a desenvolver o quadro de diarreia e o uso de probióticos podem ser uma intervenção segura na diarreia aguda infecciosa para reduzir a duração e a gravidade da doença. Este benefício está associado à produção de substâncias antimicrobianas que inibem o crescimento de bactérias patógenas (PrOTIC et al., 2005).
Objetivos
Definir a importância do intestino e sua microbiota intestinal. Além da análise da diarreia em crianças em fase pré-escolares indicando uma melhora no tratamento associado ao uso de probióticos.
Material e Método
Trata-se de um estudo do tipo descritivo e retrospectivo bibliográfico. Onde foi analisado o material de artigos científicos que ao buscar na Base de Dados Virtuais em Saúde, como LILACS e SCIELO abordavam sobre o tema discutido. E após a leitura exploratória foi possível a elaboração deste artigo de revisão.
Resultados e Discussão
Neonatos e crianças que apresentam casos de diarreia podem sofrer com atraso de crescimento, desnutrição e dificuldade de aprendizado. O uso de probióticos como Lactobacillus rhamnosus GG, Saccharomyces boulardii, Lactobacillus reuteri DSM 17938 são recomendados em casos de gastroenterite aguda (AGE) reidratação precoce e diarreia. Esses probióticos quando administrados em quantidade certa reequilibram a microbiota intestinal combatendo inclusive os patógenos reduzindo assim a incidência de doenças, pois. O maior número de estudos com probióticos têm incidido quer na prevenção quer no tratamento da diarreia aguda infecciosa (ISOLAUrI, 2003; CAnAnI et al., 2007).
Em ensaios preventivos, verificou-se uma diminuição significativa da incidência da diarreia nas crianças que ingeriram probióticos em comparação com os controles (rOLFE, 2000; GOrBACH, 2000; SHAMIr et al., 2005). Em ensaios terapêuticos, o conjunto dos resultados aponta para diferenças significativas a favor dos grupos com probióticos no que diz respeito à intensidade e duração da diarreia, ao número de dias de internamento e dos dias em que os vírus são eliminados no caso da diarreia e rotavírus (rOLFE, 2000; JUnTUnEn, et al., 2001; PAnT et al., 2007). Tendo em conta que a diarreia é uma causa importante de mortalidade nos países em desenvolvimento, sobretudo em crianças e adultos com má nutrição, os probióticos, pela sua eficácia preventiva e terapêutica, são úteis em Saúde Pública (rOLFE, 2000; JunTUnEn).
Alguns medicamentos probióticos disponíveis para a utilização infantil estão listados na tabela abaixo.
Conclusões
Como proposto anteriormente, este estudo teve como objetivo analisar a função do intestino e sua microbiota. Com ênfase no uso de probióticos para tratamento da diarreia. Muitos estudos são feitos diariamente para averiguar os efeitos benéficos como por exemplo o Lactobacillus reuteri DSM 17938 que é utilizado em casos de gastroenterite aguda (AGE) e diarreia em crianças.
Bibliografia
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Publicado por: Maria Cláudia Assis de Souza
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