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JARDINS BOTÂNICOS, VIVEIROS DE MUDAS E PLANTAS ORNAMENTAIS: CONSERVAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO

A importância dos jardins botânicos para a preservação da biodiversidade, da integridade ecológica e sua influência na educação ambiental.

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Fonte: Gráfico de própria autoria, um total de 65 pessoas da região de Sorocaba responderam à enquete.

CONSERVAÇÃO

A perda da biodiversidade é um dos maiores desafios que o mundo vem enfrentando. A conservação da mesma é essencial, pois é um recurso finito que possui tanto valor comercial quanto cultural. Além disso, as estratégias e ações atuais não são tão eficazes para prevenir o declínio da biodiversidade, mas mesmo assim há muitos esforços para a conservação da diversidade de plantas durante as últimas décadas.

Entre as estratégias desenvolvidas para a conservação de plantas, uma delas é ter 70% das espécies de plantas conservadas em locais como jardins botânicos, que desempenham um papel fundamental na conservação de espécies vegetais. Há uma estimativa de cerca de 2.500 jardins botânicos pelo mundo, os quais cultivam cerca de 6 milhões de plantas, representando 80.000 espécies aproximadamente, ainda que os números pareçam altos, a meta de 70% de conservação das espécies ainda não foi alcançada.

Os jardins botânicos são bons locais para pesquisas, e não apenas nas ciências de classificação (taxonômica e sistemática) como também na ecologia envolvendo estudos de polinização, dispersão de sementes e indivíduos vegetais invasores.  Muitos jardins botânicos são de extrema importância para a educação ambiental, ensinando para os visitantes a utilidade das plantas para a vida. Como também a preservar e a cuidar dos nossos ecossistemas e das nossas espécies vegetais.

Dentro dos jardins botânicos, como também em propriedades rurais, há a produção de viveiros de mudas, que são cuidadas até que tenham idade e tamanho suficientes para serem transplantadas para um local definitivo.

Os viveiros de mudas têm como objetivo repor as espécies vegetais desmatadas, replantando diferentes espécies e com maior qualidade, além de ser importante para a restauração ecológica de ambientes naturais degradados pela ação humana. E também são importantes para garantir a integridade ecológica, estrutura e funcionalidade a um nível mínimo de biodiversidade.

Outra alternativa à perda de biodiversidade é o design ecológico, tal como as plantas ornamentais que são bastante conhecidas por seu valor estético, sendo utilizada no meio urbano. As plantas ornamentais podem oferecer hábitat favorável para a avifauna, especialmente no fornecimento de recursos alimentares (frutas, néctares, grão e insetos), abrigo e cobertura.  Além disso, as plantas ornamentais de espécies nativas podem contribuir com a conservação de espécies e paisagismo em ambientes urbanos, como quintal de casa, jardins públicos e outros.

COMERCIALIZAÇÃO

O plantio e a produção de plantas ornamentais, de mudas produzidas em viveiros podem servir como fonte de renda para diversas famílias. Ao mesmo tempo em que a produção de mudas gera renda, o meio ambiente também é favorecido. Hoje, aproximadamente 250 famílias de assentados que vivem no Pontal do Paranapanema são capacitadas pelo instituto Ipê para produção de mudas de espécies nativas da Mata Atlântica. Para plantas ornamentais o giro da economia é maior ainda, já que além de famílias produtoras, o mercado de plantas ornamentais vem crescendo movimentando cerca 10 bilhões de reais por ano, gerando cerca de 2,5 bilhões de impostos, empregos e empreendimentos, como as floriculturas.

Já para os jardins botânicos, a contribuição econômica gira em torno do turismo e visitações. Como exemplo temos o Jardim Botânico de Curitiba, o qual foi inaugurado em 1991, sendo um dos pontos turísticos mais famosos e visitados do país. O jardim contém inúmeras espécies vegetais, inclusive da floresta Mata Atlântica e espécies de outros países, como um instituto de pesquisa e de educação ambiental, em decorrência disso, o jardim atrai diversos turistas que supervalorizam a economia local.

Fonte: Própria autoria

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FREITAS, Alex Ferreira de et al. OS “BERÇÁRIOS FLORESTAIS”: UM DIAGNÓSTICO DOS VIVEIROS FLORESTAIS DE VIÇOSA, 2009.

JR CULLEN, L. et al. Restauração de paisagens e desenvolvimento socioambiental em assentamentos rurais do Pontal de Paranapanema. Agriculturas, v. 3, n 3, p 24- 28, outubro de 2016.

JR CULLEN, L. et al. Da fragmentação florestal à restauração da paisagem: aliando conhecimento científico e oportunidades legais para a conservação. In: PAESE, A. et al. Conservação da Biodiversidade com SIG. Editora Oficina de Textos, 2012. p. 13-23.

RIBEIRO, R. M. Planejamento urbano, lazer e turismo: Os parques públicos em Curitiba – PR. Turismo, Visão e Ação. Santa Catarina, v. 8, n. 2, p. 309-321, maio/ago. 2006.

TURCHETTO, Felipe et al. Can transplantation of forest seedlings be a strategy to enrich seedling production in plant nurseries? Forest Ecology and Management, v. 375, p. 96-104, 2016.

WENDLING, Ivar; FERRARI, Márcio Pinheiro; GROSSI, Fernando. Curso intensivo de viveiros e produção de mudas. Colombo: Embrapa Florestas, 2002.


Publicado por: Larissa Provasi Santos

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.