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Energia: uma questão de sobrevivência

Cada vez mais se discute sobre a importância de sermos ecologicamente corretos.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Cada vez mais se discute sobre a importância de sermos ecologicamente corretos, de pensarmos e agirmos de forma sustentável, preservando assim os recursos naturais de forma geral, como por exemplo, a água. Ao refletir sobre esse assunto no ramo da engenharia, percebemos que há várias mudanças possíveis de serem feitas com a sustentabilidade em mente. Uma delas leva em conta a maneira de produzirmos energia para continuar crescendo economicamente.

Desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das futuras gerações de atenderem às suas próprias necessidades”. Esse é o conceito de desenvolvimento sustentável consolidado na Conferência de Meio Ambiente e desenvolvimento (ECO-92), realizada na cidade do Rio de Janeiro, em 1992. Conceito esse que fora primeiramente consagrado na Conferência de Estocolmo, em 1972, e posteriormente defendido pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, em 1987.

Cerca de 90% da energia utilizada no Brasil provêm de usinas hidrelétricas. Uma usina hidrelétrica é uma estrutura hidráulica, composta por projetos arquitetônicos, obras e equipamentos eletro-eletrônicos, com a finalidade de transformar o potencial hidráulico de uma massa de água em energia elétrica. Dentre os países que utilizam essa forma de se obter energia, o Brasil se encontra apenas atrás do Canadá e dos Estados Unidos. A utilização desse tipo de fonte energética se dá pela sua viabilidade econômica e por ser uma forma de “energia limpa”: quando se gera energia de forma sustentável. Porém, essa energia não é tão sustentável quanto se imagina, a implantação dessas hidrelétricas resulta em impactos ambientais e sociais nada agradáveis.

De acordo com o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), hoje presente em 15 estados brasileiros, o número de pessoas afetadas chega a um milhão de indivíduos, e cerca de 70% nunca teria recebido nenhum tipo de compensação, seja em forma de projetos de reassentamento ou de indenização financeira. Para Ricardo Montagner, membro da coordenação nacional do MAB, esse número pode crescer consideravelmente em pouco tempo, levando-se em conta novos projetos previstos pelo governo federal.

Dentre os impactos ambientais resultantes da construção desse conjunto de projetos arquitetônicos chamado de hidrelétrica encontram-se: alagamento das áreas vizinhas, aumento no nível dos rios, em algumas vezes pode mudar o curso do rio represado, diminuição da correnteza dos rios, modificação da temperatura da água, criando condições favoráveis à ocorrência de reações químicas que geram compostos nocivos ao interesse humano. Além da barreira física que altera a dinâmica do rio e afeta a interação entre as populações que estavam num mesmo ambiente.

Recentemente entrou em vigor, em algumas cidades do Brasil, uma lei que veta o uso de sacolas plásticas comuns em diversos estabelecimentos e para diversos usos. Tal medida, absolutamente, não era a mais economicamente viável (nem para o consumidor nem para o comerciante), mas foi tomada mesmo assim.

O uso de usinas hidrelétricas no Brasil já sobrecarrega o meio ambiente e as comunidades que vivem em torno da área destinada ao projeto. Com o avanço da tecnologia e da engenharia já existem alternativas passíveis de estudo para implantação no Brasil, como a energia eólica e solar, por exemplo. Em alguns países já são utilizadas áreas inabitadas e desmatadas (desertos, por exemplo) para a instalação de sistemas enormes de painéis solares. Espanha, Alemanha e Portugal são exemplos desses locais. Projetos assim ainda requerem investimentos altos, mas será que não é a hora de darmos a mesma prioridade para o custo sócio-ambiental que damos ao custo econômico?

REFERÊNCIAS

Autor desconhecido. Sustentabilidade:definição. 17 jun 2011. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sustentabilidade Acesso em: 21 jun 2011.

BUREAU OF RECLAMATION. U.S. Department of the Interior. Water Measurement Manual. 3rd ed. Washington, DC: U.S. Government Printing Office, 1997.

CAMPOS, André. Hidrelétricas colocam comunidades debaixo de água 28 dez 2006. Disponível em:http://www.reporterbrasil.com
.br/exibe.php?id=838
 Acesso em: 21 jun 2011.

SOUSA, Wanderley L. Impacto Ambiental de Hidrelétricas: Uma análise comparativa de duas abordagens. Rio de Janeiro: 2000.


Publicado por: Gustavo Mendes Franco Belga

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.