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Burocracia e Negligência Matam na Paraíba

Conheça sobre o caso do senhor João Batista, vítima de um sistema de saúde falido.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

R$ 23.364,71 esse foi o valor emperrado entre hospital e governo do estado, que levou a óbito um cidadão Paraibano, que já vinha lutando por seus direitos delegados inclusive pelo poder judiciário, na forma de liminar por exatos sete meses. Seu João Batista residente no município de Bayeux, 59 anos havia recebido diagnóstico de um problema renal provocado pelo Diabetes, onde na oportunidade teria sido indicada uma cirurgia de angioplastia ainda em fevereiro de 2015.

Tudo transcorria muito bem, até que familiares foram avisados de que a cirurgia não poderia ser feita pelo SUS, e que o procedimento deveria ser Particular, o seu valor seria de R$ 23.364,71, o que se tornou inviável, por se tratar de um valor, que nem a família nem tão pouco seu João, que era aposentado, pudesse pagar. No entanto em julho de 2015 a família do mesmo, conseguiu judicialmente uma liminar que garantia a realização do procedimento pelo SUS.

A secretaria de Saúde do Estado (SES) foi prontamente notificada, no sentido de efetuar o procedimento, o que infelizmente mesmo após o prazo de oito dias, não havia sido tomada nenhuma providência nesse sentido. A partir dai começou um verdadeiro embate burocrático, entre a instituição hospitalar habilitada a fazer os procedimentos cirúrgicos, e o governo do estado. Embate esse que durou exatos sete meses, até infelizmente culminar com o “homicídio” praticado pela burocracia entre governo do estado, e o hospital particular indicado para fazer a cirurgia. 

Em matéria publicada no Jornal da Paraíba, o juiz Horácio de Melo presidente da associação dos magistrados em Bayeux, disse que a justiça cumpriu com o seu papel em conceder liminar para ser realizada a cirurgia, e que o poder público que não cumpriu com sua parte, poderá responder processo por ação reparatória em benefício dos familiares de seu João batista. Ou seja, no final das contas é bem provável que a família de seu João receba de indenização, um valor bem superior aos 23 mil que o levou a óbito, advindo exclusivamente daqueles irresponsáveis, que utilizam a burocracia desse País de forma covarde, para emperrar o socorro aos menos favorecidos.

O caso de seu João não foi o primeiro, e não será o último a ser tratado de forma covarde, por um governo medíocre e por um sistema de saúde falido, que só funciona na teoria, enquanto a população padece e fica a mercê da corrupção e dos maus administradores. Hoje 20/01/2016 foi sepultado o senhor João Batista, vítima da falta de sensibilidade e de um mínimo de compaixão humana. Que esse dia não caia no esquecimento, e que as urnas desse País comecem o mais rápido possível, a mostrar coerência sabedoria e responsabilidade advinda de seu povo.


Publicado por: JORGE LUCENA

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