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Agora o Cinematógrafo é Digital

A inovação digital na captação e reprodução de imagens pode baratear os custos da produção audiovisual, e universalizar o acesso a alguns dos meios tecnológicos.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

No final do século XIX, o cinema foi possível graças à invenção do cinematógrafo pelos irmãos Lumière. Eles realizaram as primeiras exibições públicas e pagas do cinema. Dois filmes (“A saída dos operários da fábrica”, “A chegada do trem à estação”) foram os mais conhecidos e tiveram grande repercussão no mundo. Nesta mesma época George Mèlies foi o primeiro produtor de filmes de ficção, com narrativas voltadas para o entretenimento. Além disso, Mèlies foi responsável pela inserção da fantasia na realização dos filmes.

Nas duas primeiras décadas do século XX, foram realizados filmes que consolidou e desenvolveu a linguagem do cinema como arte independente. Em 1926, o som surgiu no cinema, com o filme "The Jazz Singer" da Warner Brothers. O som não era totalmente sincronizado. Apenas em 1928, a Warner Brothers obteve sucesso com a sincronização entre o som e a cena, no filme “The Lights of New York".

A partir desta época o cinema passou por um processo evolutivo até chegar aos dias atuais, com todo seu status, glamour e encantamento aliado à modernidade e sofisticação. Hollywood tornou a mais famosa produtora de filmes mundial, mas ao contrário do que grande parte das pessoas pensa, a maior indústria do mundo é a indiana. A indústria cinematográfica transformou em importante atividade econômica em vários países, o cinema e o audiovisual estão em expansão constante no mundo. A multiplicação dos meios pelos quais se veiculam imagens e sons, como cabo, internet, celular, DVD, TV aberta, por satélite, tornam sua presença cada vez maior e mais importante.

O audiovisual pode ser considerado talvez a parte mais significativa, e representa uma das maiores exportações dos Estados Unidos. A inovação digital na captação e reprodução de imagens pode baratear os custos da produção audiovisual, e universalizar o acesso a alguns dos meios tecnológicos, e possibilitar o aumento da produção. Os novos meios de veiculação e produção tornam os produtos audiovisuais mais acessíveis e presentes às pessoas? Eles somam a tendência ao aumento do tempo disponível para lazer e consumo na sociedade moderna?

De acordo com o diretor e cineasta André Klotzel, No Brasil, o cinema nacional chegou a ocupar mais de 30% do mercado interno durante a década de 1970 inteira, e início dos anos 1980. Em seguida ocorreu uma queda e, depois, um desaparecimento abrupto da atividade no início dos anos 1990, com o desgoverno Collor, até ir ressurgindo e começar a ocupar espaço mais significativo neste início de milênio. Chegamos à faixa dos 10% de ocupação, tivemos um pico de 23% em 2003, 15% no ano seguinte e, em 2005, deve ficar mais ou menos nos 10%.

Diante desta possível realidade e sem levar em consideração os anos de 2006 até 2009, o cinema digital é um novo meio de veiculação de peças audiovisuais, que já começa a substituir as salas de projeções tradicionais (em película). Ele veio para facilitar e democratizar em termos produtivos no cinema como conhecemos antigamente, onde os valores dos equipamentos e da finalização eram extremamente impeditivos.  Os impactos na sociedade são cada vez maiores, uma vez que qualquer um pode colocar seu filme na internet e exibi-lo para milhões e milhões de pessoas, através desta importantíssima ferramenta de distribuição digital de conteúdos produzidos por qualquer pessoa de qualquer lugar do mundo.

Portanto, a possibilidade de democratização do fazer audiovisual, pode contribuir para o desenvolvimento e conhecimento identitário das mais diversas comunidades e grupos humanos. A existência de incentivos econômicos suficientes torna-se necessário para convencer os responsáveis pela exploração dos cinemas. As possibilidades de receitas adicionais através de conteúdos alternativos são argumentos favoráveis.

Sérgio Murilo Rodrigues Lopes

Graduado em Jornalismo, pós-graduado em Televisão, Cinema e Mídias Digitais e graduando em Letras/ Português e Literaturas da Língua Portuguesa


Publicado por: Sérgio Murilo Rodrigues Lopes

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