A CONTRIBUIÇÃO DOS ATORES NÃO-ESTATAIS NO DESENVOLVIMENTO GLOBAL – LOCAL: O CASO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS
Compreender os atores não-estatais e sua influência no desenvolvimento global e entender como os movimentos sociais glocais contribuem para o desenvolvimento global-local e analisar a influência do fenômeno da globalização no mundo local.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
RESUMO
A globalização não é um fenômeno tão amplo quanto seus defensores proclamam, as suas contradições não são “global”. Concomitantemente nota-se influência não homogeneizante resistente à ideia de superação local. O presente trabalho tem como objetivo estudar a glocalização, compreender os atores não estatais, dos movimentos sociais glocais. O problema de pesquisa do presente trabalho envolve a tentativa de conectar o tema dos atores não estatais com a análise dos efeitos da globalização nas localidades. Metodologia será pesquisa bibliográfica pelo método dedutivo, principais meios envolverão livros, teses e trabalhos científicos publicitados em periódicos nacionais e internacionais. Palavras chaves: Globalização; glocal; glocalização.
1 INTRODUÇÃO
A globalização não é um fenômeno tão amplo e extenso quanto seus defensores proclamam, isto é, as suas contradições fazem com que ela não seja tão “global” assim. Para BAUMAN (1999, p.9) “a ‘globalização’ está na ordem do dia; uma palavra da moda que se transforma rapidamente em um lema, uma encantação mágica, uma senha capaz de abrir as portas de todos os mistérios presentes e futuros. Para alguns, “globalização” é o que devemos fazer se quisermos ser felizes; para outros, é a causa da nossa infelicidade”. Assim, as expressões derivadas do local têm surgido como reflexo da globalização, que impingiu valores globais ressaltando as distinções culturais.
Embora a “cultura global” esteja recheada de valores homogêneos, os produtos da globalização são absorvidos e interpretados de diferentes maneiras, de acordo com a cultura de cada local. Nesse sentido, observa-se que o global não se contrapõe ao local, mas aquilo que se acostumou a referir como local está essencialmente inserido dentro do global.
A partir daí surge a ideia de “glocalização” que se pretende estudar no presente artigo. Essa junção entre global e local impede que o termo ‘local’ defina exclusivamente certa ideia de identidade, cômoda diante do caos da modernidade. Deste modo, tendo o “local” como agente definidor de sentido para o processo macrossocial, parece praticamente impossível perceber assimetrias constituintes dessa interação entre o ‘local’ e o ‘global’.
O presente trabalho tem como objetivo geral estudar a glocalização a partir da contribuição dos atores não-estatais no desenvolvimento global-local, com ênfase nos movimentos sociais. Objetivamente, busca-se compreender os atores não-estatais e sua influência no desenvolvimento global e entender como os movimentos sociais glocais contribuem para o desenvolvimento global-local e analisar a influência do fenômeno da globalização no mundo local.
É preciso compreender os paradigmas da globalização, em que os atores não-estatais procuram não quebrar a essência do local, respeitando costumes, crenças, cor, religião, dentre outros aspectos, e, ao mesmo tempo, ensejando levar ao conhecimento do mundo sua identidade ao sair do anonimato por meio da cultura, da arte, do conhecimento e de sua própria história.
Dessa forma, o problema de pesquisa do presente trabalho envolve a tentativa de conectar o tema dos atores não estatais com a análise dos efeitos da globalização nas localidades, apurando, no ponto de vista do Direito e das Relações Internacionais, como a sociedade contemporânea tem combinado valores globais com ideias e culturas regionais, e, especificamente no caso dos movimentos sociais glocais, como estes tem servido ao desenvolvimento de suas regiões mediante a propagação de conceitos globais.
No que diz respeito à metodologia adotada, adota-se como técnica a pesquisa bibliográfica pelo método dedutivo, cujos principais meios envolverão livros, teses e trabalhados científicos publicitados em periódicos nacionais. Além disso, a investigação objetiva observar, registrar e analisar os fenômenos sem adentrar no mérito de seu conteúdo.
2 OS ATORES NÃO-ESTATAIS E A GOVERNANÇA NO CENÁRIO INTERNACIONAL
Conforme Oliveira, (2013, p.183) “a palavra ator deriva do latim - actore -significando o agente do ato, aquele que atua, interpreta que se desempenha um papel previamente definido”. Segundo a autora, os atores destacam-se na questão conceitual e seguem um critério de classificação e de tipologia com características “que envolvem a vida dos indivíduos em desconhecidos problemas, cuja dimensão requer soluções globais”.
Pela concepção de Oliveira (2014, p. 96-97), “na atmosfera política globalizada, ator internacional é o agente que atua, influencia e se relaciona mutuamente na dinâmica da sociedade internacional, sejam em ações de cooperação, sejam em ações de conflito, com intuito de cumprir funções e objetivos propostos pelo próprio sistema”.
No cabaré da globalização, o Estado passa por um strip-tease e no final do espetáculo é deixado apenas com as necessidades básicas: seu poder de repressão. Com sua base material destruída, sua soberania e independência anuladas, sua classe política apagada, a nação-estado torna-se um mero serviço de segurança para as mega-empresas (BAUMAN 1999, p.23).
Os atores não-estatais constroem redes e teias de informações que veiculam e realizam interlocuções com outros atores não-estatais contribuindo (ou não) para os problemas sociais, ambientais, culturais que se manifestam na sociedade na dimensão global ou local. Esta complexidade está relacionada à necessidade local buscando trazer nesse meio experiências, atitudes e mudanças, objetivando a quebra de paradigmas e ao mesmo tempo cada ator estatal entenda os anseios do glocal para o global.
Ator internacional pode ser ainda definido por Rodrigues (1994, p.50), como “o conjunto de atores de distinta natureza que compartem um espaço comum (o planeta Terra) e os fluxos que existem entre eles, a gerar fenômenos internacionais, nos campos da política, da economia, da cultura, do meio ambiente etc.”
A partir da emergência do fenômeno da globalização e das inúmeras transformações ocorridas na sociedade internacional nas últimas décadas, estes atores passaram a se manifestar para além das fronteiras nacionais. Pensar que hoje o Estado limita estes atores já é um pensamento ultrapassado. Os atores não- estatais podem ser ONGs, os indivíduos, empresas transacionais, grupos de guerrilheiros (terroristas), movimentos sociais, dentre outros.
Oliveira e Giachin, (2016, p.183) consideram, sobre os atores não-estatais, especificamente as empresas transnacionais, que “nesse seu caminhar veloz e voraz, provocam perturbações que afetam o mercado de trabalho, o fluxo de capitais, o câmbio das moedas, o balanço de pagamentos, também poluindo e destruindo a natureza com suas indústrias de alto risco, desrespeitando princípios dos direitos humanos e, enfim, o bem-estar da própria vida dos indivíduos como um todo”.
Nesse sentido, Dupas (2005, p. 27), indaga sobre quem são os atores do jogo global? De maneira esquemática, é possível agrupá-los em três áreas principais: a área do capital (atores da economia global, incluindo as corporações, sistemas financeiros, associações empresariam acionistas); a área da sociedade civil (indivíduos e organizações sociais não governamentais); e a área do Estado (Executivo, Legislativo, Judiciário, partidos políticos e instituições internacionais).” O autor ainda cita os grupos terroristas que repentinamente adquirem o status de novos atores mundiais, passando a concorrer com o Estado, a economia e a sociedade civil, despontando assim a primeiro monopólio da violência.
Os atores internacionais passaram a influenciar consideravelmente o poder de decisão dos Estados, tanto de forma positiva como de forma negativa, por conta de seu protagonismo no cenário internacional. Dessa forma, diante de tal realidade, é necessário analisar a governança, porque os atores internacionais exercem a governança no cenário internacional, ainda que de forma indireta.
O surgimento de “governança” foi adotada de forma específica no final dos anos 80 (idealizada pelo Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional), sendo que a intenção era de formular princípios e orientar os trabalhos com os países-membros para citar a capacidade exigida de organizações e governos para a gestão adequada do desenvolvimento sustentável, “adotando políticas sociais e ambientais mais rigorosas, e garantindo um papel mais ativo para cidadãos e agentes locais” (GONÇALVES, 2014, p. 84).
O acréscimo da interdependência dos povos (resultado da globalização) deu procedência a diversos problemas que não permaneceram aprisionados as fronteiras dos Estados. Esta interdependência, entre os mais variados atores no cenário internacional tornou-se fonte de conflitos, uma vez que a busca de objetivos por parte de indivíduos pertencentes a um grupo interfere ou impede que outros atinjam as próprias finalidades, mas pode, entretanto, tornar-se a base da cooperação quando surgem oportunidades para aumentar o bem-estar coletivo se forem tomadas medidas de coordenação das ações dos diferentes membros do grupo. Constatada a interdependência entre atores, coordenação e cooperação são elementos-chave para o estabelecimento da governança (GONÇALVES, 2011, p. 47).
No início do século XXI a governança passou a ser uma expressão comum o nas áreas das Ciências Humanas, Sociais Aplicadas e afins, sendo imprescindível para os processos de desenvolvimento tanto econômico quanto social, além de solução para problemas entre Estados e atores não estatais, tendo em vista que
[...] cada vez maior a preocupação em estabelecer formas e mecanismos de gestão compartilhada do poder, de maneira transparente, onde Estados, Organizações Internacionais, empresas multinacionais e organizações da sociedade civil possam ter papel relevante (GONÇALVES, 2014, p. 83).
Os pesquisadores de diferentes áreas de pesquisa colocam uma dinâmica onde são apresentados problemas que fazem parte do dia a dia, que afetam tanto local como global, levando informação e conhecimento de problemas que não são por si só de um individuo e não apenas de um Estado, mas, constituem uma somatória de atitudes políticas e governamentais que refletem na conscientização de todos para impedir que alguns façam tão pouco para o bem estar e cidadania de uma comunidade ou até mesmo do próprio mundo.
A temática da governança baseia-se na “inclusão e participação como guias da interação com os poderes locais instituídos, tanto passivas e responsivas quanto ativas e propositivas, moldando os instrumentos de governança global.” Ou seja, uma “valorização de decisões coletivas inseridas em um processo político por meio da participação popular e administrada com a intenção de mudanças” (LUBAMBO e MACIEL, 2015, p. 141).
No entendimento de Marques, seriam “[...] padrões de relação entre os atores estatais e não estatais, conectados por relações formais e informais, que operam nas fases da produção de políticas de ambientes institucionais específicos e fortemente influenciados pelos legados de políticas” (2015, p. 188).
Olsson também trabalha a ideia de governança, sendo entendida como “um conjunto de atividades orientadas à realização de objetivos políticos, que podem derivar ou não de autoridades formais, [...] destacando-se pela efetividade” (OLSSON, 2007, p. 379).
Diversas são as características que distinguem a realidade de hoje da governança local para a governança global sendo alguma delas: “as economias dos países integradas ao comércio, aos fluxos de capitais, as mudanças tecnológicas e a integração da economia criando redes econômicas e sociais transnacionais de interdependência; e as burocracias tradicionais” (STRECK, 2015, p. 140).
Para o autor a governança global sempre foi vista como a “cooperação entre governos com o objetivo de solucionar problemas”. Mas avaliando estas características hoje se tem “governos competindo com organismos privados por poder, influência e representatividade. Um mundo de crescente interdependência, de liberalização política e econômica cada vez maior e de profundas mudanças tecnológicas” (STRECK, 2015, p. 139).
Streck efatiza que os instrumentos de política internacional os quais existente para atuação nas relações internacionais (tratados, instituições, agências), “têm se mostrado lentos e insatisfatórios, sendo substituídos por redes flexíveis e integradoras como forma de abordar os problemas internacionais com mais rapidez e eficácia” (STRECK, 2015, p. 140).
Observa-se uma realidade em que se estabelece “interdependência altamente complexa entre atores, relações, estruturas, instituições e recursos materiais e ideacionais, interligando poderes expressos ou simbólicos.” E esta interdependência traz consigo “dificuldades para a governança fluir harmoniosamente, devido a um poder que não está instituído a um único sujeito” (OLSSON, 2007, p. 361).
Existe a premissa, no âmbito internacional de que duas correntes apontam soluções para os problemas que a governança global traz consigo, dispondo na primeira corrente, “os problemas resolvidos alterando-se o procedimento político supranacional, mediante a expansão da democracia deliberativa, garantindo assim sua legitimidade.” Já para segunda corrente, a proposta se concretizaria pela “[...] substituição de um ator por outro (a inserção da ‘sociedade civil global’ no lugar do Estado), [...] concebendo um aumento da legitimidade, da responsabilidade e especialmente da efetividade da governança” (OLSSON, 2007, p, 499-503).
Entretanto, com as recentes tendências à governança internacional, o foco muda das “atividades entre governos para as iniciativas multissetoriais, da governança em nível internacional para a governança em vários níveis e de um procedimento em grande parte formal e legalista para uma abordagem mais informal, participativa e integrada” (STRECK, 2015, p. 141).
3 GLOBALIZAÇÃO E GLOCALIZAÇÃO
O conceito de glocalização é altamente contraditório e contestado, porque é usado tanto em teorias de marketing corporativo para descrever o processo de modificar produtos para públicos locais (essencialmente, tornar o global atraente para o local), como na teoria pós-moderna crítica para descrever as representações globais do local (tornar o local atraente para o global). Em contraste com a “glocalização” o termo mais comum “globalização” sugere uma dissociação radical entre o “global” (as multinacionais, o terrorismo internacional, a indústria do entretenimento, a CNN, a Internet) e o “local” (o senso de lugar, de bairro, de cidade, de localidade, de etnicidade e de outras fontes tradicionais de identidade).
Pode-se dizer que a ideia da globalização é antiga no pensamento humano, uma vez que perpassa toda a história da humanidade. Desde que o homem é considerado como tal, encontra-se presente o ímpeto de extrapolar os limites pessoais e territoriais. Nesse sentido, pode-se encontrar resquícios embrionários de tal ânsia desde as grande migrações que aconteceram na pré-história. Naquela época, homens e mulheres, nômades, impulsionados por questões físicas ou até desejosos de encontrar uma vida melhor, saiam em busca de novos horizontes, em outros continentes. (SILVA, 2000, p.24).
O termo “glocalização”, por outro lado, denota uma relação mais dinâmica e de duas vias entre esses dois domínios, principalmente à medida que eles estabelecem contato na Internet e em outros meios de comunicação. Com a invasão das empresas transacionais, que barganham seus investimentos nos países pobres, isenção de tributos e mão de obra barata, países pobres com um número elevado de desempregados acabam sendo o principal alvo dessas empresas, uma vez que há exploração direta da esfera social. Enquanto isso, os setores populares são desafiados a ajustarem-se a uma nova realidade social, econômica, política e cultural, fazendo com que se adquira as dimensões globais. As relações de trabalho, condições de organização, técnica de reinvindicação e horizonte de lutas sociais se lançam em nível planetário. A globalização da questão social complica as intolerâncias e os preconceitos raciais, gêneros religiosos, relativos a línguas e outros, fazendo com que os conflitos se multipliquem com os movimentos migratórios transacionais (SILVA, 2000, p.70-71).
Vivemos uma condição planetária que pontua por intervenções locais e regionais, cujas intensas variações determinam a alternância, mais ainda, a imbricação do local e do global. A sociedade global não se constitui de modo autônomo, independente e alheio à sociedade nacional, uma vez que ela se planta na província, na nação, na região, nas ilhas, nos arquipélagos e continentes, compondo-se com eles em várias modalidades, em diferentes combinações (DOWBOR, 1997, p.33).
Assim surge a “Glocalização”, que passa ser a ponte entre o global e o local, que abrange o conhecimento, as técnicas e a cultura que passa ser conhecida mundialmente, saindo da sociedade local e se espalhando para o global. Embora nem sempre seja fácil datar a origem dos conceitos, é correntemente aceito que a primeira referência ao termo glocalização aparece na década de 1980. Rapidamente adaptado e vulgarizado no mundo dos negócios, o seu significado mais comum refere-se a um produto ou serviço concebido e distribuído globalmente, mas adaptado aos hábitos e costumes locais. O inicio da subsidiariedade coloca em ênfase na necessária cooperação entre os distintos patamares da governança, desde o local até o mundial. Mas a cooperação impõe-se também entre instituições públicas, assim como entre atores públicos e privados. Nos dois casos, essa cooperação implica mudanças conceituais, culturais e, às vezes, institucionais (CALAME, 2003, p. 199). Nesse sentido, Dowbor considera que
No Brasil os efeitos deste processo já podem ser sentidos, De um lado, uma massa cada vez maior de trabalhadores desempregados. De outro, os incluídos parecem fascinados pela sedução/facilidade em consumir mercadorias do mundo todo. A política de estabilização do governo federal, ancorada no câmbio supervalorizado, funciona como um estímulo a mais para o consumo de mercadorias importadas, cada vez mais baratas quando comparadas com as nacionais (DOWBOR, 1997, p.45).
Como exemplo de que empresas globais que tentam se adaptar aos locais, pode-se mencionar o McDonald, que não vende hambúrguer com carne de vaca na Índia, porque tal prática constitui uma afronta à cultura local. Outras empresas como Google, WWW e Yahoo, adaptam seus conteúdos para cada país por onde ela se manifesta, respeitando os bons costumes e as leis. A revolução científica e tecnológica contribuiu para que a globalização se adaptasse à localização onde ela se insere. Pelo contrário, a globalização é considerada como um processo dialético entre o global e o local e a sociedade global como o resultado desse processo. Em verdade, “a globalização diz respeito à intersecção da presença e da ausência, ao entrelaçar de eventos sociais e de relações sociais ‘à distância’ com as contextualidades locais” (GIDDENS, 1994, p 19).
A leitura dos autores de referência sobre as teorias da globalização nega naturalmente as análises na distinção de exclusão espacial. O termo “glocal” constitui uma expressão nova usada para mostrar a superposição de um conceito global a uma realidade local, a partir de um meio de comunicação, prioritariamente (mas não exclusivamente) operando em tempo real. No mundo “glocalizado”, o individuo se enxerga em um contexto simultaneamente local (o espaço físico do acesso, mas também o seu meio cultural) e global (o espaço mediático da tela e da rede, convertido em experiência subordinativa da realidade). Inexistindo o acontecimento da glocalização, apoio comunicacional das trocas em escala global, a queda das fronteiras para a inserção de produtos, serviços, formas políticas e ideias estaria prejudicada ou impossibilitada (COZELATO, 2007, p.49).
É na década de 1980 que se verifica na comunidade cientifica as mudanças sociais sofridas pela globalização, que, mesmo com a ruptura de alguns paradigmas, os grupos locais mantém sua essência. A globalização não significa o fim do local, enquanto realidade social, mas, sim, que a globalização é uma forte e intensa conexão do local e do global, associada a um conjunto profundo de transmutações da vida quotidiana, que afetam as práticas sociais e os modos de comportamento preexistentes (LOURENÇO, 2003, p. 283).
De forma genérica, o mundo está indo para um modelo de Terceiro Mundo por uma política deliberada do Estado e das corporações, com setores de grande riqueza e uma grande massa de miseráveis. Uma grande população desnecessária, desacautelado de todos os direitos, por não contribuir a massificação de geração de lucros, o único valor humano (CHOMSKY, 1999, p. 59).
Assim, realizada a análise do fenômeno da globalização e da glocalização, passa-se a estudar os movimentos sociais e seu papel no cenário contemporâneo.
4 O PAPEL DOS MOVIMENTOS SOCIAIS
As definições de movimento social protagonizam as ações de grupos organizados para a conquista de determinados fins estabelecidos coletivamente. Esses fins surgem de necessidades e olhares específicos de mundo e da sociedade, e focam em mudar ou manter as relações sociais. Esses movimentos são parte que integram fundamentalmente as sociedades, sendo considerados como ações internas aos constantes processos de mudança e conservação dos sistemas e estruturas sociais.
Muitos estudiosos afirmam que a teorização com relação os movimentos sociais é a parte mais difícil, onde se encontram enormes lacunas na produção acadêmica. Enfatiza Melucci, que os movimentos sociais são "parte da realidade social na qual as relações sociais ainda não estão cristalizadas em estruturas, onde a ação é portadora imediata de tessitura relacional da sociedade e do seu sentido" (1994, p.190).
Quer dizer, os movimentos sociais circulam, escorrem e acontecem em ambientes não-consolidados das estruturas e organizações sociais. Geralmente estão questionando estas estruturas e indicando novas maneiras de organização para a sociedade política. Assim se fazem inovadores, como já nos indicava Habermas nos anos 70, e são chamas de indicadores da mudança social. Melucci ainda considera que os movimentos sociais “são uma lente por intermédio da qual problemas mais gerais podem ser abordados, e estudá-los significa questionar a teoria social e tratar questões epistemológicas tais como: o que é a ação social?” (1994, p.190).
Gohn considera que, numa reavaliação de algumas matrizes básicas que dão suporte as formulações teóricas dos novos movimentos sociais, observa-se que a principal novidade está fundada na forma de manifestação desses movimentos. Inúmeros são os exemplos dos quais podem ser destacados na história dos movimentos sociais. Com o advento do cristianismo, como o diz o teólogo argentino Ruben Dri (1996), emerge “o movimento de Jesus”, expressão cristã de uma manifestação social, de cunho ameaçador para o Império Romano e coibido por ele. Esse movimento se transformou pela inclusão na sociedade romana em uma instituição eclesiástica, seguindo o modelo da organização política, centralizada, verticalizada e frequentemente aliada com os poderes de opressão.
Os movimentos sociais se manifestam devido a grande desigualdade social, política e econômica no mundo todo. Para Gohn (1995, p. 44), os movimentos sociais são ações coletivas de caráter sociopolítico, construídas por atores sociais pertencentes a diferentes classes e camadas sociais. Eles politizam suas demandas e criam um campo político de força social na sociedade civil. Suas ações estruturam-se a partir de repertórios criados sobre temas e problemas em situações de conflitos, litígios e disputas. As ações desenvolvem um processo social e político-cultural que cria uma identidade coletiva ao movimento a partir de interesses em comum. Essa identidade decorre da força do princípio da solidariedade e é construída a partir da base referencial de valores culturais e políticos compartilhados pelo grupo.
A força social é alcançada a partir da análise do cenário do processo político mais extenso em que os movimentos sociais se expressam e se desenvolvem pelo exame de suas redes e conjunturas, ou seja, de seus princípios articulatórios internos e externos. Na análise de um movimento, a força social deve ser avaliada em termos de contribuição para o processo de mudança social, sejam avanços ou retrocessos, a partir da participação/contribuição dos repertórios de ações coletivas do movimento ou dos movimentos, nos ciclos de protesto que ocorreram em certos períodos históricos (GOHN, 1997, p. 258).
Decompor a circunstância política e o campo de forças presentes num dado momento histórico significa a análise das propostas e dos projetos dos atores que estão vivenciando certas problemáticas com certa expressividade estão se destacando e não são meros coadjuvantes, mas interlocutores com poder de influência e decisão (GOHN, 1997, p. 258).
O sistema de ideias de um movimento social corresponde ao conjunto de crenças, valores e ideais que baseiam suas reivindicações. As assessorias exercido grande importância na constituição das ideologias dos movimentos sociais no Brasil. Instrumentos lacônicos de desigualdade consolidaram-se em reivindicações de direitos a partir da atuação das assessorias jurídicas ou ético-religiosas, na onda de movimentos sociais populares urbanos que assolaram o país nas décadas de 70 e 80. As ideologias são marcos referencial estratégico fundamental para criar a identidade dos movimentos (GOHN, 1997, p. 253).
Não nos resta a menor dúvida de que, no plano geral, a principal contribuição dos movimentos sociais dos últimos vinte anos foi na reconstrução do processo de democratização, especialmente no caso do Brasil. E não se trata apenas da reconstrução do regime político, da retomada da democracia e do fim do regime militar. Refere-se da reconstrução ou construção de valores democráticos, de novas direções para a cultura do país, do preenchimento de vazios na qualidade da luta pela redemocratização, constituindo-se como agentes interlocutores que discorrem diretamente com a população e com o Estado (GOHN, 1997, p. 253).
Dentre os exemplos mais evidentes de casos concretos envolvendo os movimentos sociais,
Movimento Zapatista
Conforme o professor de história Renier Souza, “A questão social e agrária no México transformou-se em um problema que, ao longo dos anos, arrastou-se em meio a tentativas de transformação e a resposta dos grupos conservadores. Desde as lutas de independência, nenhuma ação política expressiva foi tomada no sentido de melhorar a condição de vida da população. Entre 1910 e 1917, a Revolução Mexicana foi o primeiro grande movimento que lutou em prol das camadas populares e o estabelecimento de uma reforma agrária. No entanto, os líderes revolucionários Emiliano Zapata e Francisco “Pancho” Villa tiveram seu movimento interrompido com uma violenta reação que culminou com o assassinato de Zapata, em 1919.
A revolução zapatista, chegando quando se dogmatizava o fim de toda revolução, desvelou aos olhos do México e aos olhos do mundo um novo antiquíssimo México. País pluriétnicos e pluriculturais, desafio para o México mais oficial ou mais desmemoriado. Desafio também para a maior parte dos países latino-americanos, cuja política indigesta tem sido sempre integracionista e não integradora de alteridades, respeitadas e autônomas. A América, ao longo de sua história com este nome, não tem sabido ser Ameríndia; como não tem sabido ser Afroamérica...(ARELLANO; OLIVEIRA, 2002, p. 68).
Um segundo esboço de transformação foi vivido no governo de Lázaro Cárdenas (1934 – 1940), que tentou aprofundar as reformas agrárias, e nacionalizar o setor industrial e energético do México. Mais uma vez, a articulação política conservadora impediu o prosseguimento de tais mudanças. Os protestos e manifestações populares perderam sua ação mobilizadora frente à dominação massiva das elites junto às instituições governamentais. Na década de 80, no governo de Carlos Salinas, houve uma alteração constitucional que permitia a venda dos ejidos, um tipo de unidade agrícola controlada por pequenos proprietários. Dessa maneira, a exclusão social no campo e nas cidades ganhava contornos cada vez mais injustos. Foi quando, em 1994, um grupo de camponeses organizou um movimento inspirado na antiga luta empreendida pelo líder revolucionário Emiliano Zapata. O chamado Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) formou-se inicialmente da mobilização de camponeses indígenas. Seu grande intuito era colocar em pauta a urgência por transformações que atingissem diretamente as populações empobrecidas do México e promovessem a reforma agrária no país. Liderados pela incógnita figura do Subcomandante Marcos, o movimento ocupou seis cidades da região sul do México. Os revolucionários declararam guerra ao governo e contra as políticas julgadas conservadoras e subservientes aos interesses internacionais.
Ao longo de três anos de delicadas negociações, o Exército conseguiu a adesão de um número cada vez maior de integrantes. No ano de 1997, os zapatistas organizaram uma grande marcha que ocupou a Cidade do México reiterando suas exigências. Com a morosidade das negociações e a resistência do Exército, o governo mexicano decidiu reprimir violentamente os zapatistas. Em dezembro de 1997, um confronto entre as tropas do exército e integrantes do grupo revolucionário resultou na morte de quarenta e cinco membros do EZLN da aldeia de Acteal. Com isso, a questão social do México ganhou espaço na mídia internacional e chamou a atenção do mundo para a crise social e institucional vivida em solo mexicano.”
Outro exemplo que mostra de forma bastante clara o papel dos movimentos sociais na glocalização é o caso da Primavera Árabe.
Gavarello afirma que embora os países que compreendem o Oriente Médio e o Norte Africano sejam países com grande importância econômica para aquelas regiões, a população sempre ficou submetida a uma dependência da economia comum, ou seja, a economia voltada à agricultura. Assim, pode-se observar que a desigualdade social reina nessas regiões, afastando o espírito igualitário (1997, p. 21).
Assim, por se tratar de uma região estratégica, grandes potências, como por exemplo: Estados Unidos, Japão e Alemanha acabaram por se tornar dependentes do fornecimento de petróleo daquelas regiões. Logo, os estudos estratégicos de diplomacia e a tentativa de aproximação se tornaram cada vez mais evidentes.
Segundo ALMEIDA (2002, p. 278), esses países sofrem uma grande influência religiosa e política, sendo que durante muito tempo os Governantes evitaram qualquer tipo de relação capaz de tornar a democracia, um regime oficial. Assim, os Governos influenciavam o povo e a autocracia se fez inabalável durante muito tempo.
Conforme descreve Metidieri (2011, n.p.), a ditadura, marcada pela autocracia, nas regiões compreendidas entre o norte africano e Oriente Médio, tinham Governos que fixavam suas próprias diretrizes, sem que houvesse a participação do povo. Desse modo, o governante tinha ampla liberdade para adotar técnicas para execução de tarefas, da maneira que achasse justo.
A chamada “Revolução de Jasmim”, recebeu esse nome em razão da onda de protestos movidos principalmente pelos jovens tunisianos, que, após assistirem a auto-imolação do jovem Mohames Bouazzi, lançaram nas redes sociais os primeiros passos para o pedido de Democracia, levantando o interesse da maioria do povo (MELLO, 2012, n.p.).
Segundo o que cita MELLO (2012, n.p.), Mohamed Bouazizi, era um jovem licenciado em engenharia, que, para sobreviver, realizava a venda de legumes. Assim, destaca-se, em um primeiro ponto, que muito embora os jovens tivessem acesso aos estudos, não havia naquele país uma valorização, tampouco a permissão para a execução de determinadas atividades, visto que o Governo praticava a ditadura, impondo à população sua forma de governar de maneira cruel, concentrando os recursos econômicos em se favor, não promovendo melhorias e maior qualidade de vida.
Por este viés, cita a autora, que a polícia, por uma questão de ordem imposta pelo ditador Ben Ali, confiscou do jovem os materiais de trabalho (carrinho e balança). Assim, diante do confisco realizado, o que certamente impediria o jovem de trabalhar, indignado pela falta de oportunidades e pela maneira de governar, o tunisiano ateou fogo em seu próprio corpo, em praça pública, como forma de protestar contra as atrocidades cometidas pelo Governo ditador.
Após esse episódio, segundo a autora, desencadeou-se pela Tunísia, uma onda de revoltas que levou a disseminação da indignação sobre a forma de governar, através das redes sociais, meio de comunicação mais utilizado entre os jovens. Assim, indignados com a falta de liberdade e não conformados com a maneira de vida imposta pelo ditador, a população se dirigiu às ruas, disseminando os protestos por vários países.
Segundo Connolly (2013, n.p.), o ato promovido pelo jovem Mohamed, gerou uma grande pressão contra o então presidente Zine al-Abidine Ben Ali, que já estava no poder há mais de 20 anos. Nesse sentido, cita que, após um mês do início dos protestos, que ocorreu em dezembro de 2010, o então ditador, foi deposto, refugiando-se na Arábia Saudita. Em outubro de 2011, a Tunísia lançou suas primeiras eleições democráticas, elegendo como presidente um ativista dos direitos humanos Moncef Marzouki, e dezembro daquele ano. Ainda, no mesmo mês, foi promovida a primeira Constituição Democrática daquele país.
A Primavera Árabe teve seu início com a Revolução de Jasmim em dezembro de 2010, desencadeando uma onda de protestos e revoltas dos civis que já não aprovavam a ditadura aplicada pelos governos árabes, vindo a expandir-se no início do ano de 2011 (PEDROSO, 2013, n.p.).
A revolta emergiu, principalmente, em razão da crise econômica e da falta de democracia naqueles países, vez que a população era submetida às medidas do Governo, o qual não investia em melhorias, provocando o crescimento desordenado do desemprego e elevando os custos de vida. Contudo, insta frisar que embora a Primavera Árabe tenha despertado a atenção mundial, esta teve início com protestos espontâneos. Porém, em alguns países, devido a atuação de tropas dos Governos e dos rebeldes, o conflito tornou-se violento.
Acreditando que com a queda dos governantes lhes seriam garantidos o respeito à dignidade e a ascensão à democracia, a população foi às ruas, adquirindo forças para impor suas vontades e mudar o sistema de governo até então aceito. Assim, com a força e a reinvindicação feita pela população, alguns ditadores deixaram o Poder, após anos no comando naquelas nações (PEDROSO, 2013, n.p.).
Segundo Habibi (2012, n.p.), o Ocidente cresceu os olhos para a produção energética do oriente Médio, que era a principal fonte econômica da região. Assim, estabelece o autor que antes da Primavera Árabe, o Oriente Médio tinha uma relação estratégica com o Ocidente, cujo objetivo consistia em garantir o crescimento econômico em prol dos Governos e se tornar aliados nos interesses internacionais.
No caso da Líbia, a revolta acabou gerando uma guerra civil que durou por cerca de 8 meses. Com o propósito de retirar o Poder do então ditador Muamar Gadaffi, que governava o país há 42 anos, a população saiu às ruas. Porém, determinado a não deixar o Poder, o então ditador, ainda continuava com o propósito de proteger seu regime opressivo. Então, iniciou de forma violenta a repreensão das manifestações, motivo que levou à morte de milhares de civis, iniciando-se a guerra civil. A autuação do ditador foi tão violenta, que a comunidade internacional reprovou a sua atuação. Assim, a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), não encontrou outra alternativa, senão intervir. Com essa intervenção, os rebeldes passaram a conquistar o espaço, capturando os chefes apoiadores do regime autocrático, além do próprio ditador, que foi morto em 2011.
Dessa forma, resta evidente como os movimentos sociais citados acima se fizeram glocais, partindo do global e atingindo a sociedade internacional impulsionando a sua intervenção.
5 CONCLUSÃO
A conclusão, embora provisória, identifica que a glocalização pode ser verificada nas estratégias das empresas que almejam expandir mercados combinando valores globais com os interesses dos lugares, como quando as corporações transnacionais criam produtos com configurações específicas para mercados predeterminados (como a cerveja, a camiseta e os alimentos com embalagens para torcedores da Chapecoense, do Grêmio ou do Flamengo). Em outros termos, a “glocalização” é um conceito que se contrapõe à metáfora de “macdonaldização do mundo”, e sugere uma globalização com fronteiras, isto é, um fenômeno que se ajusta aos costumes locais ao invés de suprimi-los. Os ideais, valores são disseminados pelo mundo, o que nos guia ideologicamente, economicamente, politicamente e socialmente são distintos, é neste sentido que vemos o equilíbrio do sistema internacional alterado, o protecionismo de mercado e isolamento econômico, as ideologias políticas já não responde às novas dinâmicas das relações internacionais, a globalização veio perturbar o sistema instalado e impor novas diretrizes que baseiam se em valores comuns e universais nos direitos do individuo e na interdependência econômica.
Desta forma, a glocalização representa as consequências tangíveis ou intangíveis da globalização (o surgimento das culturas, comunidades e identidades, híbridas e heterogêneas). Na redoma dos negócios, pode representar a orientação local dos produtos criados do marketing global, tendo a projeção de atenção às tradições e características socioculturais locais. Na arquitetura pós-moderna, pode incluir abordagens “orgânicas” à construção de novos edifícios (ou seja, sensibilizar-se para com as características históricas e ambientais locais). Quanto ao contexto do turismo global, os turistas internacionais são introduzidos aos ambientes locais e respectivas comunidades, dando azo à troca entre culturas. Por vezes, o turismo fortalece a importância da preservação das identidades locais.
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Publicado por: JULIA MARTA ZAMARCHI BERTUNCELLO
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