A IMPORTÂNCIA DO ARQUITETO HENRIQUE EPHIM MINDLIN NA ARQUITETURA MODERNA BRASILEIRA
A história do paulistano Henrique Ephim Mindlin, um pioneiro na arquitetura moderna do século XX, o desenvolvimento de seu trabalho e qual sua contribuição para o crescimento e reconhecimento da arquitetura moderna no Brasil.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
RESUMO
Abordaremos a história do paulistano Henrique Ephim Mindlin, que foi um grande arquiteto modernista do século XX. Sua contribuição na evolução da arquitetura moderna, suas dificuldades, criticas e aceitação na sociedade brasileira, que impactou os indivíduos de forma revolucionária. Utilizando metodologia bibliográfica, retomando informações convenientes sobre a trajetória do arquiteto e do novo estilo arquitetônico no Brasil. Conciliando o tema à pergunta sobre a relevância do arquiteto Henrique Mindlin e qual a sua cooperação para o crescimento e reconhecimento da arquitetura moderna no Brasil.
ABSTRACT:
We will cover the history of São Paulo Henrique Ephim Mindlin , who was a great modernist architect of the twentieth century. His contribution in the evolution of modern architecture , its difficulties, criticism and acceptance in Brazilian society, which impacted individuals in a revolutionary way . Using literature methodology , resuming convenient information about the trajectory of the architect and the new architectural style in Brazil. Reconciling the theme the question of the relevance of the architect Henrique Mindlin and what their cooperation for growth and recognition of modern architecture in Brazil.
PALAVRAS-CHAVE: Arquitetura. Modernismo Brasileiro. Henrique Mindlin.
INTRODUÇÃO:
Nascido em 1911 na cidade de São Paulo, Henrique Ephim Mindlin foi arquiteto, urbanista, professor e historiador da arquitetura. Formou-se arquiteto engenheiro pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e manteve um escritório de arquitetura em São Paulo. Em 1942, após vencer um concurso para a nova sede do Ministério das Relações Exteriores, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde abriu um escritório e trabalhou até sua morte (1971), como não teve filhos, deixou sua herança ao seu sócio Walmyr Lima Amaral, onde exerce o cargo de sócio conselheiro até os dias de hoje. Esta pesquisa foi realizada por meio da metodologia bibliográfica para compreender e investigar sobre a vida do arquiteto Henrique Mindlin, a qual foi tão importante para a arquitetura moderna brasileira, onde teve difícil aceitação em nosso país, mas com projetos modelo e arquitetos comprometidos a demonstrar o novo estilo arquitetônico, obteve sucesso, tendo renome mundial nos dias atuais.
A HISTÓRIA DA ARQUITETURA MODERNA NO BRASIL
De acordo com Hugo Segawa, na década de 1910, São Paulo já era uma grande metrópole brasileira, onde a indústria do café predominava. O marco inicial para o modernismo foi a exposição de arte de Anita Malfatti em São Paulo, que mostrou o seu desenvolvimento do aprendizado americano e alemão, trazendo grande contendas na arte popular, pois não tinha nenhuma relação com o academismo, e o naturalismo vigente chamou a atenção dos jovens intelectuais que se solidarizavam com a pintora. Essa mudança trouxe contenda para toda a arte, tanto como a pintura, como a literatura e a arquitetura, tendo como foco renovar a cultura geral do ambiente vivido, alimentado pela vanguarda europeia, sem ligar-se a uma corrente literária ou pictórica.
A arquitetura modernista tem como âmbito o conceito de moderno como uma variação de ecletismo, o neocolonial não acompanhava com o mesmo vigor de debate literário ou pictórico: durante a semana da arte moderna a arquitetura não teve nenhum trabalho em equipe ou construída, apenas desenhos, fazendo assim antipatia entre eles. A introdução da problemática do nacionalismo como vetor da modernidade tornava mais evidente o descompasso da arquitetura com a vanguarda literária modernista. O poder de persuasão das palavras confrontava-se com a imaterialidade do argumento arquitetônico: a inexistência da obra moderna construída condenava a intenção arquitetônica ao limbo da utopia.
Em 1925, dois artigos na grande imprensa registravam os primeiros discursos de fundo moderno publicado no Brasil. O primeiro deles, publicado no jornal “O Estado de São Paulo”, era uma carta do jovem brasileiro Rino Levi enviada de Roma (onde cursava a Real Escola Superior de Arquitetura), intitulada “A Arquitetura e a Estética das Cidades”. Na carta Levi fazia uma apologia da realidade moderna chamando a atenção para os novos materiais e “aos grandes progressos conseguidos nestes últimos anos na técnica da construção e, sobretudo ao novo espírito que reina em contraposição ao neoclássico, frio e insípido”. Clamava ele pela praticidade e economia, arquitetura de volumes, linhas simples, poucos elementos decorativos, mas sinceros e bem em destaque, nada de mascarar a estrutura dos edifícios para conseguir efeitos que no mais das vezes são desproporcionados ao fim, e que constituem sempre uma coisa falsa e artificial. “O modernismo passa de uma cultura nacional: a qualidade da obra de arte não reside mais no seu caráter de renovação formal. Ela deve antes refletir o país em que foi criado.” (Moraes 1978, p.49, passim).
De acordo com Hugo Segawa, ainda em 1925, o jornal carioca “Correio da Manhã” publicava o artigo “Acerca da Arquitetura Moderna” do arquiteto russo emigrado para o Brasil, Gregori Warchavchik. O texto era um elogio da racionalidade da máquina, do “princípio da economia e comodidade” e da negação do uso dos estilos do passado, salvo no que eles contribuam pelo desenvolvimento de um “sentimento estético”, era a apologia da indústria. No entanto, a modernidade de inspiração europeia preconizada pelo arquiteto russo era apenas uma vertente entre tantas outras que se formularam no pós-primeira guerra. Modernidades que caracterizavam as incertezas de uma sociedade instável, recém-saída de uma conflagração da qual emergiram realidades díspares. Essa ambiguidade alimentou os sonhos da sociedade francesa do pós-guerra, assim como alimentou os sonhos da afluente sociedade estadunidense. Os artifícios decorativos embalaram as aspirações dessas pessoas simbolizando o lado próspero da cultura europeia. A esses artifícios, décadas depois, convencionou-se chamar Art Déco.
A modernidade de vanguarda nutriu a difusa perspectiva Art Déco, e essa diluição é o ponto de antagonismo entre as vanguardas e o Déco, aqueles foram todos manifestos contrários ao otimismo e à frivolidade Déco, nascidos em contexto histórico convulsivos, com assumido engajamento ideológico e social. Funcionalismo, utilitarismo, estandardização, foram palavras de ordem numa formulação de modernidade engajada. O Brasil não deixou de sentir a voga modernizadora europeia dos anos 1920 e 1930.
Ano de 1922: centenário da independência, Semana de Arte Moderna. No marcante ano de 1922, um edifício recém-inaugurado angariava repercussão regional, nem tanto pela sua arquitetura, mas por se tratar da mais luxuosa casa de diversão da cidade. Era o Cassino e Teatro Parque Balneário na cidade de Santos/SP. O Cassino/Teatro era uma obra de arquitetura destoante no meio: formalmente se filiava à produção anterior a 1920 de arquitetos ligados a Peter Behrens, Walter Gropius e Adolf Meyer.
Para efeitos práticos, Segawa, considera o Art Déco no Brasil como uma manifestação essencialmente decorativa que propriamente construtiva, embora em certas situações as fronteiras entre a decoração e a tectônica sejam tênues. Se o Art Déco se consagrou numa grande exposição, certo caráter fugaz que permeou a voga Déco pode ser reforçado pela realização de grandes exposições transitórias com o predomínio de pavilhões desenhados a gosto. A VII Feira Internacional de Amostras de 1934, realizada no Rio de Janeiro era uma vitrine da produção industrial e agrícola brasileira abrigada em edifícios de traços Déco. Alguns outros pavilhões foram montados no Brasil, nesta época. No Rio Grande do Sul (Parque Farroupilha, com desenho de Alfred Agache), em Pernambuco (projetado por Luis Nunes), entre outros. O caráter efêmero dessas obras conduzia a opções simples de construção e Déco.
Prado (1932, p.351-356) entende que:
Se a arquitetura moderna, produto da grande indústria, degenerou e deu como resultado fantasias e receitas, proletariado, também produto da grande indústria, mas menos maleável, seguirá caminho diverso e dele resultará a revolução. Só então encontrará a arquitetura moderna em campo aberto para se desenvolver.
Não lhe faltam informações, pesquisas, dados relevantes organizados de maneira a dar ao leitor uma visão ampla e genérica da arquitetura brasileira de quase todo este século, tarefa grande que o autor não pretende esgotar. É crítico, porém, na medida em que recorta e seleciona, analisa e valoriza, dando maior ou menor destaque a alguns eventos, obras ou tendências que o autor considera, e por isso as seleciona, como de relevância e transcendência maior. E, principalmente, porque se recusa a uma visão totalizadora, unívoca e triunfal desse panorama da arquitetura brasileira.
BIOGRAFIA: ARQUITETO HENRIQUE MINDLIN
Segundo Celia Ballario Yoshida, Henrique Ephim Mindlin foi um arquiteto modernista do século XX que teve uma grande contribuição na evolução da arquitetura moderna. Nascido em 1911 na cidade de São Paulo, além de arquiteto Henrique foi também professor e historiador da arquitetura. Mindlin formou-se engenheiro-arquiteto no ano de 1932 pela Escola de Engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, na cidade de São Paulo, e desde então, manteve um escritório de arquitetura na cidade até o ano de 1941.
Em 1942, venceu o concurso para a nova sede do Ministério das Relações Exteriores, que não foi construído, e após transfereriu-se definitivamente para para o Rio de Janeiro e assumiu o cargo de assistente especial de coordenador mobilização econômica da Secretaria de Mobilização dos Trabalhadores da Amazônica e Relações com Entidades Americanas.
O cargo o colocou em contato com entidades norte-americanas interessadas em estreitar os laços com o Brasil durante a Segunda Guerra Mundial que ocorreu entre 1939 a 1945, como o Inter-American Committee State Department, que o convida, em 1943, para ser consultor do National Housing Agency. Depois, Mindlin viajou para os Estados Unidos, onde estudou urbanismo e habitação popular, e retorna ao Brasil em 1944. No ano seguinte, abre um escritório de arquitetura no Rio de Janeiro.
Em 1955, Henrique assumiu o cargo de relator da Subcomissão de Habitação do Conselho Federal do Comércio Exterior e fundou o escritório Henrique E. Mindlin, Giancarlo Palanti Arquitetos Associados, reformulado em 1964, com a incorporação na sociedade dos arquitetos Walmyr Lima Amaral, Marc Demetre Fondoukas e Walter Lawson Morrison. Tornou-se consultor da Assembleia Constituinte para a Subcomissão de Estudos do Problema da Habitação, em 1957. Entre 1964 e 1966, instalou-se em Portugal para desenvolver o projeto de urbanização e construção da Península de Troia. Desfaz a sociedade com Giancarlo Palanti em 1966.
De acordo com Celia Ballario Yoshida, as atividades do escritório do arquiteto contribuiram com a revista Acrópole, e publicaram artigos e livros sobre arquitetura e urbanismo, dos quais se destacaram o Modern Architecture in Brazil, 1956, publicado originalmente em inglês e alemão, sendo traduzido para o francês, em 1957, e para o português, em 2000, e o Brazilian Architecture.
Além disso, Mindlin assumiu o cargo de diretor secretário do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, MAM/RJ em 1956, e de titular da Academia Brasileira de Arte, em 1968.
Foi também professor na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro - FAU/UFRJ, onde recebeu o título de livre-docente da cadeira de grandes composições de arquitetura, em 1962, com a tese Prumadas de Circulação em Edifícios Altos, e, em 1969, de catedrático da mesma disciplina com a tese O Grande Hotel, Notas sobre a Evolução de um Programa. No Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), foi membro do conselho diretor, 1944 a 1946 e 1957, conselheiro da revista Arquitetura, em 1961, e presidente do departamento carioca na década de 1970.
ARQUITETO HENRIQUE MINDLIN: UM PIONEIRO DA ARQUITETURA MODERNA BRASILEIRA
Segundo Hugo Segawa, Henrique Mindlin sempre esteve a favor do modernismo no Brasil, foi um dos arquitetos pioneiros do novo estilo arquitetônico no país. Em agosto de 1945 Mindlin retornou onde se formou arquiteto-engenheiro, na Escola de Engenharia Mackenzie em São Paulo, onde palestrou sobre a importância e a autonomia dessa nova arquitetura em desenvolvimento:
De acordo com Henrique Mindlin (1975, p.172):
O roteiro da nova arquitetura no Brasil já se acha traçado. Como nos outros países, onde o trabalho dos bons arquitetos, evoluindo do estrito funcionalismo de vinte anos atrás, se caracteriza hoje por um regionalismo sadio, assim também entre nós os arquitetos emancipados estão criando uma nova visão, uma nova linguagem arquitetural. Não se trata de estreito nacionalismo, e sim de uma adaptação profunda a terra e ao meio. Dentro da mais completa identificação com o espirito da época, sobre a base larga de liberdade espiritual, que é uma tradição da nossa cultura, ao sopro de um lirismo que é o reflexo da alma coletiva, os novos arquitetos do Brasil estão criando a arquitetura do sol. Do sol, porque foi no estudo do fato primário da luz no controle da insolação, que se assentaram as primeiras realizações concretas da nossa arquitetura. Foi assim que nasceram a ABI, o Ministério da Educação, a Estação de Hidros e tantas outras obras que a crítica internacional consagrou como a escola brasileira. Foi de corajosa aplicação de um ponto de vista intransigentemente orgânico aos nossos problemas locais, que surgiram esses edifícios cheios de luz e ar apontados em todos os países como exemplo aos arquitetos de hoje. Esse prestígio de que se dourou a cultura brasileira, pelo consenso internacional de que tais obras constituem atualmente a mais importante contribuição do Brasil ao patrimônio da cultura universal, esse reconhecimento geral de que a nossa nova arquitetura interessa ao mundo inteiro, devem servir, ao menos para apontar o caminho a quem queira estudar arquitetura.
De acordo com Hugo Segawa, além da arquitetura, a arte e a música também se destacaram neste período, como o pintor Cândido Portinari e o músico Heitor Villa-Lobos (1887-1959). Portinari colaborou com os arquitetos brasileiros nos painéis do edifício do Ministério da Educação e Saúde (1945) e no edifício-sede da ONU em Nova York (1957). Com a criação do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ) e o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP) em 1948, surgiram diversas bienais. Nesse mesmo ano, o arquiteto Henrique Mindlin organizou no salão do pioneiro edifício do Ministério da Educação e Saúde, uma exposição do pintor Alexandre Calder (1898-1976), anos depois a exposição do arquiteto suíço Max Bill (1908-1996) no MASP, onde influenciou toda uma geração de jovens artistas brasileiros.
O ponto de vista internacional sobre a arquitetura moderna no Brasil foi bastante relativo, onde publicavam diversos artigos sobre temas brasileiros, autores que se destacaram foram Giulio Carlo Argan, Walter Gropius, Max Bill, entre outros, notando que alguns elogiavam o novo estilo arquitetônico brasileiro em seus artigos, como os três artigos de Arthur J. Boase, publicados em Engineering News Record em 1944-1945. O que lhes chamavam a atenção sobre a arquitetura moderna no Brasil era a singularidade do cálculo estrutural em concreto no Brasil, como por exemplo, no edifício do Ministério da Educação e Saúde.
Houve dois livros bastante marcantes sobre a arquitetura moderna no Brasil, um deles foi o Brazil Builds de 1943, onde foi considerado o primeiro livro internacional sobre o assunto. O outro livro foi o de Henrique Mindlin, Modern Architecture in Brazil de 1956, a qual se tornou a mais difundida obra sobre o conjunto da produção brasileira depois de Brazil Builds.
Dizia Hugo Swgawa que, a opinião estrangeira sobre a arquitetura moderna no Brasil foi bastante crítica, onde o arquiteto Max Bill criticava a sede do Ministério da Educação e da Saúde dizendo que lhes faltavam proporção humana, mas o arquiteto brasileiro Lucio Costa contestava esclarecendo e dizia que o conjunto de edificações eram programadas para uma burguesia capitalista, devido a isso os edifícios eram altos, feito arranha-céus, para atender o máximo de pessoas em um único lugar, gerando economia.
A arquitetura moderna brasileira, devido a diversos tipos de concepções, ao longo dos anos foi adquirindo cores próprias sem se apoiar em uma tradição local, se tornou bastante eclética nas três primeiras décadas do século XX, mas sempre buscando referencias nas identidades arquitetônicas do passado. Gerando desafio para aqueles que queiram buscar criação e originalidade pertinentes à contemporaneidade, mesmo enfrentando a incoerência politica e social do país.
Apesar das críticas, os arquitetos brasileiros sabiam que a arquitetura moderna brasileira estava em crescimento e havia muito que melhorar. Como em 1945 dizia o discurso enaltecedor sobre o reconhecimento da arquitetura moderna no Brasil do arquiteto Henrique Mindlin.
Hugo Segawa (1975, p.172) entende que segundo Henrique Mindlin:
Entretanto, falta-nos ainda muita coisa. Falta-nos a visão concreta, realizada na prática, dos grandes problemas sociais da coletividade. Faltam-nos habitações populares, faltam-nos escolas, hospitais, locais decentes de trabalho. Faltam-nos, sobretudo, um urbanismo de sentido social, um urbanismo voltado para as necessidades do povo, da massa trabalhadora e não para as conveniências de alguns milhares de automóveis. Suprir essas faltas, equipar o Brasil de amanhã, será um trabalho gigantesco, uma tarefa para a qual todos os arquitetos do país serão poucos. Por isso poderá ser também, se souberem se integrar no espírito do nosso tempo, como homens e como cidadãos, a tarefa principal dos moços que têm a sorte e o privilégio de estudar arquitetura.
Habitar o moderno não foi tarefa fácil, pois o novo estilo arquitetônico brasileiro estava em “teste”, com o crescimento populacional e as necessidades dos cidadãos aparentes, os arquitetos poderiam ver o que a sociedade brasileira capitalista precisava para assim favorece-los. Os arquitetos brasileiros pioneiros notaram que o Brasil precisava de habitações populares de baixo custo, sendo assim deram prioridades para habitações coletivas, como as casas geminadas, utilizando materiais pré-fabricados, a utilização de pilotis, para integrar de melhor forma a sociedade e a natureza, além de apartamentos duplex. Mas o desenvolvimento desse projeto de habitação popular não foi rápido o bastante, pois pessoas de baixa renda por não ter onde morar, e seus custos não atingirem habitações da época, acabou gerando cortiços em morros, em crescimento decorrente, que hoje chamamos de favelas. Nos dias atuais, diversos arquitetos continuam lutando para reorganizar o urbanismo do Brasil, com a nova solução que é a sustentabilidade, com o intuito de corrigir os erros ocasionados no início da urbanização brasileira e proporcionar melhoria de vida aos cidadãos do país.
CONCLUSÃO
O arquiteto Henrique Mindlin foi destaque na arquitetura moderna do país, reconhecido mundialmente. Escreveu livros em diversas línguas, de conteúdo pertinente a arquitetura moderna no Brasil. Participou da semana de arte moderna junto com grandes nomes da arquitetura e teve extrema relevância no mundo arquitetônico moderno. Foi um dos pioneiros a se aventurar com o novo estilo arquitetônico modernista no Brasil, trazendo desafios e linguagens diferenciadas de arquitetura a qual vivenciou no exterior, rebatendo críticas e argumentos, mostrando profissionalismo e incentivando jovens da geração. Resultando que, o arquiteto paulistano Henrique Mindlin foi um dos principais pioneiros do novo estilo arquitetônico brasileiro, devido as suas grandes composições e profissionalismo rigorosamente exemplar.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
SEGAWA, Hugo. Arquiteturas no Brasil. 1900-1990. 3º ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2010.
YOSHIDA, Celia Ballario. Henrique Ephim Mindlin: o homem e o arquiteto. São Paulo: Instituto Roberto Simonsen, 1975. 225 p. il p&b.
Publicado por: Michelly Rosado Prodocimo
O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.