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Marketing: a influência da ética e da responsabilidade social no planejamento estratégico

O departamento de marketing, que estuda o mercado e observa a persona, deve compreender a análise de todos os tipos de gêneros sociais para conseguir eficiência e eficácia em campanhas. Entende-se que o uso da ética e os ideais comerciais andam de mãos dadas com a moral e pluralidade social, dessa união e do perfil social adotado pela intuição, pode-se agir positivamente na observação de feedbacks e captação de novos leads.

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RESUMO

Este trabalho é uma reflexão da forma como a sociedade impacta diretamente no trabalho do profissional de marketing, que é diretamente ligado à imagem que a empresa precisa ter frente a uma sociedade mais crítica, influenciada diretamente por valores sociais inerentes. Neste contexto, a responsabilidade social tem exercido impactos diretos nos resultados sejam econômicos ou sociais, pois somados com os valores da empresa e ao Marketing, a imagem da empresa pode influenciar diretamente no impacto do mercado. Portando trata-se de um estudo de cunho social e econômico, que traz consigo reflexos dos procedimentos adotados na atualidade observando o cenário do mercado brasileiro e mundial em reflexo da necessidade de uma comunicação permeando a moral ética das empresas.

Palavras chave: Responsabilidade social, Marketing, Cultura, Sustentabilidade.

INTRODUÇÃO

A responsabilidade social e a ética empresarial compõem um cenário singular de caráter exclusivo onde a influência de fatores sociais e culturais impactam diretamente nas campanhas promulgadas pelos profissionais de marketing diretamente ligados à comunicação social empresarial e a influência de seus trabalhos referentes a um mercado cada vez mais crítico e exigente. Os agentes atuantes deste mesmo mercado, estão diretamente ligados a forma como a sociedade se comporta e se comportará, entendendo que as informações atualmente são de rápida disseminação devido a resposta do público online e forma como as pluralidades culturais geram impactos diretos no posicionamento empresarial. Com isso, entendemos como a impacto direto da imagem da empresa pode influenciar em respostas sociais, posicionamento cultural e até mesmo influencias em novas viragens gerando assim uma responsabilidade social além da sustentabilidade passando pelo fator humano e refletindo diretamente no contexto atual de outras empresas, governos e demais instituições.

O marketing e a sociedade

Dentro dos moldes atuais observando pelo ponto de vista da sociedade moderna, Responsabilidade Social é de fato um grande desafio conceituar, pois esta é uma variável constantemente mutável de acordo com a evolução da sociedade e não há uma forma única e padrão para este conceito.

Porém, segundo CHIAVENATO (2006), “Responsabilidade social é o grau de obrigações que uma organização assume através de ações que protejam e melhoram o bem-estar da sociedade à medida que procura atingir seus próprios interesses.” Portanto, compreendemos que Responsabilidade Social projeta, através das ações das organizações, o melhoramento do bem-estar social da região onde a empresa está inserida. E percebemos com isso a obrigatoriedade da empresa em se posicionar em caráter social, para que a sociedade cresça juntamente com a empresa de forma homogênea e particular.

Esse tipo de posicionamento traz para dentro da realidade da empresa o contexto social da região onde a mesma está inserida, com isso, a ética e a transparência na gestão se tornam fatores imprescindíveis para que, através deste conceito, a empresa mantenha um bom relacionamento com a sociedade compondo, portanto, o bom uso do crossmídia e transmídia na comunicação integrada de marketing da empresa fazendo com que a comunidade participe e interaja com os seus canais de comunicação.

Observando as viragens da sociedade no decorrer das décadas, a latência dos contextos culturais e as mudanças das percepções psicográficas vemos como a sensibilidade dos agentes atuantes frente a diversas vertentes sociais, percebemos o quão sensível precisa ser os passos no desenvolvimento de campanhas de marketing e como a resposta da sociedade interpela prontamente no resultando destas campanhas. Com isso, o departamento comercial e de marketing, responsável por estudar o mercado e observar a persona, precisa compreender a analisar todos os tipos de gêneros sociais para que através de suas ações possam conseguir a eficiência e eficácia de suas campanhas. Para tanto, entende-se que o uso da ética e os ideais comerciais precisam andar de mãos dadas com a moral e pluralidade social entendendo que através desta união e do perfil social adotada pela intuição possam, de maneira direta, agir positivamente na observação de feedbacks e captação de novos leads.

A responsabilidade social em cadeia

As ações das empresas dentro do perfil social refletem diretamente na sua relação interna e externa. Quando as campanhas se tornam efetivas havendo assim a ação de compra do produto ou contrato do serviço, a imagem da empresa está intimamente ligada com a segurança transmitida pela mesma. Seus valores são reconhecidos por seu público e através desta percepção, estreita-se o relacionamento e esses valores passam a ser agregados. Portanto, para que haja verdade em suas ações, é preciso um crivo mais rigoroso no relacionamento da empresa em tudo que advém tanto dos colaboradores, como parceiros, fornecedores envolvendo toda a cadeira produtiva.

A primeira responsabilidade do marketing para com a sociedade é fazer com que a vida, a liberdade e a felicidade geral avancem através da criação de mercados, inovações de produtos e inovações de comércio que aumentem a eficiência e eficácia do processo econômico. Em resumo, a primeira responsabilidade do marketing é continuar aprendendo a fazer o seu trabalho mais eficiente e eficazmente (DICKSON, 2001, p. 50). 

Segundo o Instituto Ethos, Responsabilidade Social Empresarial divide-se em sete temas: Valores e Transparência, Público Interno, Meio Ambiente, Fornecedores, Consumidores e Clientes, Comunidade, Governo e Sociedade. Por razões didáticas, estes temas são denominados como "Sete Diretrizes".

Como vemos, os profissionais de marketing precisam alinhar as ações em paralelo aos interesses da sociedade em geral e principalmente ao nicho específico ao qual a persona esteja inserida. A forma como tais campanhas podem impactar a sociedade gera, de forma geral, um senso de responsabilidade singular, pois como as viragens da sociedade acontecem constantemente, e com a rápida disseminação das informações pelos canais de comunicação digitais, a forma como as empresas se colocam no mercado.

Para Kotler e Keller (2006) os profissionais de marketing devem ser suscetíveis aos apelos da sociedade por empresas idôneas e responsáveis, e Bowditch e Buono (2004) consideram que a  ideia da ética comercial se concentra na avaliação sistemática, orientada por valores, que a gerência faz do significado moral dos atos pessoais e da organização, e das respectivas consequências para pessoas e a sociedade em geral (BOWDITCH e BUONO, 2004 p. 3). Essas consequências podem causar espanto, estranheza ou serem absorvidas pelo meio e até mesmo viralizar tornando-se uma verdade latente àquela época

Marketing, responsabilidade social e Fake News

Os profissionais de marketing são inteiramente responsáveis quanto aos impactos que as campanhas causarão diante da sociedade. Sendo assim, a moral e a ética precisam caminhar juntos para que se possa contribuir com um direcionamento consciente da composição do mercado.

A responsabilidade social empresarial leva as empresas a um patamar de importância além da sustentabilidade e dos impactos ambientais, pois a forma como se posicionam ditam como a sociedade irá se portar frente às novas tecnologias e inovações. No decorrer das décadas vimos uma cobrança constante e iminente quanto aos impactos que as empresas causam no meio ambiente, nos contextos culturais e até mesmo familiares, hoje observamos como os impactos sociais afetam diretamente o posicionamento dos agentes influenciadores dentro dos seus contextos sociais, seja em caráter único dentro de pequenos grupos, ou até mesmo em escala massiva dependendo do nível de influência de determinados indivíduos considerando que literalmente, nos dias atuais, em reflexo da influência das redes sociais, existem inúmeros “ilustres desconhecidos” observando a quantidade estrondosa de youtubers, influencers e artistas online que possuem números estrondosos de seguidores onde seu posicionamento podem gerar impactos diretos até mesmo na economia de determinadas empresas com tivemos o caso da Kylie Jenner, irmã de Kim Kardashian, que ao tuítar sobre o Snapchat no início de 2018, fez a empresa perder US$ 1,3 bi.

Com isso, vemos como posicionamento age diretamente na opinião pública e como a disseminação de Fake News podem atribular os meios de comunicação, pois é fato que as redes sociais abriram uma grande vertente de compartilhamento de notícias e informações, porém, as mesmas, para atuarem de maneira eficaz na internet, são escritas de maneira objetiva, curtas, assim abrem grandes possibilidade de interpretações, ou até mesmo têm origem duvidosa e por mais que a grande rede seja uma grande fonte de pesquisa e há diversos canais comprobatórios para se saber se determinadas notícias são falsas ou não, o usuário, na maioria das vezes, compartilha de forma eminente sem ao menos conferir se a origem na notícia é verdadeira ou não.

Esse tipo de impacto traz para nossa sociedade um alerta de como os responsáveis pela comunicação empresarial precisam se atentar ao posicionamento de suas campanhas e a forma como ela vai se portar frente aos resultados junto a sociedade tendo em vista que o posicionamento das empresas impacta diretamente no fluxo de suas campanhas e consequentemente no resultando de suas vendas.  

Conclusão

Com isso, vemos como que a influência do marketing pode gerar impactos diretos no direcionamento social. A responsabilidade social nos dias atuais vai além de simplesmente falar de sustentabilidade e nos remete a considerar uma nova variável frente ao resultado esperado pelas empresas, que é justamente a forma como a sociedade absorve as campanhas publicitárias e como estas ditam a maneira de como esta mesma sociedade será impactada e responderá a ela. Conclui-se, portanto, que, para uma sociedade mais consciente, a ética, a moral e os valores da empresa precisam estar alinhados às suas ações considerando a forma como a comunicação vai ditar o seu posicionamento e assim influenciar diretamente o seu público.

Com o alto índice de pessoas escolarizadas, a velocidade de disseminação e grande capacidade de acesso às informações e notícias, a capacidade de organização da sociedade em geral, a escassez de recursos naturais são alguns dos motivos que incentivam as empresas a buscarem maneiras de fundamentalizar e estreitar seu relacionamento individual com seu público, estreitando assim a sua interação direta. Essa adaptação, com princípio de bases sociais, não só cumpre suas obrigações legais, como permite que, através de relações próximas, possam também credibilizar parceiros e fornecedores que seguem a mesma linha de ação.

Quem aposta em responsabilidade social e comunicação empresarial consciente passa a ser mais atuante socialmente e ganha mais visibilidade comercial, sendo mais considerada diante dos demais empresários e empreendedores gerando uma identidade singular, pessoal e íntima com o público. Esta responsabilidade alerta os profissionais de marketing devido ao fato de que, no geral, a sociedade se torna ainda mais consciente e a maneira em que a instituição se coloca pode gerar um posicionamento positivo ou negativo e esta é uma variável considerável e impactante para o resultado da empresa.

Bibliografia

IDALBERTO, Chiavenato. Administração dos novos tempos. Rio de Janeiro: Campos, 1999. p. 226.

DICKSON, Peter R. Ambiente de Marketing e Responsabilidade Social In_ Marketing: as melhores práticas, Czinkota, Michael R. Trad. Carlos Alberto Silveira Netto Soares e Nivaldo Montigelli Jr. Porto Alegre, RS, Bookman, 2001. 

INSTITUTO ETHOS. Ferramentas de gestão 2002: responsabilidade social empresarial. São Paulo-SP, 2002. http://www.ethos.org.br, acessado em 22/12/2018.

KOTLER, Fhilip; KELLER, Kevin L. Administração de Marketing, 12 ed, São Paulo, SP, Pearson Prentice Hall, 2006. 

BOWDITCH, James L; BUONO, Anthony F. Elementos de comportamento organizacional, trad. José Henrique Lamendorf, São Paulo, SP, Pioneira Thomson Learning, 2004. 


Publicado por: Leo Santana

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