Inovação e difusão tecnológica: Fatores Indutores da mudança tecnológica

RESUMO

Através do artigo mostra-se que a mudança tecnológica é importante à medida que nos aprofundamos quando assunto é inovação. Para tanto, empregando como base o livro de Paulo Bastos Tigre (Gestão da Inovação) como tema pré-definido, o manual de Oslo da OECD (Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico), e o Relatório de ciência da UNESCO, como referencial teórico.

PALAVRAS CHAVE: INOVAÇÃO DIFUSÃO TECNOLÓGICA FATORES TIGRE ABSTRACT

Through the article it is shown that technological change is important as we go deeper when it comes to innovation. For that, using as a basis the book by Paulo Bastos Tigre (Innovation Management) as a pre-defined theme, the Oslo manual of the OECD (Organization for Economic Cooperation and Development), and the UNESCO Science Report, as a theoretical reference.

KEY WORDS: INNOVATION DIFFUSION TECHNOLOGICAL FACTORS TIGRE INTRODUÇÃO:

Entende-se que a inovação na área tecnológica pode ser impulsionada pela P&D, que por sua vez é explanado como essa difusão é tratada com suas peculiaridades em países desenvolvidos e subdesenvolvidos, tal como suas adaptações para que essa mudança ocorra atendendo as necessidades pelos seus usuários e consumidores demandpull ou de forma autocrata, proveniente dos avanços tecnológicos da ciência technology push.

Administração - 7ºF - RGM 17286484

Fatores indutores da mudança tecnológica

Entende-se como essa difusão é tratada e as adaptações realizadas em países com poderio econômicos diferentes, no entanto, é necessário entender a terminologia baseada no autor (TIGRE, 2006, pg.87): Do ponto de vista conceitual, uma primeira divisão é utilizada entre tecnologias e técnicas. A tecnologia pode ser definida como conhecimento sobre técnicas, enquanto as técnicas envolvem aplicações desse conhecimento em produtos, processos e métodos organizacionais. Outra distinção importante é feita entre invenção e inovação. A invenção se refere à criação de um processo, técnica ou produto inédito”. “Não há inovação sem invenção, assim como não há técnicas sem tecnologia” (SANTOS, 2003, p.47). Com o advento da primeira guerra mundial (1914-1918) e a segunda guerra mundial (1939-1945), pode-se dizer que se há um lado positivo nas guerras, trata-se do avanço tecnológico desenvolvido através dos embates entre grandes superpotências, pois foram através desses embates que foram possíveis tais avanços tecnológicos na área militar e civil, como aprimoramento das indústrias bélicas, na medicina, com o desenvolvimento de antibióticos por exemplo ou até mesmo aparelhos eletrônicos que utilizam-se até hoje em dia no cotidiano da população. Nos dias atuais, nos países desenvolvidos, o êxito está relacionado com o fato de que esses países oferecem ambientes regionais para melhor classificação e investimento governamental nos quais as empresas podem ter acesso às fontes de conhecimento de que precisam, além de amplo acesso às principais bases globais de conhecimento. Os países que apontam o ranking em desenvolvimento e inovação tecnológica, consideram-se que além do investimento na área, leva-se em consideração a quantidade de empregos gerados qualificados nessa área, o governo também investe parte de seu PIB em P&D, financiam-se projetos, aumentam-se os gastos em educação, investem-se em áreas prioritárias, valorizam-se os programas de pós-graduação, estimulam-se os registros das patentes, estimulam-se as produções de artigos científicos, realizam-se investimento em relação as tecnologias de serviços financeiros conhecidas como fintech, entre outras. Em países subdesenvolvidos, os investimentos são direcionados a atender as suas principais necessidades humanas, ainda sim esses direcionamentos em alguns países tornam-se insuficientes, ficando dependente de investimentos externos.

Avanço tecnológico no Brasil

Constata-se que no Brasil existe uma deficiência estrutural, apesar de ser um país industrializado, em desenvolvimento, apesar dos gastos em ensino superior com seus planos de financiamentos estudantis, a produtividade do trabalho intelectual é baixa. Até o momento não conseguiu impulsionar o crescimento econômico. Para superar-se o país tem que começar a aumentar o número de pesquisadores, manter o estímulo aos financiamentos estudantis e mantê-los em ascensão, assim como a produção na área científica. O volume de patentes brasileiras nos principais mercados globais continuam baixos, na área da saúde por exemplo as indústrias farmacêuticas não têm a capacidade interna de P&D, sendo necessária uma parceria com universidades federais para gerar novos produtos e processos, a fim de fomentar o mercado. A transferência de tecnologia passada dos países desenvolvidos para países emergentes ou subdesenvolvidos, muitas vezes obsoletas, não ajudam no desenvolvimento econômico, pois é necessário uma mão-de-obra muito específica, esse tipo de transferência oculta a objetividade política, enfatizando a exploração econômica do abastado contra o necessitado, ao invés de servir como salto tecnológico e perpetuar a sua utilização de patente a favor da nação, esse fenômeno acontece devido a necessidade de adaptação da tecnologia a realidade do território. Evidencia-se que o Brasil tem uma grande dependência a tecnologia externa, porém, também é apresentado grandes aspectos positivos, por exemplo o Brasil atua no BRICS (agrupamento dos 5 grandes países de mercado emergente em relação ao seu desenvolvimento econômico), em 1970 foi criado o INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial afim de acelerar e regular essa transferência de tecnologia examinando os contratos e os interesses nacionais, em 129 países, o Brasil é o 66º mais inovador segundo o Índice Global de Inovação (IGI), sendo o 5º maior inovador na América Latina. O mercado de startups (startup são empresas que buscam a inovação em qualquer área ou ramo de atividade, que estão no início de suas atividades, procurando desenvolver um modelo de negócio escalável e que seja repetível ou seja crescer nos mesmos moldes sem aumento dos custos) brasileiras já ganhou seus primeiros unicórnios (unicórnio é o termo usado para startups que chegam ao valor de mercado de 1 bilhão de dólares ou mais), atualmente temos 6 (99, Nubank, IFood, PagSeguro, Movile, Stone) com aposta de crescimento ainda maior para 2020.

Considerações finais

Deduz-se que não é necessário haver embate para que determinada nação consiga obter avanço tecnológico, o alto custo de know-how em determinadas regiões, podem induzir uma reforma tecnológica, do mesmo modo, quando esse know-how tem o custo de trabalho muito baixo, existe uma barreira na qual pode causar dificuldade para que essa reforma avance, sendo necessário uma intervenção política, tal intervenção baseada em incentivos governamentais é de vital importância para o crescimento da economia e avanço da tecnologia.

BIBLIOGRAFIA

Santos Milton. - Economia espacial - Editora da Universidade de São Paulo 2005. Tigre, P.B. – Gestão da Inovação – A Economia da Tecnologia no Brasil - Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. – 7a reimpressão. il.

WEBGRAFIA

Administradores – disponível em: Acesso em 19 Abr 2020. Folha de São Paulo – disponível em: Acesso em 19 Abr 2020. Finep – Manual de Oslo – disponível em: Acesso em 19 Abr 2020. Super Interessante – disponível em: Acesso em 19 Abr 2020. Unesdoc - Relatório de ciência da UNESCO: rumo a 2030, visão geral e cenário brasileiro – disponível em: Acesso em 19 Abr 2020.

Por Fabiano Ansaldi Domingos