Formas racionais, formas abertas e sistema natural de organização. Qual adotar?
Você sabe o que são Formas racionais? Clique e confira!O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
As formas racionais, como o próprio nome sugere, indica uma organização onde o comando é centralizado e ditador. O objetivo da empresa é uno e determinado. A necessidade de manter a ordem e o padrão das tarefas exercidas é vital para sobrevivência da empresa e a conquista desse objetivo. Um dos primeiros casos a ser exemplificado é o da fábrica da Ford e sua linha de montagem de produção de carros que foi até tema de filmes diversos, entre eles o de Chaplin, mundialmente famoso pela cena na fábrica. Mas ainda recentemente podemos ter estudos de caso de sistemas racionais de organização quando analisamos organizações como o exército, por exemplo. Com suas leis de conduta, hierarquia e padronização rigorosas.
O sistema de organização natural difere da racional em seu foco. Essa gira em torno dos objetivos individuais a cerca do objetivo principal da empresa. Ou seja, o indivíduo alimenta seus próprios objetivos desde que esse, em seu fim, atenda ao objetivo da empresa como um todo. Os interesses individuais são direcionados a atender o interesse da empresa. Seja de forma funcional, consensual ou em forma de conflitos previamente estimulados, planejados e controlados. No modelo funcional os funcionários são estimulados em iniciativas que demonstrem sua habilidade e suas ações são explicadas através dos resultados. No modelo consensual os funcionários precisam focar no objetivo da empresa em função de sua sobrevivência. Já no modelo por conflitos, os funcionários são estimulados ao conflito saudável a fim de estabelecer um equilíbrio entre seus objetivo individuais (ou em grupos) com os objetivos da empresa e assim chegarem a decisões que satisfaçam a maioria dos envolvidos. Podemos usar o Congresso nacional como exemplo desse sistema natural por conflito.
O sistema aberto de organização nasceu das necessidades de empresas que não se adequavam aos sistemas racionais e nem abertos. Quanto mais complexas as empresas se tornavam (tornam-se) mais complexo é seu sistema de gerenciamento. E essa complexidade não está resumida ao tamanho das organizações, mas também aos serviços ou produtos oferecidos. Uma pequena organização que oferece serviços ou produtos customizados, por exemplo, pode ter um sistema de gerenciamento tão complexo quanto uma grande organização que se atém a um único nicho de mercado. E nesse sentido, ela precisa adequar-se às suas próprias e peculiares necessidades de sobrevivência.
A forma de sistema racional de gestão numa organização exige padrões e rotinas, na maioria das vezes, inflexíveis. Isso favorece gestores centralizadores eliminando necessidades de tomada de decisões a cada nova situação. Optar por uma gestão baseada no modelo natural ou aberto de organização, exige, além de muita competência administrativa, trabalho árduo de manutenção no foco e nas metas a serem atingidas. O monitoramento deve ser constante, uma vez que todas as decisões (mesmo que sob diferentes embasamentos) devem ter o mesmo objetivo. O que deve ser analisado de uma forma positiva, visto que as organizações estão inseridas num mundo altamente dinâmico e não estático.
No sistema natural e no sistema aberto, encorajar o “staff” a tomar suas próprias decisões de forma rápida e conforme as alterações percebidas no mercado, faz com quê as empresas valorizem ainda mais o capital intelectual.
No Brasil, talvez o modelo aberto de organização fosse o mais condizente com o cenário econômico atualmente. Principalmente quando o Banco Central acaba de anunciar a previsão de crescimento do PIB de 2,7 para 2,5%. Somente agora as indústrias estão normalizando sua produção, ajustando o excesso de estoque dos últimos meses e adequando-se à realidade que muito divergiu da expectativa de crescimento apontada no início do ano. Em situações como essa, um sistema de gerenciamento com base na forma natural ou aberta podem adaptar-se melhor às tomadas de decisões rápidas que a situação exige.
Por outro lado, conduzir uma empresa brasileira através do modelo aberto de organização, exigiria uma postura dos funcionários que talvez ainda não tenha sido atingido. Historicamente o proletariado brasileiro (bem como, ainda, em diversos países) está habituado a obedecer ordens. Dessa forma, é normal ter um staff que espera por uma decisão para então, exercer suas tarefas. De fato estamos caminhando para uma mudança desse comportamento, mas ainda há uma árdua caminhada a ser trilhada. Tudo é uma questão de adaptação aos novos conceitos e formas de trabalho. E adaptação leva tempo.
Publicado por: Eliana Sfalsin
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