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Autoconhecimento: a Chave Para a Alta Performance

Análise sobre o autoconhecimento: a chave para a alta performance.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Por Que Saber Lidar Com as Diversas Emoções Impactam na Forma Como Lidamos Com as Pessoas? Qual o Principal Objetivo do Autoconhecimento? Qual a Relação Entre a Inteligência Emocional e o Autoconhecimento?

Como a própria palavra diz, autoconhecimento é o conhecimento que uma pessoa possui sobre si mesma. Trata-se de uma investigação individual que busca identificar quais são as características mais marcantes, os gostos, as inclinações, os padrões de comportamento e os sentimentos vivenciados por ela. O autoconhecimento serve para que as pessoas consigam entender como surgem suas emoções, como florescem e como controlá-las, conforme as circunstâncias que a vida exige. Não é um processo fácil e, com certeza, dura uma vida inteira, pelo menos. Em Psicologia, o termo “autoconhecimento” é usado para descrever as informações que um indivíduo utiliza ao encontrar uma resposta para uma complexa pergunta: “Quem Sou Eu?”

Saber lidar com emoções diversas impactam diretamente na forma como lidamos com as pessoas e com o mundo ao nosso redor. Estudiosos indicam que, para alcançar o seu autoconhecimento, as pessoas deveriam experimentar coisas novas, procurando obter novas experiências e observarem como se sentem. Sendo assim, pode-se afirmar que o autoconhecimento se refere à consciência da nossa própria essência como ser humano; ou seja, quais são os nossos defeitos, qualidades, medos, limitações, talentos, crenças e inclinações? O que nos faz feliz? O que nos motiva e desmotiva? O que nos dá coragem?

Além de obter respostas à essas perguntas, o autoconhecimento pode encaminhar as pessoas a mudarem seus hábitos na direção de seu próprio desenvolvimento pessoal e profissional. Para isso é necessário se autoconhecer e entender quais pontos valem a pena aprimorar. Então, as pessoas precisam identificar suas fortalezas e fraquezas e o que fazer com elas. Avaliar-se na busca dos seus pontos fortes e fracos pode parecer uma tarefa abstrata, mas é essencial para o autoconhecimento e o seu próprio desenvolvimento. Pode ser difícil no começo, mas conforme você toma consciência dessas reflexões, começa a conseguir projetar e usar essa ferramenta com mais facilidade.

Principal Objetivo do Autoconhecimento

Conhecer aspectos importantes sobre a sua individualidade ajuda a reforçar atitudes que o levem mais próximo da sua autorrealização. É possível fazer mudanças necessárias e eliminar atitudes que impeçam – ou dificultem – o seu desenvolvimento pessoal. A descoberta de si mesmo ocorre por meio da reflexção, da análise dos pensamentos, das ações, das atitudes e dos comportamentos. Durante o processo de autoconhecimento, é possível identificar traços da nossa personalidade e assim reconhecer atitudes que impedem de alcançar seus objetivos e, além disso, é possível fazer ajustes e melhorias para que você se torne uma pessoa melhor, indeoendente da área de atuação profissional.O autoconhecemento está diretamente ligado ao propósito de uma pessoa, pois quando você se conhece e sabe o que quer para sua vida fica mais fácil tomar atitudes e decisões que nos levem ao nosso propósito.

Dessa forma, percebe-se que as pessoas que conhecem pouco a respeito de si próprio podem se tornar icapazes de lidar com determinadas situações e pessoas. São pessoas que apresentam altos níveis de ansiedade e não possuem discernimento para promover atitudes que façam bem a si mesmo a às pessoas com as quais convivem. E muitas dessas pessoas são conduzidas por regras impostas pela sociedade, sem considerar seus sentimentos, desejos e aspirações. Daí pode-se inferir que o autoconhecimento acaba promovendo a saúde mental nos indivíduos.    

Inteligência Emocional

A inteligência emocional pode ser explicada como a junção das inteligências intrapessoal e interpessoal. Ou seja, esse conceito está diretamente relacionado à ideia de reconhecer, avaliar, controlar e direcionar as próprias emoções, além de ser capaz de identificar as emoções de outras pessoas. Por isso, essa é uma soft skill ([1]) tão valorizada no mercado de trabalho, sendo fundamental desenvolvê-la para lidar com pessoas de personalidades distintas, manter o ambiente corporativo saudável e agregar valor à cultura organizacional de uma organização. Uma pessoa que desenvolve a inteligência emocional consegue perceber seus sentimentos, nomeá-los, entender seus gatilhos, suas forças, pontos fracos e como ela deve agir e reagir em determinadas circunstâncias. Ela proporciona equilíbrio, previne conflitos, desgastes e ajuda as pessoas a se manterem mentalmente saudáveis. Conforme Daniel Goleman ([2]), um dos responsáveis pela popularização desse conceito, são cinco (5) os pilares que sustentam a inteligência emocional:

  • Autorresponsabilidade – Capacidade da pessoa assumir a responsabilidade por todas as coisas que acontecem em sua vida.
  • Percepção das emoções – Aptidão em reconhecer as emoções humanas, sobre si ou o outro, ler os comportamentos nas entrelinhas e agir de maneira empática.
  • Gerenciamento das emoções – Conscientização sobre as próprias reações diante das emoções.
  • Foco – Disposição para manter as atenções voltadas aos aspectos positivos e às qualidades.
  • Ação – Forma como alguém se porta e escolhe agir diante de sentimentos negativos e a capacidade de transformá-los em positivos.

Vivenciamos tempos em que o conhecimento técnico já não é suficiente para o mercado competitivo, sendo preciso que os profissionais foquem em suas aptidões comportamentais e que as empresas saibam como utilizá-las em seu favor. A inteligência emocional e o autoconhecimento são duas (2) habilidades complexas, mas que, quando desenvolvidas, fazem a diferença no dia a dia do ambiente corporativo e, por isso, jamais devem ser subestimadas. Afinal, sinergia, motivação e engajamento são fatores capazes de alavancar a produção de uma empresa e prezar por ambientes de trabalho saudáveis é fundamental para que essas condições se estabeleçam. Portanto, é possível afirmar que o autoconhecimento está relacionado ao desenvolvimento da inteligência emocional, o que capacita a pessoa não só ajudar-se de maneira interpessoal, mas também, para ajudar os outros em relacionamentos interpessoais.

As Emoções e o Ambiente de Trabalho

As emoções são parte de quem somos e elas vão conosco a todos os lugares, para qualquer situação em qualquer tempo, ou seja, não é possível deixar as emoções em casa para irmos ao trabalho. Ficamos mais de 50% de nossa vida no trabalho, Hitt, Miller e Colella (2013, p. 159) dizem que: “Uma pessoa que disponha de forte inteligência emocional pode determinar com precisão as próprias emoções e o efeito que essas emoções exercerão sobre outras pessoas, e, a partir de então, regular as emoções de modo a conquistar seus objetivos”. Portanto, precisamos viver e conviver nesse ambiente da forma mais saudável possível e, dessa forma, saberemos reconhecer e gerenciar as emoções no âmbito profissional, o que é primordial para:

  • Encarar melhor nossos desafios;
  • Ter uma comunicação eficiente, eficaz e influenciadora;
  • Suportar e lidar melhor com estresse, pressão e situações difíceis.
  • Aumentar nosso foco, analisar e solucionar problemas com rapidez e eficácia;
  • Empreender, mudar de carreira e superar a demissão;
  • Aumentar a nossa flexibilidade.

REFERÊNCIAS

GOLEMAN, D. Inteligência emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. São Paulo: Objetiva, 1995.

HITT, M. A.; MILLER, C. C.; COLELLA, A. Comportamento Organizacional. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2013.

JOHANN, S. L. Comportamento Organizacional: teoria e prática. São Paulo: Saraiva, 2013.


([1]) É um termo em inglês usado por profissionais de RH para definir habilidades comportamentais, competências subjetivas difíceis de avaliar. Também são conhecidas como people skills e interpersonal skills. Trata-se de um conceito de habilidades pessoais modernas.

([2])  GOLEMAN, D. Inteligência emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. São Paulo: Objetiva, 1995.

JULIO CESAR S. SANTOS

Professor, Jornalista e Escritor. Articulista de importantes Jornais no RJ, autor de vários livros sobre Estratégias de Marketing, Promoção, Merchandising, Recursos Humanos, Qualidade no Atendimento ao Cliente e Liderança. Por mais de 30 anos treinou equipes de Atendentes, Supervisores e Gerentes de Vendas, Marketing e Administração em empresas multinacionais de bens de consumo e de serviços. Elaborou o curso de Pós-Graduação em “Gestão Empresarial” e atualmente é Diretor Acadêmico do Polo Educacional do Méier e da Associação Brasileira de Jornalismo e Comunicação (ABRICOM). Mestre em Gestão Empresarial e especialista em Marketing Estratégico


Publicado por: JULIO CESAR DE SOUZA SANTOS

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