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Administração Científica X Revolução Científica

O Que Foi a Revolução Científica? Qual a Relação Entre a Revolução e os Métodos Científicos Utilizados Por Taylor?

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Inúmeros autores vêm divulgando que Administração Científica foi um modelo de administração – criado no fim do século 18 – que se baseava na aplicação de métodos científicos, com a principal intenção de garantir o melhor custo / benefício aos sistemas produtivos da época.

Porém, o que poucos escritores mencionam é que os métodos utilizados por Taylor – e demais colaboradores da Gestão Científica – eram oriundos da Revolução Científica pela qual o mundo passou, um século antes desses acontecimentos.

Mas, para compreendermos bem o que foi esse movimento é necessário saber que, Revolução é uma profunda mudança na estrutura social de uma sociedade. Trata-se de uma transformação que atinge todos os níveis da realidade social. Ou seja, o nível econômico, o político, o social e até o nível ideológico.

A Revolução Científica – ocorrida no século 17 – representou significativas mudanças na estrutura do pensamento reinante da época, as quais repercutiram principalmente no plano científico. Mas, o que fez o método se tornar científico?

Um método científico deve apresentar um círculo racional lógico. Adotar um método significa adotar uma determinada maneira de tratar o objeto de estudo.

Esse tratamento deve obedecer a certa seqüência de procedimentos e, diante disso, podemos constatar as fases da observação, análise, formulação de hipóteses, da experimentação e das conclusões.

Sendo assim, foi no século 17 que assistimos – de fato – a explicações racionais sobre o Universo, submetido a leis físicas e naturais e não aos princípios metafísicos e divinos.

Essa ruptura com a ciência subordinada ao princípio da autoridade papal e a noções aristotélicas de imobilidade do planeta, muito se deveu a Francis Bacon, René Descartes e Isaac Newton.

O primeiro defendeu o valor das experiências de laboratório e do método indutivo, em que o conhecimento é adquirido a partir da observação para se atingir a verdade universal.

O segundo adotou um método isento da opinião tradicional, o qual consistia em começar com axiomas simples (como os da Geometria, por exemplo) e depois raciocinar baseado neles até chegar a conclusões particulares.

O terceiro partiu de estudos de Galileu e Kepler, tentando demonstrar matematicamente que as leis físicas aplicáveis na Terra também se aplicavam a todo Universo.

Dessa forma, baseada na experimentação e na dedução matemática nos séculos 17 e 18, a ciência fez descobertas impressionantes – principalmente na física, na matemática, astronomia, química a na biologia.

Essas descobertas romperam com as concepções de Aristóteles defendidas pela Igreja. Ou seja, o cosmo hermético e hierarquizado foi substituído pelo Universo, aberto e infinito, mas ligado pela unidade de suas leis.

Portanto, os métodos utilizados por Taylor e seus contemporâneos – no início do século 19 – são resultado da profunda mudança do pensamento científico nos dois séculos anteriores, onde a concepção de um mundo imóvel foi suplantada pela concepção de que o Universo estava em constante movimento.


Publicado por: JULIO CESAR DE SOUZA SANTOS

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.