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A Responsabilidade Social das Empresas

Responsabilidade Social de empresas e organizações na corrida tecnológica e na lógica sustentável.

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A Responsabilidade Social das Empresas

Responsabilidade Social é um dever e obrigação por parte apenas das organizações, ou será um diferencial competitivo e sustentável em um mundo intensamente turbulento e de mudanças tecnológicas que cada vez mais avançam de forma extraordinária?

Deve-se observar duas grandes consequências e características bastante exploradas e atuantes nas organizações globalizadas, que são:

  • Cooperação e Competitividade

Essas duas palavras tornam-se um grande mistério e desafio para as novas formas de administrar e de comportamento dentro das empresas no novo milênio, pois se vive em um mundo altamente competitivo e com constantes lutas por sobrevivência, diferencial e contribuição para com o meio-ambiente. Surgem alguns questionamentos que não englobam apenas as organizações, mas todas as pessoas do planeta, como:

  • As pessoas estão realmente dispostas e preparadas para agirem como agentes atuantes na preservação do meio-ambiente que engloba todos os aspectos (pessoas, natureza, organizações, futuras gerações...)?
  • Será que todos aceitam e encaram a mudança como um meio satisfatório em detrimento de algo superior a eles mesmos?

Esses são algumas das reflexões básicas que todo indivíduo deve adotar quando o assunto é responsabilidade social, pois não existe a possibilidade de abordar este tema sem inserir principalmente as pessoas, já que são elas o principal agente de mudança. Existem grandes desafios e processos a serem reformulados dentro e fora das organizações, pois quando o assunto é a responsabilidade social, o próprio nome já diz e sugere que trata do TODO, ou melhor, o interesse coletivo deve sobressair dos interesses individuais. O ser humano é muito complexo, e é justamente por esta complexidade que existem divergências de opiniões com base em diversos interesses, cada qual com o seu. Mas, quando adentramos ao universo empresarial que trabalha com pessoas, estas devem através de uma conduta ética empresarial (código de ética) e de vários protocolos a serem seguidos, padronizam e norteiam o ruma da instituição no mercado, cria uma consciência coletiva e individual sobre vários aspectos quando se fala da coletividade e a preservação da espécie humana de forma sustentável no planeta.

Fazendo uma analogia no ramo dos esportes para um melhor entendimento sobre o assunto, é o caso do Espírito Olímpico. Com o intuito de promover e expandir a “união” entre os povos, as Olimpíadas foram criadas para “valorizarem” o fator humano e o esforço de todos, deixando-se de “lado” momentaneamente, o espírito competitivo.

Voltando a questão da Responsabilidade Social, as modernas organizações estão fazendo de tudo para se minimizar os seus custos, melhorar e propagar a sua marca no mercado de maneira “positiva”, como uma “empresa consciente”. Não importa aqui o julgamento, mas sim o bem maior para a sociedade. O diálogo é imprescindível para qualquer tomada de decisão harmoniosa para todos os envolvidos, principalmente quando existe um conflito muito presente e debatido nos tempos atuais, que é: o lucro x a sustentabilidade. Como equilibrar essa balança de forma eficaz para ambos os lados? Uma pergunta extremamente discutida e muito debatida dentro e fora das organizações. É possível a criação de parcerias, caso a empresa sozinha não tenha condições ou não tenha o conhecimento adequado para agir no mercado com responsabilidade. A humildade empresarial é extremamente importante para transcender as suas atividades. É muito comum as parcerias entre uma, duas ou mais empresas, cada qual com focos empresariais (segmentos) diferentes para atingirem um único objetivo em comum: serem sustentáveis e contribuírem para o bem-estar do planeta.

Isso acontece muito entre as diversas cooperativas, fundações, associações e ONGs que são parceiras de instituições financeiras no mercado tradicional. Estas parcerias só agregam valor para a sociedade e os membros envolvidos, pois todos saem ganhando. Uma se torna a consultoria da outra e vice-versa! Quando se fala em responsabilidade social também enfatiza a exclusão social e a desigualdade social existente em cada grupo, sejam eles dentro e fora das empresas. As diferenças na forma de tratamento diferenciado com um determinado segmento da sociedade já demonstram que tipo de conduta a empresa está trilhando. O código de ética de uma instituição séria e comprometida visa à inclusão de todos dentro do processo, opinando, participando, interagindo e ajudando nas tomadas de decisão. Muitas dessas empresas atuam em parceria com a comunidade para entenderem as suas necessidades a qual faz parte do raio de ação da organização, e buscam em conjunto melhores práticas para o desenvolvimento e saúde das pessoas, sem contar a participação dos moradores no processo de ampliação dos seus conhecimentos para a conscientização de melhores ações no combate as diferenças sociais, saúde pública e a pobreza na região, pois quanto maior conhecimento se adquire, mais qualidade de vida terá. Um grande exemplo de empresa que adota esta postura na parceira com a comunidade é a Fundação Bradesco. Ela atua nos bairros mais periféricos de cada região no país, capacitando os jovens com um ensino de qualidade, direcionamento para o mercado de trabalho no ramo financeiro, atividades lúdicas e boa alimentação.

Este é um bom exemplo de responsabilidade social existente no Brasil que capacita, alimenta e direciona para o mercado de trabalho todos aqueles que vivem em comunidades carentes. Muitos acham que responsabilidade social se limita apenas com questões ambientais, o que de fato também faz parte, mas o tema é muito mais amplo, pois dentro desse processo existem as pessoas. O Brasil é um país de muitas lutas pelos direitos dos trabalhadores, saúde pública e os direitos adquiridos (clausulas pétrea). Todos esses movimentos sociais foram necessários para a ampliação de visão empresarial (pública e privada) unificar a maximização dos lucros com os interesses e necessidades sociais, gerando assim uma menor desigualdade com o passar dos tempos. Ainda esta desigualdade é muito marcante na sociedade brasileira, mas se reduziu de forma estrondosa da descoberta do país pelos Portugueses até os dias atuais. Tem muito chão pela frente, e a participação de todos é crucial para reduzir esses indicadores.

Atualmente existem premiações e certificações que reconhecem aqueles que abraçam a causa social em seu negócio, como:

  1. O certificado da Fundação ABRINQ com o selo “Empresa Amiga da Criança”.
  2. A norma internacional ISO26000.
  3. O Certificado internacional SA8000.

São incentivos e reconhecimentos para aqueles que se adequaram aos códigos e exigências que cada uma delas exige. Já existem alguns decretos e instrução normativa pela Administração Pública Federal que determina diversos assuntos como o gerenciamento de resíduos, as árvores ameaçadas, os contratos de licitação, critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de bens, Comitê da Inclusão Social de Catadores de Lixo e etc., encontrados no site do Ministério do Meio Ambiente no item Legislação.

A humanidade deverá valorizar e adotar práticas que todos possam conhecer e assumir em seu cotidiano, projetos, ideias e ações que tragam melhores práticas de boa conduta social, onde as pessoas se sintam incluídas, seguras dos seus papéis e que tenham conhecimento, recursos e ferramentas para desenvolverem com o próximo aquilo que um dia outro fez com ele. É uma grande rede ética, de boa conduta e valores sociais integrados aos diversos interesses de forma equilibrada para a criação de uma sociedade mais justa, participativa e que gere oportunidades de subsistência não só do planeta, mas dos seres humanos envolvidos junto a Responsabilidade Social.

 

Por: Mário Barros


Publicado por: Mário Barros

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