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A Produtividade e a Qualidade de Vida nos Ambientes de Trabalho

Análise sobre a produtividade e a qualidade de vida nos ambientes de trabalho.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Como a Administração Define Produtividade? Que Aspectos Humanos Influenciam a Produtividade no Ambiente de Trabalho? Quais as Diferenças Entre Produção e Produtividade?

Em Administração, a produtividade pode ser traduzida como o rendimento – ou a relação – entre uma determinada quantidade produzida e os fatores necessários para tal. Sabe-se que após a Revolução Industrial a aplicação do conhecimento ao trabalho elevou a produtividade de forma explosiva e, por centenas de anos, não tinha havido nenhum aumento na capacidade dos trabalhadores para produzir bens.

As máquinas criaram essa capacidade, mas os próprios trabalhadores não eram mais produtivos do que nas oficinas da Grécia antiga ou na construção das estradas da Roma imperial. Porém, alguns anos depois que Taylor começou a aplicar o conhecimento ao trabalho, a produtividade começou a subir e aumentou cerca de 50 vezes em todos os países avançados. Em Economia, a produtividade é considerada a relação entre aquilo que é produzido (bens e/ou serviços) e os meios empregados (mão-de-obra, materiais, energia, etc.) para obtê-los.  

Daí pode-se dizer que, tanto a Economia quanto a Administração encaram a produtividade como a relação entre a produção (bens produzidos) e os fatores de produção utilizados (pessoas, máquinas, matérias-primas, estoques e outros).

Porém, a produtividade no trabalho pode ser relativa, pois depende do tamanho da organização, do número de colaboradores e da demanda destinada a cada um, entre outras circunstâncias. Pois, é normal que uma empresa tenha meses de alta e baixa produtividade, podendo-se afirmar que quase todas elas passam por isso. A sazonalidade é uma situação de mercado que certamente influencia o quanto os colaboradores – e a própria empresa – podem produzir.

Dessa forma, essas variáveis devem ser consideradas na hora de avaliar a produtividade de um colaborador no ambiente de trabalho, afinal são de pessoas que estamos falando. Então, após as relações humanas serem introduzidas nas organizações, a produtividade passou a ser vista não apenas como a capacidade de uma empresa produzir bens de qualidade em menos tempo, mas como a capacidade individual de desempenhar bem funções cotidianas que têm impacto nos objetivos finais do trabalho.

Diferenças Entre Produção e Produtividade

Produção é uma ação e geralmente se refere a um resultado; ou seja, a capacidade total de entrega de uma pessoa – ou equipe – em determinado contexto. Já a produtividade tem a ver com o desempenho individual para produzir bens. Diz sobre como o processo e as pessoas chegam até essa entrega; ou seja, é onde se consegue enxergar estratégias, estruturas e ferramentas que aprimoram o resultado final pela ação de seus agentes.

Os conceitos de produção e produtividade podem ser aplicados a qualquer tipo de negócio e todos os mercados podem se beneficiar do resultado de se manter um frequente acompanhamento dos dois conceitos para a melhoria dos processos e dos resultados.

Diante disso, não se deve confundir o aumento da produção com o aumento da produtividade, pois um aumento de produção pode até significar redução na produtividade. O principal motivo para que a produtividade seja uma caraterística cobiçada por muitas pessoas atualmente é o fato de que, em muitos aspectos, ela está relacionada à qualidade de vida dos indivíduos. Pois, hoje em dia são uma constante a falta de tempo e muitas tarefas a serem realizadas.

Então, a qualidade de vida e a produtividade estão intimamente ligadas, uma vez que isso é o nível ideal de cada um que colabora para um equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Sendo assim, não se deve negligenciar nenhum dos dois e, além disso, ainda há muito o que se fazer para otimizar cada um deles.

Estudos demonstram que, sendo produtivos, muitos funcionários acreditam ter obtido um “ganho” e, de uma forma ou de outra, todos os ganhos estão ligados à qualidade de vida. Em termos emocionais os ganhos citados foram o senso do dever cumprido, o sentido de ser útil e elevada autoestima. Em termos funcionais os ganhos citados foram a melhoria no seu próprio desempenho, melhor aproveitamento do tempo e, consequentemente, na realização de um maior número de tarefas.

Daí pode-se inferir que a melhoria da produtividade também é um conceito que encontra suas raízes no dinamismo humano, pois tem uma conexão indispensável com a melhoria da qualidade de vida dos indivíduos no ambiente de trabalho e suas consequências fora dessa esfera.

A produtividade é o trampolim para um funcionário obter o reconhecimento pelo seu desempenho profissional porque ela não está ligada à produção em massa, mas sim em como os colaboradores realizam o planejamento de suas rotinas de objetivos a serem cumpridos. Por isso, alguns especialistas afirmam que a produtividade é um dos principais pilares de motivação entre os funcionários.

Assim a motivação e a produtividade possuem estreita relação para uma pessoa, quando o trabalho tem significado; ou seja, quando existe uma identificação do trabalhador com a atividade por ele exercida, pois assim os “ganhos” de produtividade são favoráveis para toda a organização ([1])

REFERÊNCIAS

BERGAMINI, Cecília Whitaker; CODA, Roberto. (Org.). Psicodinâmica da vida organizacional: motivação e liderança. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1997.

([1]BERGAMINI, Cecília Whitaker; CODA, Roberto. (Org.). Psicodinâmica da vida organizacional: motivação e liderança. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1997. p. 69

JULIO CESAR S. SANTOS

Professor, Jornalista e Escritor. Articulista de importantes Jornais no RJ, autor de vários livros sobre Estratégias de Marketing, Promoção, Merchandising, Recursos Humanos, Qualidade no Atendimento ao Cliente e Liderança. Por mais de 30 anos treinou equipes de Atendentes, Supervisores e Gerentes de Vendas, Marketing e Administração em empresas multinacionais de bens de consumo e de serviços. Elaborou o curso de Pós-Graduação em “Gestão Empresarial” e atualmente é Diretor Acadêmico do Polo Educacional do Méier e da Associação Brasileira de Jornalismo e Comunicação (ABRICOM). Mestre em Gestão Empresarial e especialista em Marketing Estratégico.


Publicado por: JULIO CESAR DE SOUZA SANTOS

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