A IMPORTÂNCIA DO TREINAMENTO E DO DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS NA EMPRESA
Reflexão sobre a importância do treinamento e do desenvolvimento de recursos humanos na empresaO texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
RESUMO
O presente estudo tem como objetivo refletir sobre a importância do treinamento e desenvolvimento de recursos humanos nas empresas. Este trabalho visa ratificar a importância do treinamento e desenvolvimento profissional no contexto organizacional atual e suas contribuições à melhoria do ambiente corporativo, de modo a reconhecer o significado de recursos humanos e compreender o processo da formação continuada, considerando os mecanismos que fundamentam o treinamento e o desenvolvimento de recursos humanos na empresa. O trabalho foi realizado através de revisão bibliográfica. O artigo buscou aprofundar um olhar reflexivo sobre treinamento e desenvolvimento de recursos humanos na empresa.
PALAVRAS-CHAVE: Recurso humanos. Treinamento. Desenvolvimento.
INTRODUÇÃO
Pretende-se com esse artigo apresentar uma reflexão acerca da importância do treinamento e do desenvolvimento de recursos humanos dentro das organizações, que tem como uma de suas atribuições analisar e identificar as competências e as habilidades necessárias no âmbito corporativo.
Atualmente, entende- se que a empresa para se manter no mercado competitivo precisa implantar uma política que valorize o potencial humano, de modo que, viabilize aquisição de habilidades e competências, contribuindo, assim, para o desenvolvimento de seu colaborador.
Sendo assim, o presente estudo tem como objetivo geral refletir sobre a importância do treinamento e do desenvolvimento de recursos humanos e a sua contribuição à empresa. Como objetivos específicos busca-se reconhecer os significados de treinamento, desenvolvimento e recursos humanos, ratificar e identificar as principais atribuições e contribuições do treinamento no ambiente corporativo, e refletir sobre os processos de formação continuada dentro das empresas com foco no treinamento e desenvolvimento profissional.
Desse modo, refletir criticamente sobre a relevância do treinamento e desenvolvimento profissional dentro da empresa, nos desperta para a necessidade de mensurar a importância de recursos humanos no ambiente corporativo.
O interesse em desenvolver esse tema surgiu da necessidade em identificar e analisar as contribuições dos processos de treinamento e desenvolvimento de qualificação profissional dentro das organizações.
Nesse contexto, a justificativa dessa pesquisa está na necessidade em reconhecer o significado de recursos humanos e compreender os mecanismos de treinamento e desenvolvimento profissional , a fim de mensurar eventuais propostas e melhorias nos processos de formação continuada , de modo que , viabilize uma visão mais humanista , reconhecendo o empregado como sujeito apto a desenvolver e adquirir novas habilidades e competências dentro da empresa.
Esse trabalho foi realizado através de pesquisas bibliográficas onde o problema a ser investigado é como o treinamento e desenvolvimento de recursos humanos contribui de maneira efetiva à melhoria organizacional do ambiente corporativo.
A IMPORTÂNCIA DO TREINAMENTO E DO DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS NA EMPRESA
RECURSOS HUMANOS
A expressão Recursos Humanos , refere-se às pessoas que participam das organizações e que nelas desempenham determinados papéis no sentido de dinamizar os recursos organizacionais , de um lado, as pessoas passam grande parte de seu tempo trabalhando em organizações e, de outro, estas requerem pessoas para suas atividades e operações da mesma forma que requerem recursos financeiros, materiais e tecnológicos. Daí a denominação Recursos Humanos para descrever as pessoas que trabalham nas organizações, na verdade, essa velha denominação, que vem desde a Era Industrial, peca pelo reducionismo ao tratar pessoas como meros recursos organizacionais. Tratar as pessoas como recursos é simplesmente tentar coisificar, padronizar e uniformizar o seu papel nas organizações. Isso já se foi. Hoje, as pessoas deixaram de ser recursos ou ativos da organização para se transformarem em seus parceiros capazes de proporcionar a vida e o sucesso organizacional. (CHIAVENATO, 2009, p.2).
Ainda, segundo Chiavenato (2003, p .64):
[...] recursos humanos é uma área interdisciplinar que tem a capacidade de envolver inúmeros conceitos oriundos de várias áreas, por tratar diretamente com o ser humano, ou seja, indivíduos com personalidades diferentes, o que requer de qualquer especialista na área de recursos humanos uma experiência e um bom volume de conhecimento em diferentes áreas. Esse departamento tem como principais funções: Recrutamento, estruturação, treinamento, instrução, capacitação, qualificação, entre outras. (apud CARMO; CASSOLI ,2018, p.23).
Desse modo, observa- se a necessidade de valorizar os atores envolvidos nos processos organizacionais da empresa. Reconhecendo – os como indivíduos com capacidades para adquirir novos saberes e desenvolver novas habilidades e competências.
A ênfase na ideia de formação e desenvolvimento de recursos humanos como fator indispensável à melhoria organizacional encontra sua materialidade na política de recursos humanos adota pela organização. Nesse sentido, integra o processo de planejamento de qualquer organização. Implica momento de reflexão e análise criteriosa da missão e objetivos organizacionais que envolvem os vários segmentos/atores que a compõem com vistas à tomada de decisão sobre encaminhamentos a curto, médio e longo prazos. (RIBEIRO, 2008, p.53).
Ainda, segundo Ribeiro (2008):
Cabe ratificar que a área de recursos humanos, sobretudo no contexto da sociedade e organizações contemporâneas, constitui-se na área mais importante e imprescindível na estrutura de qualquer organização. Planejá-la e implantá-la não é algo tão simples, especialmente quando se trata de operacionalizar programas que atendam tanto aos interesses organizacionais quanto aos aspectos de melhoria de desempenho profissional e pessoal.
(RIBEIRO, 2008, p.53).
Diante do exposto, percebe-se a necessidade de se analisar a política de recursos humanos da empresa, uma vez que, é mediante essa filosofia, que será efetivado os processos das atividades organizacionais e operacionais dentro da empresa.
Ribeiro (2008), discorre que uma política de recursos humanos implica, necessariamente, a proposição de uma filosofia de recursos humanos. Esta se estrutura a partir das concepções dos seus diferentes atores sobre a organização, sobre a natureza humana, sobre o meio ambiente (ao redor) e sobre si mesmo (na perspectiva dos sujeitos e da própria instituição). Assim, a organização, enquanto grupo de pessoas em constante interação com seu contexto, reconhece que a condição de sua existência e da sobrevivência é em virtude do comportamento/comprometimento das pessoas que a compõem. A motivação de cada elemento da organização é o ponto chave para a efetivação/operacionalização de programas, projetos, atividades (na área de serviços, inclusive).
A autora destaca também que:
Desse modo, uma filosofia de recursos humanos que tenha valorização da dimensão humana reconhece a importância do desenvolvimento das pessoas e da participação/delegação como um processo que está além do simples emitir ordens, tomar decisões e “determinar “responsabilidades. A liderança passa a ser, também, um instrumento para a capacitação e a formação pessoal e profissional onde a liberdade, o respeito e a cooperação passam a compor a competência profissional. Em síntese, uma filosofia de recursos humanos coerente com uma visão de mundo, onde as organizações são chamadas a assumir uma postura mais humanizadora, reconhece em cada funcionário o seu potencial e encontra mecanismos para desenvolvê-lo. (RIBEIRO, 2008, p. 56).
Portanto, o profissional de recursos humanos precisa ter uma visão humanista, valorizando e reconhecendo no seu colaborador suas características e seus potenciais individuais, ofertando propostas que possibilitem ele desenvolver essas características e adquirir novas competências.
A área de RH tem duas diferentes vertentes para considerar as pessoas: as pessoas como pessoas (dotadas de características próprias de personalidade e individualidade, aspirações, valores, atitudes, motivações e objetivos individuais) e as pessoas como recursos (dotadas de habilidades, capacidades, destrezas e conhecimentos necessários para a tarefa organizacional). A área de RH deve procurar tratar as pessoas como pessoas e não apenas como importantes recursos organizacionais, rompendo a maneira tradicional de tratá-las meramente como meios de produção. Pessoas como pessoas e não simplesmente pessoas como recursos ou insumos. (CHIAVENATO, 2009).
Na perspectiva dessa visão de departamento de recursos humanos, as atividades de treinamento transformam-se em estratégias de socialização do conhecimento que ultrapassem os contextos organizacionais externos e possam, ao considerar o indivíduo em sua singularidade, promover mudanças em todas as áreas da sua vida. (RIBEIRO, 2008, p. 10).
Nesse sentido, entende – se a importância de valorizar os profissionais que atuam na empresa, considerando o sujeito em sua individualidade, de modo a oportunizar aprendizagens significativas tanto pessoais quanto profissionais.
Ribeiro (2008), discorre que muitas organizações estão promovendo modificações em sua cultura de modo que paulatinamente introduzem estratégias com vistas a uma maior autonomia, participação e comprometimento das pessoas. Ao se pensar as pessoas como foco organizacional principal, o desafio a enfrentar diz respeito a que estas nem sempre estão acostumadas/preparadas com mudanças e inovações. O dilema a enfrentar é propiciar um contexto de maior liberdade/ autonomia para que as pessoas possam sentir-se melhor no ambiente de trabalho, ao mesmo tempo, em que as prepara para assumir esse novo papel.
Diante do exposto, percebe-se que não é viável cogitar uma empresa regulada à rotina, uma vez que estamos em constantes processos de mudanças, portanto é necessário ser criativo e estar atento e aberto as transformações do âmbito empresarial.
TREINAMENTO
Chiavenato, em seu livro, Recursos Humanos - O Capital Humano das Organizações (2009), aborda que treinamento é o processo educacional focado no curto prazo e aplicado de maneira sistemática e organizada através do qual as pessoas aprendem conhecimentos, habilidades e competências em função de objetivos definidos. O treinamento envolve a transmissão de conhecimentos específicos relativos ao trabalho, atitudes diante de aspectos da organização, da tarefa e do ambiente, e pode envolver desenvolvimento de habilidades e competências. Qualquer tarefa - seja complexa ou simples - envolve esses três aspectos.
Sobre os principais objetivos do treinamento, Chiavenato (2009), destaca ainda que:
1- Preparar as pessoas para execução imediata das diversas tarefas do cargo.
2- Proporcionar oportunidades para o contínuo desenvolvimento pessoal, não apenas em seus cargos atuais, mas também para outras funções mais complexas e elevadas.
3- Mudar a atitude das pessoas seja para criar um clima mais satisfatório entre elas ou para aumentar-lhes a motivação e torná-las mais receptivas às novas técnicas de gestão. (CHIAVENATO, 2009, p.390).
Em termos da relevância das atividades de formação profissional no contexto organizacional , destaca-se a preparação do funcionário para atuar de acordo com as características e as exigências do cargo , a reciclagem dos funcionários já admitidos quanto as novas metodologias , técnicas e/ou procedimentos no trabalho , o estímulo à permanência do funcionário na organização e o aumento da produtividade do trabalho na organização. Ratifica as dimensões de conhecimento, habilidades e atitudes enquanto objetos de treinamento. (CARVALHO,1989 apud RIBEIRO, 2008, p. 66).
Na perspectiva dos benefícios do treinamento, Ribeiro (2008), ressalta que:
- Aumento da produtividade em menor espaço de tempo.
- Funciona como forma de diagnóstico permanente das necessidades de formação/treinamento.
- Permite um acompanhamento mais preciso dos desempenhos individuais e grupais.
- Oferece feedback permanente.
- Aprimora aspectos relacionais e motivacionais.
- Oferece oportunidade de valorização do aprendiz.
- Contribui para a diminuição dos desperdícios que na utilização dos equipamentos, quer na utilização do tempo.
- Permite identificar as potencialidades e os talentos. (RIBEIRO ,2008, p.67).
Diante disto, observa- se a importância de investir no desenvolvimento dos sujeitos atuantes na empresa, de modo que, possibilite uma formação e aperfeiçoamento profissional, a fim de, desenvolver as capacidades técnicas e administrativas, promovendo e estimulando a formação continuada de seus colaboradores.
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
De acordo com Chiavenato (2009), desenvolvimento profissional é:
a educação profissional que aperfeiçoa a pessoa para uma carreira dentro de uma profissão. É a educação profissional que visa ampliar, desenvolver e aperfeiçoar a pessoa para seu crescimento profissional em determinada carreira na organização ou para que se torne mais eficiente e produtiva no seu cargo. Seus objetivos são menos amplos que os da formação e situados no médio prazo, visando proporcionar conhecimentos que transcendem o que é exigido no cargo atual, preparando-a para assumir funções mais complexas. É dado nas organizações ou em firmas especializadas em desenvolvimento de pessoal. (CHIAVENATO, 2009, p.388).
Para Pacheco (2011), o desenvolvimento profissional corresponde às experiências não necessariamente relacionadas com o cargo atual, mas que proporcionam oportunidades para desenvolvimento e crescimento profissional. O desenvolvimento das pessoas está mais relacionado com a educação e orientação para o futuro do que o treinamento.
O desenvolvimento possui foco na carreira das pessoas, nos cargos que deverão ser ocupados por elas nas organizações, desenvolvendo, a partir daí as habilidades, agilidades e aptidões que o novo cargo exigirá, sua aplicação necessita de um espaço de tempo maior, sendo aplicado em médio prazo.
(CARMO; CASSOLI, 2018).
De acordo com Almeida e Costa (2012, p. 82):
O desenvolvimento representa um conjunto de atividades que objetiva explorar o potencial de aprendizagem e a capacidade produtiva das pessoas, visando mudanças de comportamentos e atividades assim como aquisição de novas habilidades e conhecimentos. Tem como meta, aumentar o desempenho profissional e motivacional do ser humano, melhorando os resultados e conseqüentemente gerando um clima organizacional. (apud CARMO; CASSOLI, 2018, p.39).
Desenvolver pessoas é mais que um simples conhecimento adquirido em sala de aula, reportando-se a várias formas de aprendizagem, tendo um ambiente de conhecimento amplo, compreendendo a diferentes espaços e mídia. (PACHECO et al, 2009 apud CARMO; CASSOLI, 2018).
Nesse sentido, identifica-se a relevância do desenvolvimento profissional, visto que, este oportuniza uma melhora na performance do profissional. Desse modo, o colaborador se sentirá estimulado e valorizado pela empresa.
Diante do exposto, compreende -se que o desenvolvimento profissional busca aperfeiçoar o sujeito para atuar em determinada função, em razão de uma profissão. Sendo assim, tanto o treinamento como o desenvolvimento profissional, visam capacitar o indivíduo em prol de uma melhoria pessoal e profissional, ou seja, uma formação continuada, fomentando novas aquisições de conhecimentos, habilidades e competências.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Refletir sobre a importância do treinamento e do desenvolvimento de recurso humanos nas empresas é de suma importância , visto que reconhecer o significado e compreender os benefícios do treinamento e do desenvolvimento profissional , contribui para percebermos o quão importante é investir na formação continuada e o quanto é essencial oportunizar inúmeros métodos que viabilizem não só o aperfeiçoamento , mas também , aprendizagens significativas dos sujeitos envolvidos nos processos organizacionais dentro da empresa .
Desse modo, compreender a relevância dos recursos humanos no âmbito empresarial, possibilita planejar e criar estratégias na perspectiva do treinamento e do desenvolvimento profissional, visando uma formação de qualidade e ampla para os funcionários da empresa.
Diante disto, é indispensável que as empresas invistam na formação continuada de seus colaboradores, de modo que, seja fomentado o desenvolvimento da autonomia, da criatividade, da comunicação, da resolução de problemas, cooperação, entre outros.
Destarte, se a política de recursos humanos da empresa, não valorizar seu funcionário, não o reconhecer como sujeito que aprende, capaz de desenvolver e adquirir novos saberes, de nada, adiantará o treinamento e o desenvolvimento profissional. Há, por trás do funcionário, uma pessoa, que tem seus objetivos, suas frustrações, seus desejos. Este, necessita de um ambiente agradável e motivador, que o valorize e o perceba como individuo, considerando suas aptidões, e fomentando atividades que auxiliem o seu desenvolvimento.
REFERÊNCIAS
CARMO, Bruna Cristiny de Andrade do; CASSOLI, Ana Carolina Bondezan. PEDAGOGIA EMPRESARIAL: a importância do trabalho do pedagogo na empresa. 2018. 46 f. Monografia (Graduação) - Curso de Pedagogia, Unisalesiano-Centro Universitário Católico Salesiano Auxiliu, Lins, 2018. Disponível em: Acesso em: 31 jul. 2020.
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos–O capital Humano das Organizações. 9ª Edição. Rio de Janeiro. Campus editora, 2009.
PACHECO, ADRIANA ROMEIRO DA SILVA. A IMPORTÂNCIA DO PEDAGOGO NAS EMPRESAS. 2011. Disponível em:
<http://www.avm.edu.br/docpdf/monografias_publicadas/b002124.pdf> Acesso em 31 jul. 2020.
RIBEIRO, Amélia Escotto do Amaral. Pedagogia empresarial: atuação do pedagogo na empresa. 5ª. Edição. Rio de Janeiro: Wak, 2008.
Publicado por: Vanessa da Silva Martins
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