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Perda e recomeço

E naquele momento eu comparei meu coração a um cristal

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

 

E naquele momento eu comparei meu coração a um cristal.
Um cristal quebrado, espedaçado e espalhado pelo chão.
Sentei-me no lugar mais alto cruzando minhas pernas, afim de poder enxergar cada pedacinho.
Peço que não tente se aproximar.

Não ouse tocar apenas em nenhum desses cacos de vidros, eles te cortaram e eu não terei pena de te ver sangrar.
Seja cuidadoso, e não passe por esse caminho descalço, eu desejarei que eles fiquem em seus pés, e você não tenha condições de caminhar. Quem sabe assim dos seus olhos não jorrem apenas uma lagrima de dor, como tem sido as enxurradas que dos meus saíram.

Eu continuarei a olhar para cada pedaço e chorarei.
Mesmo com meu coração espedaçado eu cinto uma espécie de clone dele dentro de mim, e eu desejo arrancá-lo com todas as forças. Quem sabe assim pare de doer.

Uma dor não dura enquanto você permitir, mais até quando outro alguém surge.
O tempo passa e eu ainda permaneço no mesmo lugar.
Alguém se aproxima sem perguntar nada, e começa recolher cada pedacinho.

Eu tento impedi-lo.
Para que concertá-lo ? Ainda verei suas marcas será como uma cicatriz.
Não consigo me mexer, não consigo falar.

Ele apenas senta e começa moer cada pedacinho, transformando o apenas em um pó.
As ultimas lagrimas vão escorrendo por meu rosto.

E em uma mistura de magia e cuidado ele vai moldando novamente meu coração,eis que então começam a surgir os primeiros detalhes do meu sorriso. Neste momento descubro que não existia um clone dentro de mim, mais meu verdadeiro coração. Que voltava pulsar novamente.

E não importa em quantos pedaços seu coração se quebre, haverá sempre alguém disposto a moldá-lo novamente.

 


Publicado por: Pâmela Priscila da Rocha Santos

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