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A ORIGEM DO LIVRO DIDÁTICO

Como o livro foi criado, a origem do livro didático e a importância do uso do livro didático para aluno e professores dentro da sala de aula.

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RESUMO

Neste trabalho iremos contar como foi criado o livro em geral, num segundo momento ire­mos abordar a origem do livro didático e por fim a mostraremos segundo nossas pesquisas a importância do uso do livro didático para aluno e professores dentro da sala de aula.

Palavras-chaves: Livro, Didático, Importância.

1. INTRODUÇÃO

Mostraremos num primeiro momento como surgiu o livro em geral, iremos contar a história dos primeiros livros usados há muitos séculos passados até o modelo que hoje usamos com enca­dernação de capa e páginas montadas em sequencia.
Contaremos a origem do livro didático, todo o percurso que o livro faz desde a sua elabora­ção até a chegada às mãos de professores e alunos.
Abordaremos qual a importância do livro didático e a sua utilização como ferramenta de au­xilio em sala de aula tanto para alunos como para professores.
Nós como estudantes de Licenciatura em História, temos de saber a história da criação do li­vro em geral e como futuros professores é nosso dever conhecer a origem do livro didático para que saibamos como utilizá-lo da melhor maneira possível como ferramenta auxiliar no dia a dia em sala de aula.

2. A HISTÓRIA DO LIVRO?

A necessidade das pessoas em preservar e sua história, seus feitos e tudo o que para elas era de suma importância, fez com que os homens durante muitos séculos procurassem por várias for­mas de deixar isso registrado.

história do livro  compreende uma série de inovações realizadas por diversos po­vos no intuito de gravar o conhecimento e passá-lo de geração em geração. O mundo não seria o mesmo se os povos não pudessem conhecer as ideias de seus antepassa­dos. Um bom exemplo é a filosofia, que até hoje é calcada nas letras escritas por fi­lósofos da antiga Grécia e Alemanha do século XIX e XX.
Durante a antiguidade, a primeira forma encontrada para gravar o conhecimento foi es­crevendo-o em pedra ou tábuas de argila. Após algum tempo, surgiram os khartés, que eram cilindros de folhas de papiro fáceis de transportar. A inovação seguinte foi o pergaminho, que em pouco tempo substituiu o papiro. O pergaminho era feito com peles de animais (ovelha, cordeiro, carneiro, cabra) e nele era possível escrever com maior facilidade.  (ARAÚJO, grifos do autor).

O Codex é o mais parecido com o modelo do nosso livro atual, ele era formado por folhas escritas em ambos os lados, dobradas e amarradas ao longo da dobra e tudo isso ficava protegido por uma capa. Podia ser formado por folhas de papiro ou de pele de animais costuradas.

Segundo Mello Jr. (2000),

‘o livro como nós conhecemos hoje, surgiu no Ocidente por volta do Século II D.C., fruto de uma revolução que representou a substituição do Vólumen pelo Códex’. O novo formato permitia ‘a utilização dos dois lados do suporte, a reunião de um nú­mero maior de textos em um único volume, absorvendo o conteúdo de diversos ro­los, a indexação permitida pela paginação, a facilidade de leitura’.

Mas um alemão chamado Gutemberg invento a prensa e os tipos móveis e essa sua invenção iria revolucionar a história da produção de livros, pois agora os livros seriam impressos e não mais copiados a mão.

Isso só mudou na década de 1450, quando o alemão Gutemberg inventou a prensa e os tipos móveis, o que trouxe rapidez à produção do livro. A primeira obra impressa por ele foi a Bíblia. Foi também este o primeiro livro que chegou ao Brasil, trazido pelos colonizadores.
Como em todos os países, também havia censura em Portugal, especialmente por parte da Igreja, e isso se refletia no Brasil. Assim, os livros censurados só podiam circular por aqui de maneira clandestina. Os outros entravam livremente, trazidos pelos colonizadores, pelos brasileiros que iam estudar em Portugal e em outros paí­ses, e pelos comerciantes.
No entanto, os livros só puderam ser feitos no Brasil a partir de 1808, quando a fa­mília Real portuguesa se mudou para cá e trouxe uma máquina impressora. Antes disso, era crime ter uma tipografia no país. (QUEM, 2009).

O livro é um instrumento de divulgação de ideias, crenças, valores, cultura, conceito e em sua trajetória venceu enormes desafios e mostrou a sua importância na vida das pessoas e no desenvolvimento das sociedades.

Em meio a este caminho, ganhou os espaços escolares como instrumento de apoio na educação de crianças, jovens e adultos.

3. A ORIGEM DO LIVRO DIDÁTICO

Alguns autores sugerem que o livro didático surgiu no século XIX como complemento aos en­sinamentos que não constavam na Bíblia.

No século XIX, o livro didático surgiu como um adicional à Bíblia, até então, o único livro aceito pelas comunidades e usado nas escolas. Somente por volta de 1847, os livros didáticos passaram a assumir um papel de grande importância na aprendizagem e na política educacional. Os primeiros livros didáticos, escritos so­bretudo para os alunos das escolas de elite, procuram complementar os ensinamen­tos não disponíveis nos Livros Sagrados. (OLIVEIRA et al, 1997, p. 26).

Já outros autores dizem que o livro didático sempre fez parte da cultura escola, mesmo antes da invenção da imprensa.

Sua origem está na cultura escolar, mesmo antes da invenção da imprensa no final do século XV. Na época em que os livros eram raros, os próprios estudantes univer­sitários europeus produziam seus cadernos de textos. Com a imprensa, os livros tor­naram-se os primeiros produtos feitos em série e, ao longo do tempo a concepção do livro como “fiel depositário das verdades científicas universais” foi se solidificando (GATTI JÚNIOR, 2004, p.36).

No Brasil as primeiras ideias sobre o livro didático surgiu em 1929, com a criação do Insti­tuto Nacional do Livro – INL, esse instituto foi criado para legitimar o livro didático nacional e auxiliar na sua produção. Mas tudo isso ficou no papel por muito tempo, foi apenas em 1934, no governo do presidente Vargas que o instituto começou a elaborar um dicionário nacional e uma enciclopédia e aumentar o número de bibliotecas publicas.

Mas em 1938, o então Ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema sugeriu a criação de um decreto-lei que iria fiscalizar a elaboração do livro didático, e com isso o governo iria contro­lar a informações que iria circular dentro das escolas.

O ministro do Ministério Educação e Saúde, Gustavo Capanema, durante o Estado Novo brasileiro, sugeriu a Getúlio Vargas a criação de decreto-lei para fiscalizar a elaboração dos livros didático[sic]. A comissão foi criada em 1938 e ‘estabelecia que, a partir de 1º de janeiro de 1940, nenhum livro didático poderia ser adotado no ensino das escolas pré- primárias, primárias, normais, profissionais, e secundárias no país sem a autorização prévia do Ministério da Educação e Saúde’ (FERREIRA, 2008: 38).

Muitas formas foram experimentadas por vários governos, durante 67 anos (1929 a 1996), para que o livro didático chegasse às salas de aula, mas somente com a extinção da FAE – Funda­ção de Assistência ao Estudante – em 1997, e com a transferência integral da política de execução do PNDL – Programa Nacional do Livro Didático – para o FNDE – Fundo Nacional de Desenvol­vimento da Educação – é que se iniciou uma produção e distribuição contínua e massiva de livros didáticos.

Mas houve um período em que a criação e distribuição dos livros didáticos foram um problema muito sério no Brasil.

Em 1964, implanta-se o Regime Militar com o golpe de Estado. Há a desmobilização do magistério, privatização do ensino, repressão e a divulgação de uma pedagogia alicerçada em objetivos no mínimo discutíveis.

Surge nos currículos escolares os ideais da doutrina de segurança nacional, e a intervenção do estado nos assuntos sobre o livro didático passam a ser muito maior.

Bezerra e Luca (2006, p. 30), advertem:

Em 1966, sob a égide da ditadura militar foi criada a Comissão do LivroTécnico e Livro Didático (COLTED), cuja função era coordenar a produção, edição e distribuição do livro didático. Para assegurar recursos governamentais, contou-se com o financiamento proveniente do acordo MEC – USAID (United States Agency for Internacional Development). O aporte de recursos públicos garantiu a continuidade do livro didático que, a partir de então, ocupou lugar relevante nas preocupações do Estado brasileiro que, mais uma vez, pretendia ter o controle sobre o que e como se ensinava.

Durante o regime militar houve muita censura e falta de liberdade nos temas abordados nos livros didáticos.

A questão da compra e distribuição de livros didáticos recebeu tratamento específico do poder público em contextos diferenciados — 1966, 1971 e 1976 —, todos marcados, porém, pela censura e ausência de liberdades democráticas. De outra parte, esse momento foi marcado pela progressiva ampliação da população escolar, em um movimento de massificação do ensino cujas consequência[sic], sob o ponto de vista da qualidade, acabariam por deixar marcas indeléveis no sistema público de ensino e que persistem como o seu maior desafio. Neste contexto particular, destaca-se o peso da interferência de pressões e interesses econômicos sobre a história ensinada, na medida em que os governos militares estimularam, por meio de incentivos fiscais, investimentos no setor editorial e no parque gráfico nacional que exerceram papel importante no processo de massificação do uso do livro didático no Brasil. Cabe destacar que a associação entre os agentes culturais e o Estado autoritário transcendeu a organização do mercado consumidor da produção didática e envolveu relações de caráter político-ideológico, cujas repercussões sobre o conteúdo dos livros didáticos foram marcantes, sobretudo pela perspectiva de civismo presente na grande maioria das obras, bem como pelo estímulo a uma determinada forma de conduta do indivíduo na esfera coletiva. Deste modo, o uso do livro didático tornar-se um instrumento de repressão e contenção do Estado, e sua distribuição passa a ser maciça para atingir estes fins.   (MIRANDA, 2004)

Deste modo, o uso do livro didático tornar-se um instrumento de repressão e contenção do Estado, e sua distribuição passa a ser maciça para atingir estes fins.

A sociedade brasileira na década de 1970 vê surgir inúmeras mudanças na constituição e política do livro didático, mas é no final da década de oitenta e início dos anos noventa que começa um movimento de renovação dos livros didáticos, principalmente os livros de História.

Conforme Gatti Júnior (2004, p. 106),

Possibilita a melhoria do padrão estético dos mesmos. O uso das cores é uma marca dos livros destinados ao ensino fundamental, em que existem mais ilustrações, boxes e outros recursos de edição e formatação do texto.
Os livros destinados ao ensino médio eram à época mais despojados que os primeiros. Neles, o privilégio sempre esteve no texto escrito e não nos filigranas e ilustrações.

Da década de 1960 aos anos noventa a forma de produção dos livros didáticos passa de artesanal para industrial, por causa da demanda do mercado.

Na área de História, houve uma melhoria da qualidade dos conteúdos que se tornam mais críticos e completos, o papel é de melhor qualidade.

Claro que isso faz com que cresça o interesse das livrarias e do governo federal.

Fonseca (2004, p. 57), que chama a atenção sobre esse momento histórico:

A preocupação central da sociedade e do Estado é construir uma educação básica de qualidade, é imprescindível aprimorar a política nacional do livro didático. Para isso é preciso aprofundar o processo de avaliação permanente da produção disponível no mercado. O Estado e as escolas públicas e privadas, os maiores compradores, devem exigir seus direitos como consumidores exigentes, propondo mudanças qualitativas às editoras, inclusive exigindo revisão ou retirando do mercado os livros desatualizados, dos que contenham erros conceituais e dos que veiculem preconceitos raciais, políticos e religiosos.

Nos dias atuais, além do PNLD, o governo federal tem dois outros programas sobre o livro didático: o Programa Nacional do Livro Didático para o Ensino Médio (PNLEM), criado em 2004 e o Programa Nacional do Livro Didático para Alfabetização de Jovens e Adultos (PNLA), criado em 2007.

Para os estudantes portadores de necessidades especiais existe o Programa Nacional do Livro Didático em Braille, as escolas com alunos com surdez do ensino fundamental e do ensino médio receberam em 2007 dicionários trilíngues (português, inglês e libras) e os alunos com surdez de 1ª a 4ª séries, receberam cartilhas e livros de língua portuguesa em libras e em CD-rom.

Talvez o livro didático não seja o ideal e nem seja utilizado da melhor maneira possível, mas há muitas pessoas interessadas que isso mude e com certeza estão fazendo muito por isso.

3.1. TRAJETÓRIA DO LIVRO DIDÁTICO

O livro didático é criado por um ou mais autores, o que difere dos demais livros é que estes autores contam com a ajuda de uma equipe de pesquisadores, consultores e colaboradores. 

Depois de escritos os livros seguem para a editora para serem revisados e somente depois poderão ser impressos.

Todos os anos, entre 100 e 120 milhões de exemplares são impressos para o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e enviados a 37 milhões de estudantes em todo o Brasil.
Para atender a toda esta gente, o governo gasta cerca de 1 bilhão de reais com produção e distribuição. (A HISTÓRIA, 2015)

Depois de impresso o livro tem que ser inscrito no edital publico e uma comissão de professores universitários escolhidos pelo Ministério da Educação – MEC- verifica possíveis erros conceituais, de redação e de conteúdo.

Se for aprovado, ele passa a fazer parte do Guia do Livro Didático, que é enviado para as escolas com sugestões de vários outros livros.
Com o Guia do MEC na mão, os professores se reúnem para selecionar os livros que julguem mais adequados para ao projeto da escola.
Escolha feita o gestor envia a lista pela internet para o Fundo Nacional de desenvolvimento da Educação (FNDE), do Mec.
O MEC então se encarrega de encomendar o material escolhido às editoras.
As editoras enviam os livros pelos Correios para as escolas, numa operação que custa, em média, 100 milhões de reais. (A HISTÓRIA, 2015)

Os livros quando entregues devem ser conferidos pelo gestor, que poderá indicar a falta ou o excesso de livros, isso é feito pela internet na página do FNDE, onde o gestor indica o número de matrículas da sua unidade ao Sistema de Controle de Remanejamento e Reserva Técnica (SISCORT), o sistema mostra as escolas próximas que estão na mesma situação e quais têm os livros que estão faltando.

O cuidado com a conservação do livro didático deverá ser do aluno, o professor é quem o orienta sobre isso, fazendo isso o livro poderá ter uma vida útil maior.

O ideal é que os livros do PNDL sejam usados por três anos. Ou seja, o mesmo exemplar será de três alunos diferentes.
No início do ano os gestores coordenam novamente a redistribuição dos exemplares que haviam sido guardados.
Os livros que estiverem sem condições de uso podem ser substituídos. Todos os anos, o FNDE gasta em média 85 milhões de reais nessa reposição, já que 13% dos exemplares retornam danificados. (A HISTÓRIA, 2015)

4. A IMPORTÂNCIA DO LIVRO DIDÁTICO

O livro didático sempre levantou uma questão sobre quem realmente era seu público alvo: o professor ou o aluno.
Segundo Bitencourt (2004),

Desde seu início o livro didático trouxe uma ambigüidade [sic] em relação ao seu público. A figura central era a do professor, porém a partir da segunda metade do século XIX passou a se tornar mais claro que o livro didático não era um material de uso exclusivo deste, para transcrever ou ditar. Observou-se que o livro precisava ir diretamente para as mãos dos alunos. Esta mudança de perspectiva, passar a ver o aluno como consumidor direto do livro, sinalizou tanto para autores quanto editores, que era necessário modificar o produto para atender novas exigências, transformando e aperfeiçoando sua linguagem. Neste sentido, as ilustrações começaram a se tornar uma necessidade, assim como surgiram novos gêneros didáticos, como os livros de leitura e os livros de lições.

O livro didático é um material que se bem utilizado pode ser um grande apoio ao professor e ao aluno, não podemos é transformá-lo em nossa única fonte de estudos e pesquisas, e acreditar que seu conteúdo fosse imutável.
Se fizermos isso estaremos limitando o aluno a um único meio de estudos, tirando-lhe o direito aprender mais e buscar outras formas de satisfazer sua curiosidade.

O conhecimento produzido por ele é categórico, característica perceptível pelo discurso unitário e simplificado que reproduz, sem possibilidade de ser contestado, como afirmam vários de seus críticos. Trata-se de textos que dificilmente são passíveis de contestação ou confronto, pois expressam ‘uma verdade’ de maneira bastante impositiva. Os livros didáticos merecem ser considerados e utilizados de acordo com suas reais possibilidades pedagógicos e cada vez mais aparece como um referencial, e não como um texto exclusivo, depositário do único conhecimento escolar posto à disposição para os alunos. (Bittencourt, 2004, p. 319, grifos do autor).

O livro didático expressa os diferentes aspectos do conhecimento humano dividido em forma de disciplinas, por tanto deve ser utilizado como um recurso alternativo, e não como instrumento predominante e/ou único, na maioria das salas de aula.

O professore deve recorrer a outras bibliografias especializadas, jornais, revistas, filmes, documentos, e até mesmo depoimentos de pessoas que como, por exemplo, tenha ido viajar a uma cidade histórica e que está sendo abordada em sala de aula hoje.

A escolha do livro didático que será usado em sala de aula pelos três anos seguintes, deve ser feita com muito cuidado e responsabilidade pela escola e pelos professores.

Bezerra e Luca (2006, p. 37), por sua vez, salientam que o mesmo precisa ser compreendido como:

Elemento importante na construção do saber escolar e do processo educacional espera-se que contribua para o aprimoramento da ética, imprescindível ao convívio social e à construção da cidadania. Nesse sentido, há que se verificar, nos textos e nas atividades, a existência de uma real preocupação em despertar no aluno a prática participativa, a sociabilidade, a consciência política, enfim, a cidadania, entendida em seu sentido mais amplo.

No Brasil o livro didático vem enfrentando muitos desafios com custos, interesses políticos, ideias, e até mesmo uma censura velada. Mas também tem alcançado o seu objetivo de trazer mais conhecimento às famílias escolares.

A escolha do livro didático que será usado em sala de aula pelos três anos seguintes, deve ser feita com muito cuidado e responsabilidade pela escola e pelos professores, pois além do que foi citado o este livro tem contribuído na formação de uma identidade nacional na escola, por meio das narrativas dos textos didáticos como por meio das ilustrações, ele deve estar em sintonia com os currículos das escolas.

O livro didático torna-se uma das mercadorias mais vendidas no campo da indústria editorial. Daí a preocupação do Estado e das editoras em publicar os livros que estivessem em perfeita sintonia com os programas curriculares de História, Geografia e demais disciplinas. Uma outra novidade, visando à aceitação maior do livro didático, foi o lançamento dos manuais dos professores, pela Editora Ática, em meados dos anos 60. Estes manuais, além de trazerem a resolução de todos os exercícios propostos, forneciam (e alguns ainda o fazem) os planejamentos anuais e bimestrais prontos para o professor (FONSECA, 1994, p. 139).

Nada irá substituir o professor em sala de aula, mas a boa utilização dos livros didáticos e de todas as novas tecnologias e recursos disponíveis farão com que o trabalho em sala de aula seja mais eficiente e que ajude no objetivo final que é o de formar alunos conscientes do seu papel na sociedade.

10. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A arte de educar sempre será uma tarefa muito difícil, mas se conseguirmos nos cercar de material que nos ajudem a torná-la digamos mais fácil devemos sim usá-los.
Os livros didáticos quando bem estudados, elaborados e apresentados, podem se torna valiosa ajuda muito eficaz no ensino dentro e fora da sala de aula, o que não podemos é nos tornar reféns disso, e não podemos impor aos nossos alunos somente uma fonte de informação e conhecimento.

Isso nos dias de hoje seria um insulto à capacidade de aprendizado e de curiosidade que muitas crianças e adolescentes trazem de casa ao sentar nos bancos escolares, e seria mais injusto ainda aos que retornam as escolas na fase adulta em busca de conhecimento que lhe foi negado na fase infantil e acabam por ter sua educação pautada na ignorância de muitos professores em aceitar as mudanças do tempo e a avalanche de opiniões e conhecimentos diferentes dos seus.

Esperamos ter conseguido mostrar a importância desse livro que passou por tantas fases e que sempre esteve presente em nossas escolas.

REFERÊNCIAS:

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BELO, André. História: Livro e Leitura. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.

BEZERRA, Holien Gonçalves; LUCA, Tânia Regina de. Em busca da Qualidade PNLD – História – 1996 – 2004. In: SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão (org). Livros Didáticos de História e Geografia. Avaliação e Pesquisa. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2006. p. 27 – 53.

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BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004.

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FERREIRA, Rita de Cássio Cunha. A comissão nacional do livro didático durante o estado novo (1937 - 1945). Assis 2008.

FREITAG, Bárbara et alii. O livro didático em questão. 3. ed. São Paulo: Cortez, 1997.

GATTI JÚNIOR, Décio. A escrita escolar da história: livro didático e ensino no Brasil. Bauru, SP: Edusc; Uberlândia, MG: Edufu, 2004.

MELLO Jr. J.  A Evolução do Livro e da Leitura.  Disponível em:  http://www.ebookcult.com.br/ebookzine/leitura.htm/>. Acessado em 05 de setembro de 2015.

MIRANDA, Sônia Regina; LUCA, Tânia Regina. O livro didático de história hoje: um panorama a partir do PNLD. Revista Brasileira de História, São Paulo, v.24, n.48, 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbh/v24n48/a06v24n48.pdf/>. Acessado em 20 de setembro de 2015.

OLIVEIRA, João Batista Araújo et al. A política do livro didático. Campinas: UNICAMP, 1984

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ROCHA, Aristeu Castilhos da. História: Aproximação entre Ensino e a Pesquisa. Revista de História. Nº 4. Cruz Alta: UNICRUZ, 2003. P. 106-108.

TAFNER, Elizabeth; SILVA, Everaldo da. Metodologia do Trabalho Acadêmico. Indaial, SC: UNIASSELVI, 2012. P. 240. ISBN 978-85-7830-397-6


Publicado por: Fernanda Vach Michel

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