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Endividamento X organização financeira

Clique e entenda por que é necessário uma organização financeira.

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Nos dias atuais, as facilidades de crédito juntamente com as políticas contra a pobreza, geram mais consumo e, consequentemente, um crescimento do PIB – Produto Interno Bruto. Esse mecanismo, por um lado é bastante positivo, no entanto, deve-se questionar o fato de que sem um planejamento financeiro adequado, os gastos tendem a serem desordenados e a inadimplência aumenta.

Segundo Oréfice (2007), a inadimplência refere-se ao não cumprimento, no todo ou em parte, de uma operação financeira. São consideradas inadimplentes, as operações vencidas e não pagas há mais de noventa dias, sendo acrescidos a elas juros moratórios, multa contratual e outros encargos.

Já para Cia (2003) a inadimplência estaria relacionada ao descumprimento por parte do devedor, que acarrete alteração do montante ou do momento em que o pagamento devedor é realizado, em relação ao contrato acordado.

E os principais responsáveis pelo endividamento e consequentemente a inadimplência das famílias brasileiras são os cartões de crédito, em seguida carnês de lojas e por fim, os financiamentos de carro e casa.

De acordo com a CNC – Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, em seu estudo sobre O perfil regional de endividamento e inadimplência das famílias brasileira em 2013:

- O Cartão de crédito foi a modalidade de financiamento mais citada pelas famílias entre seus principais tipos de dívida em todas as regiões. A região Nordeste se destaca com a maior proporção de famílias apontando ter dívidas no cartão (81,7%). Na região Sul observou-se a menor proporção (74%).

- O Carnê é a segunda modalidade de endividamento mais citada pelas famílias endividadas entre as regiões, com exceção da região Sul, que apresentou a menor proporção (citada por apenas 10,6% das famílias endividadas) e da região Sudeste. Destaca-se a região Norte, onde 45,8% das famílias citaram essa modalidade entre seus principais tipo de dívida, a maior proporção entre regiões.

- O Financiamento de carro e financiamento de casa teve maior incidência  na região Centro-Oeste, com respectivamente 23,3% e 9,3% do total. A menor foi na região Nordeste, com 3,8% e 2,5% do total.

Para solucionar o problema de inadimplência são necessárias algumas medidas, as quais pode-se destacar:

1.  Fazer um acompanhamento mensal de suas receitas e despesas, verificando as despesas fixas e variáveis. Desta forma, será identificado exatamente o problema a ser resolvido. O que é obrigatório, como por exemplo, moradia, educação, alimentaoção, e o que pode ser abonado como cartão de crédito ou carnê de loja;

2.    Para sair da inadimplência o correto é, primeiramente, admitir a dívida, reconhecer o erro e assim, procurar negociar com o credor, seja este, operadora de cartão de crédito, cheque especial ou loja. Sendo o primeiro o que mais se deve tomar cuidado, pois, é o que possui juros mais altos;

3.    Uma maneira possível é refinanciar essa dívida para ter prazos mais longos e juros mais baixos, pegando, por exemplo, um empréstimo pessoal ou algum crédito consignado, que têm taxas de juros menores;

Mais a melhor solução é sempre evitar gastos desnecessários, desta forma, são necessárias algumas medidas preventivas:

  1. Para o cartão de crédito é importante entender que ao comprar com ele você compromete sua renda futura, assim, o melhor é não fazer compras de valores altos ou com várias parcelas e evitar compras seguidas;
  2. Para compra no carnê, o ideal é pesquisar taxas em diferentes estabelecimentos, pois a diferença entre as taxas é muito grande. Procure as menores taxas assim como os menores preços. Fique atento aos parcelamentos pois os juros intrÍnsecos nestes são exorbitantes. Compare as condições dos diversos prazos possíveis, não apenas o valor da prestação, também o valor dos juros pagos. É importante também ler o contrato com bastante atenção antes de assiná-lo.
  3. Quanto aos financiamentos de casas e carros, estes requerem planejamento. É importante saber que junto com as parcelas de financiamento do carro, veem seguro, IPVA, licenciamento, seguro obrigatório, além de, combustível, manutenção, pneus, etc. Se considerar viável a aquisição, compare as taxas oferecidas, não aceite a primeira opção de financeira oferecida pelo vendedor, evite financiamentos longos com mais de 48 meses, devido a manutenção do veículo e não comprometa mais do que 10% de sua renda com a parcela;

Para a casa própria, o ideal é poupar para uma aquisição à vista, a segunda possibilidade mais correta é uma poupança para servir de entrada na compra. Se for financiar poderá fazer total o parcialmente, de qualquer maneira, antes de optar por qualquer modalidade de crédito imobiliário, pesquise e simule o valor da prestação e o valor final do imóvel, avalie e compare os juros. As taxas de juros são menores nos financiamentos cuja fonte de recursos é o FGTS. E lembre-se, suas parcelas devem enquadrar-se em seu orçamento mensal. O ideal é que o financiamento não comprometa mais que 30% da renda mensal da família.


Publicado por: Francisco Adjedam Gomes Batista

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