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Trabalhamos para nós, ou para os outros?

Ser funcionário ou ter o meu negócio? Relato de uma pessoa que decidiu mudar de vida.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Venho de uma família humilde, onde um dos ensinamentos principais era: “Estude muito e você poderá trabalhar em uma multinacional”.

Trabalhar para uma multinacional, passou a ser meu ideal, mas como a grande maioria, comecei minha vida trabalhando em minúsculas empresas administradas de forma familiar, nas quais os poucos empregados tinham que trabalhar muito para seu sustento e principalmente, para fazer a empresa lucrar.

Esse papel de fazer as empresas em que trabalhei lucrarem, me acompanhou por toda uma vida. E tenho certeza que o desempenhei bem.

Enquanto trabalhava, estudei bastante, me formei e passei então a lecionar.

No início de minha vida como acadêmica, ainda tinha aquela visão familiar de que se meus alunos estudassem muito, também poderiam trabalhar em multinacionais, apesar de eu mesma continuar trabalhando em pequenas empresas, mas agora ocupando cargos com mais responsabilidades.

Numa ocasião, conversando com um amigo advogado, que tem seu próprio escritório, ouvi dele que a ideia de começar seu negócio aconteceu em um dia em que voltando para casa de ônibus, leu em um outdoor “ Você trabalha para você, ou para seu patrão? Quem está enriquecendo com seu trabalho? ”.

A partir desse momento, esse meu amigo colocou na cabeça a ideia fixa de que se formaria em algo que gostasse e teria seu próprio negócio, o que conseguiu fazer apesar dos percalços que enfrentou.

Depois dessa conversa, comecei de fato a pensar: Apesar dos confortos que minha vida como colaboradora me reservou, será que não teria sido melhor eu ter aberto meu negócio a tempos atrás? Ainda daria tempo? Será que o que eu ensinei a meus alunos nos últimos dez anos, abriu suas mentes ao novo? Ou será que eu simplesmente repassei os ensinamentos de meu pai sobre trabalhar em grandes empresas?

Espero sinceramente, que a maioria de meus alunos, tenha, sim partido para o mundo do empreendedorismo, mesmo que seja o intraempreendedorismo.

As universidades e nós professores, temos que formar não apenas bons profissionais, temos que formar pessoas felizes, que trabalhem em pequenas, médias ou grandes empresas para seus enriquecimentos profissionais e pessoais, e não para enriquecer outros. Se seus enriquecimentos, enriquecerem outros por tabela, tudo bem.  

Mas simplesmente enriquecer outros, sem enriquecer também, aí não.

Quanto a mim, acredito realmente que não seja tarde. Estou partindo para realizar meu sonho de empreendedorismo, mesmo que tardiamente, e espero que meu pai aonde estiver, entenda que eu NÃO DESEJO MAIS, TRABALHAR EM UMA MULTINACIONAL, e me sinto muito bem com isso.

E ao meu amigo Klaus, que contou sobre o bendito outdoor que mudou sua vida, meu muito obrigada. Eu não estava naquele ônibus com você, não foi o outdoor que mudou minha vida, foi você amigo.


Publicado por: JANAINA DE OLIVEIRA SOUZA

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.