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Revolução paulista defende a democracia brasileira

Dia 9 de julho, comemora-se o feriado, da Revolução Constitucionalista de 1932, em São Paulo.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Dia 9 de julho, comemora-se o feriado, da Revolução Constitucionalista de 1932, em São Paulo. Foi um conflito armado, entre os meses de julho e outubro, entre São Paulo e as tropas do presidente Getúlio Vargas (1882-1954).

A Revolução de 32 tem suas origens no Movimento de 30, que permitiu que Getúlio Vargas (1883-1954) subisse ao poder, com o fim da política do café-com-leite. Entre São Paulo e Minas Gerais. Com Vargas no poder, Minas Gerais e São Paulo ocupam menos espaço político, apesar de serem estados com grande representatividade nacional.

Com a riqueza gerada pelo café, São Paulo dá início ao processo de industrialização, que o torna o mais rico estado da União, a partir daquele momento. Para controlar e manipular com eficácia o movimento operário e a opinião pública, Vargas lança mão de uma política populista e cria as Leis Trabalhistas (CLT) com base no fascismo de Benito Mussolini (1883-1945).  

A partir daí, os industriais paulistas entram em desacordo com a política varguista e passam exigir sua saída, porque seu trabalhismo e centralismo incomodavam os interesses do empresariado paulista. Com o objetivo de minar a resistência paulista, Getúlio indica interventor para o Estado, bem como para outros estados brasileiros, o que acirra mais o movimento oposicionista paulista. Pelo País, intelectuais promovem uma série de manifestações anti-Vargas e defendem a liberdade de expressão, a democracia e o pluralismo democrático.

Em São Paulo, no dia 23 de maio, quatro estudantes são assassinados, Miragaia, Martins, Draúsio e Camargo (MMDC), numa manifestação contrária ao governo central. Esse fato potencializa o início do conflito e simboliza a luta dos paulistas contra Vargas.

Em 9 de julho, de 1932, começa a Revolução Constitucionalista com a participação do povo, da elite paulista e da Imprensa – Jornal O Estado de São Paulo. Sem poder contar com o apoio de outros estados brasileiros, os paulistas lutam, com 35 mil homens, contra as tropas federais, que tinham 100 mil soldados. Após quase três meses de combate, os paulistas se rendem.

Apesar da derrota militar, a luta dos paulistas não foi em vão e desdobra-se na aprovação da Constituição de 1934, que legitima o regime democrático, o voto secreto, o voto feminino, o republicanismo federativo, o mandato de segurança a autodeterminação dos sindicatos e assegura aos trabalhadores uma legislação trabalhista. Por sua vez, Getúlio Vargas se curva à ideia de democracia legitimada pela nova Constituição, que admitia, entre outras coisas, a coexistência de opiniões e conceitos contrários.


Publicado por: RICARDO SANTOS

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